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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Marília Pêra

Marília Marzullo Pêra (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1943) é uma atriz, cantora e diretora brasileira.
Além de interpretar, Marília canta, dança e atua também como coreógrofa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.
Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.
Dos catorze aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira, e O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena Notável (1966), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln Center, em Nova Iorque (1975), dirigido por Nelson Motta; na única apresentação A Pêra da Carmem no Canecão em 1986, em 1995 e no musical Marília Pêra canta Carmen Miranda (2005), dirigido por Maurício Sherman.
A primeira aparição na televisão foi em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1965) e, em seguida, em A Moreninha. Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, A Úlcera de Ouro, de Hélio Bloch.
Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama Fala Baixo Senão eu Grito, com direção de Clóvis Bueno, primeira peça treatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o prêmio Molière e também o prêmio daAPCT-Associação Paulista de Críticos Teatrais' (atual APCA-Associação Paulista de Críticos de Arte). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou do ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustações.
Em 1974, Marília derrotou Elis Regina num teste para o musical Como vencer na vida sem fazer força. Logo depois, em 1975, gravou o LP Feiticeira, lançado pela Som Livre.
Marília é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeia dama do Brasil Sarah Kubitschek. A estréia como diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado.
Casou-se pela primeira vez aos dezessete anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos dezoito, foi mãe de Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, parceiro em Fala Baixo Senão Eu Grito, e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.
Em declaração feita ao Fantástico em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela Cobras e Lagartos, Marília relatou sobre a carreira e disse que não suporta contracener com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília alega que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.
Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês [1]. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida comocomunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.
Em 1992 apresentou o musical Elas por Elas, para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello [4]., nas eleições de 1989.
Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella, onde interpreta duas irmãs gêmeas.
Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.
Desde abril de 2010 integra o elenco da série A Vida Alheia, de Miguel Falabella, na Rede Globo, como Catarina.
Desde 1998, está casada com o economista carioca Bruno Faria. Marília é irmã da atriz Sandra Pêra e neta da atriz Antonia Marzullo.


Carreira

Televisão

Cinema

 



Teatro


Marília Pêra em Mademoiselle Chanel

Principais prêmios

  • 1969 – Prêmio de Melhor Atriz pela APCT por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
  • 1969 – Prêmio de Melhor Atriz pelo Governo do Rio de Janeiro por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
  • 1969 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
  • 1971 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “O Cafona”
  • 1977 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por atuação em “O Exercício”
  • 1981 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos por atuação em “Pixote, a Lei dos Mais Fracos”
  • 1982 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Bar da Esperança”
  • 1983 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Brincando em Cima Daquilo”
  • 1987 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “Brega & Chique”
  • 1989 – Menção como uma das Melhores Atrizes da década pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos
  • 1996 – Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana por atuação em "Tieta do Agreste"
  • 1999 – Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Atriz, por atuação em "O Viajante"
  • 2004 – Prêmio de Melhor Atriz pela APCA por atuação em “Mademoiselle Channel”
  • 2005 – Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
  • 2005 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
  • 2007 – Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Miami por atuação em "Polaróides Urbanas"
  • 2007 – Prêmio Faz Diferença 2006 de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
  • 2008 – Prêmio Contigo! De Melhor Atriz Coadjuvante por atuação em “Duas Caras”
  • 2009 – Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Atriz Teatral Musical por atuação em “A Gloriosa”
  • 2009 - Prêmio Brasil, por sua fisionomia. Marília não gostou da indicação e o dedicou a Suzana Vieira.
  • 1986 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Anjos da Noite”