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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cacilda Becker, O ícone do Teatro Brasileiro

Cacilda Becker Iaconis (Pirassununga, 6 de abril de 1921 — São Paulo, 14 de junho de 1969) foi uma atriz brasileira, um dos maiores mitos dos palcos nacionais.
Filha do imigrante italiano Edmondo Yáconis e de Alzira Becker, Cacilda tinha apenas nove anos quando seus pais romperam o casamento e sua mãe viu-se obrigada a criar três filhas sozinha, uma delas a também atriz Cleyde Yáconis. Por este motivo, fixaram-se na cidade de Santos, onde Cacilda ainda jovem frequentou os círculos boêmios e mais vanguardistas, já que por ser filha de pais pobres e separados não podia estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade.
Cacilda começou no teatro paulista como atriz amadora e se profissionalizou em 1948. Neste ano, Nydia Lícia recusou um papel na peça "Mulher do Próximo", de Abílio Pereira de Almeida, produzida pelo Teatro Brasileiro de Comédia- TBC, para não ter que beijar nem dizer "amante" em cena, pois isto podia lhe custar o emprego numa importante loja. Cacilda, que a substituiu, exigiu ser contratada como profissional, acabando com o velho preconceito de que artista sério deveria ser diletante
Em 30 anos de carreira, Cacilda encenou 68 peças, no Rio de Janeiro e em São Paulo; fez dois filmes (Luz dos Seus Olhos em 1947 e Floradas na Serra, em 1954) e uma telenovela (Ciúmes, em 1966), na TV Tupi além de outras participações em teleteatros na televisão, foi Cacilda quem inaugurou o Teatro Municipal de São Carlos com a peça Esperando Godot no começo de 1969.
Cacilda provocava paixões avassaladoras e teve três maridos. Durante a apresentação do espetáculo Esperando Godot, que encenava com o marido Walmor Chagas, na capital paulista, em 6 de maio de 1969, Cacilda sofreu um derrame cerebral e foi levada para o hospital, ainda com as roupas de seu personagem. Morreu após 38 dias de coma e foi sepultada no Cemitério do Araçá, com a presença de uma multidão de admiradores.

Cacilda Becker já foi retratada como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Camila Morgado na minissérie "Um Só Coração" (2004) e Ada Chaseliov no filme "Brasília 18%" (2006).
Cacilda Becker também foi homenageada na peça Cacilda!, escrita por José Celso Martinez Corrêa. Cacilda Becker foi interpretada por Bete Coelho, posteriormente por Leona Cavalli. E em 2009 volta a ser homenageada pela Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona na peça Cacilda!!, interpretada por Anna Guilhermina.
Cacilda Becker já foi homenageada na peça Revivendo Cacilda, atuada por alunos da Escola Estadual Professor Fernando de Azevedo, exibida no Teatro Municipal Brás Cubas em Santos, no dia 20 de outubro de 2009


Teatro

Esperando Godot de Samuel Beckett (1969)- Estragon
• Isso Devia Ser Proibido de Walmor Chagas e Bráulio Pedroso (1967)- Ela
• Quem Tem Medo de Virgínia Woolf de Edward Albee (1965)- Marta Moliére de Melhor Atriz
• A Noite do Iguana de Tennessee Williams (1964)- Anna Jelkes
• A Visita da Velha Senhora de Friedrich Durrenmatt (1962)- Karla Zachanassian
• ...Em Moeda Corrente no País de Abílio Pereira de Almeida (1960)- Florípedes
• Longa Jornada Noite A Dentro de Eugene O'Neill (1958)- Mary Tyrone
• Gata em Teto de Zinco Quente de Tennessee Williams (1956)- Maggie Pollit, a Gata
• Maria Stuart de Friedrich Schiller (1955)- Maria Stuart
• Antígone de Sófocles e Jean Anouilh (1952)- Antígone
• A Dama das Camélias de Alexandre Dumas Filho (1951)- Margarida Gauthier
• Seis Personagens a Procura de Um Autor de Luigi Pirandello (1951)- A Enteada
• Pega-Fogo de Jules Renard (1950)- Pega Fogo
• O Anjo de Pedra de Tennessee Williams (1950)- Alma Winemiller
• Os Filhos de Eduardo de Marc Gilbert Sauvajon (1950)- Denise
• Entre Quatro Paredes de Jean Paul Sartre (1950)- Inês
• Arsênico e Alfazema de Joseph Kesselring (1949)- Abby
• Nick Bar, Álcool, Brinquedos e Diversões de William Saroyan (1949)- Kitty Duval
• Não Sou Eu...de Edgard da Rocha Miranda (1947)- Mônica Fillimore
• Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues (1947)- Lúcia
• A Farsa de Inês Pereira e do Escudeiro de Gil Vicente (1945)- Inês Pereira
• O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente (1943)- Brízida Vaz

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