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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Não me atenho a Pretéritos



Óh abusadas brisas das lembranças
Leva depressa daqui
De cá de dentro de mim
Qualquer sonho de Amor
Que não vivi plenamente
Pois eles para mim jazem
Complemente... Em algum lugar
Mesmo porque desses sonhos
De Amor lá do pretérito, por decerto,
Já não mais me lembro  
De nenhum sequer!

Fluam outros novos sonhos Ora!
Pois à toa estou eu aqui agora
Senão ventos violentos
De alhures ou mesmo daqui
Sussurrar-me-ão...novamente,
Amores breus... Escusos... Cênicos!
E não os quero, no momento.

Terei eu outros devaneios sim
E bem os quero por demais agora
Em neon lilás doravante... Quiçá!
Os em breus entretanto, se os tive,
Sepultaram-se lá no Pretérito distante.
Despertá-los às essas alturas da Vida
Seria lambuzar-se, novamente,
De incontáveis desencantos e descontros
Totalmente inconcebíveis,
Neste agora...
Porquanto urge –me, neste então,
 Outros Sonhos, muito mais lindos, enfim.  

RELMendes 27/04/2017


quarta-feira, 19 de abril de 2017

AMERÍNDIOS, PRIMEIROS DONOS DO BRASIL


Óh Ameríndios, primeiros donos e probos zeladores 
dessas terras desse imenso território de Pindoramas
verdes balouçantes ao vento brando ou forte
Sertões agrestes e veredas borbulantes
Florestas vastas frondosas cheias de frutos
e alimentos protéicos de todas as espécies
Rios caudalosos córregos e riachos de águas
cristalinas potáveis repletas de peixes saborosos
Mares verdes azuis lilaz mesclados de cores inenarráveis
com suas belas orlas de areias alvas peroladas
acinzentadas etc & tal

Ora! Enquanto vós zelastes, Óh primeiros homens do Brasil,
por esse extraordinário jardim que Tupã lhes confiou
o nosso meio ambientes manteve-se  saudável e próspero...

Mas o branco, ao subtrai-lo de vós,  logo a Natureza
e a nossa casa comum, a  mãe Terra, clamaram por Socorro
aos homens de bem de todo o orbes
contra a abominável agressão desse homem branco depredador
cuja ambição econômica não tem limites plausívéis
que se possa mais suportar, enfim!

Portanto, a Terra, a Natureza e os homens de boa vontade,
alardeados, hoje, de eterno reconhecimento,
vos agradecem profundamente o longérimo período
em que esse imenso território do Brasil
esteve sob os vossos respeitosos cuidados...
Óh ameríndíos, queridos homens e mulheres,
primeiros donos do Brasil!


RELMendes 19/04/2017

terça-feira, 18 de abril de 2017

Sou Bocó...e não nego!



-Sou totalmente Bocó...ara! 
Assumidamente Bocó...ora!

-Porque tateio as ilusões do ontem
Do hoje e as do porvir...
Resvalando-me sempre em estrelinhas
Que alumiam-me a mente de passarinho
Que...em mim ainda há,
E voo acima dos ciscos do percurso
Que tentam enfear-me a alma ou fusquear-me: 
- Os alvoreceres radiantes... sem paredes.
- Os luares argentosos a alumiar horizontes...
E os sonhos pululantes de um poetinha Bocó
Que se encanta com a simplicidade
Que sempre se despeja...abundantemente,
No acontecer de seu cada dia...da Vida
Só pra encantar-lhe a alma de Bocó...

-Sou totalmente Bocó...ara! 
Assumidamente Bocó...ora!

-Porque me acrescento de criança brincante 
E de um punhadinho de passarinhos voantes
Que conversam...entre si, bobagens...
Mas encantam a mim e a quem os ouve solfejar 
Suas maviosas oralidades musicais...

-Sou totalmente Bocó...ara! 
Assumidamente Bocó...ora!

-Entretanto, escovo-me...sorridentemente,
E estimo-me...profundamente,
Esgueiro-me enfim de qualquer forma d aborrecimentos
Sobretudo daqueles que insistem em não serem BOCÓS... 
Assumidos! 
Privando-se  destarde,  definitivamente de descobrirem 
Serem as tardes parte do haver das belezas dos dias... Óh!
Ora!... Mas enfim, ninguém é obrigado de maneira alguma
A ser Bocó assumido como eu, pois não?!

RELMendes Montes Claros (MG), 18/05/2016

domingo, 16 de abril de 2017

COSMOVISÃO


Sou o Caminho que conduz à Vida,
Nem outro há para seguir além.
Para tornar-te mais feliz, contente
Na aplicação do Ideal, do Bem.
Por oprimido, quanto fui, na vida,
Levando minha cruz sem protestar,
Eu sou a redenção para os teus males,
E sou a vela para o teu altar.
Para a tua alma, caminhando incerta
Sou a certeza boa do descanso.
Sou brisa mansa para o teu remanso,
No teu jardim sou a mais linda rosa.
Não mostro além um paraíso parvo,
Eu sou a porta da realidade.
Para a tua vida, aqui, de sofrimentos,
Sou o bálsamo fiel da Caridade.
Sou a ressurreição da morte inglória
Do apego vil do vão materialismo.
Sou a Verdade pelas mil mentiras
Com que te aferreteiam ao servilismo.
Eu sou o pão pra a fome de justiça.
Das tantas iras que te oprime o dia
Sou o cordeiro da expiação
Para o repasto da tua alegria.
Assim falou em voz serena e mansa
Aquele homem simples dentre o povo,
Do topo da montanha esmaecida
Eu o fitava contra um céu vermelho,
Soberbo e Manso, como um Deus! - De Pé!
Eu o fitava entre o véu de bruma
De um pranto triste a instilar-me n’alma.
Ele atingia toda a minha angústia,
Toda a agonia que me perturbava.
Bendito Homem simples da Judéia!
Hei de segui-lo pela vida afora...
Com ele irei, mesmo através da noite,
Certo que há de conduzir-me a aurora

Moyses Amaro

sábado, 15 de abril de 2017

De instantes, e tão-somente, de instantes



Pois é... Tudo, na Vida, é tecido de instantes:
- Ama-se ávido em instantes!
- Odeia-se ou se é odiado furiosamente
Em instantes!                                           
- Difama-se ou se é difamado
Inconsequentemente...
Em instantes!
- Nasce-se ou renasce-se, às vezes,
Em instantes!
Ainda que só quando se descobre
Que a Vida passa...rapidamente,
 Ou em instantes!
- Nubla-se, absurdamente, a existência do outro,
Em instantes!
- Agorafobamo-nos, hoje em dia,
Graças a parafernália midíatica...
Em instantes!

- Então, por quê não perdoarmo-nos,
Também, instantaneamente,
Antes que, em instantes, não sejamos mais nada?
Ah Seria, também, muito bom para nós mesmos,
Sabia?


RELMendes 14/04/2017