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sábado, 28 de janeiro de 2012

Malu Mader

Maria de Lourdes "Malu" da Silveira Mäder atriz brasileira de origem libanesa.
Aos 15 anos foi levada pela cunhada Maísa, que estava começando a namorar seu irmão mais velho, para assistir Capitães da areia, e decidiu atuar.
Em 1982, inscreveu-se no curso para atores do Teatro Tablado, dirigido por Maria Clara Machado, e teve como professor Carlos Wilson (Damião), diretor de Capitães de Areia e a professora, a atriz Louise Cardoso. No final do ano, fez sua primeira encenação ao participar da montagem de Os Doze Trabalhos de Hércules, de Monteiro Lobato. Através desse trabalho, chamou a atenção do diretor Dennis Carvalho, que assistiu a peça, e a convidou para viver Dóris Cantomaia, na novela Eu Prometo. Aos 16 anos, em 1983, Malu estreou na TV Globo, sendo a única emissora de televisão aberta para a qual presta trabalhos até os dias atuais.
Em 1984, participou da novela Corpo a Corpo, tendo feito par romântico com o ator Lauro Corona e, em 1985, despontou em Ti Ti Ti, como Wal, fiha do costureiro Jacques Léclair, de Reginaldo Faria. Do grande público ficou conhecida aos dezenove anos, como protagonista da minissérie Anos Dourados, de Gilberto Braga, sucesso de audiência da Rede Globo, em 1986. Com esse trabalho, Malu, tornou-se uma das atrizes favoritas do autor, repetindo a parceria em várias outras produções de sucesso da emissora. Foi também, através da minissérie que conheceu, o ator Taumaturgo Ferreira, que viria a ser seu marido, e a atriz Isabela Garcia, que se tornaria uma de suas melhores amigas. No mesmo ano, estreou no cinema em Rock Estrela.
Em 1987, trabalhou em O Outro, interpretando a Glorinha da Abolição, uma ex-menina de rua. No ano seguinte, protagonizou sua primeira novela, Fera Radical. Na trama, sua personagem – Cláudia – buscava se vingar do extermínio de sua família, ocorrido quando ainda era criança. Após a novela, mudou-se para São Paulo e fez a sua estreia no teatro profissional, encenando Dores de Amores.
Outros filmes e novelas vieram em seguida, mas com o tempo, passou a ser mais exigente na escolha de seus papéis.
Malu declarou que se tornou mais preocupada em sentir prazer no seu trabalho a partir de 1989, quando ocorreu um episódio marcante em sua vida. No dia em que estava se mudando para São Paulo, ela se envolveu num grave acidente de carro. Uma moça de dezoito anos ficou em coma por um mês, e se recuperou. A atriz foi acusada – e depois inocentada – em processos criminal e civil.[carece de fontes]
Em 1989, protagonizou a novela Top Model, vivendo a modelo Duda, uma menina pobre que é descoberta e guindada à condição de Top Model e, em 1991, viveu a protagonista de O Dono do Mundo, quando encarnou a ingênua Márcia.[4] Na trama, sua personagem é seduzida pelo cirurgião plástico Felipe, de Antonio Fagundes, que apostara com um amigo que teria relações amorosas com ela, no dia do seu casamento, antes do marido.
É sondada até hoje para posar nua para a revista Playboy, e recusou todos os convites. Na última foi oferecido um milhão de reais.[carece de fontes]
Em 1992, integrou o elenco da minissérie Anos Rebeldes, ambientada no Rio de Janeiro durante a ditadura militar, e que tinha como pano de fundo o movimento estudantil. Posterior a esse trabalho, foi convidada a protagonizar mais uma novela, O Mapa da Mina. Porém, cansada de papéis de mocinha, a atriz pediu para viver Wanda, uma moça simples, sensualíssima, desbocada e nem tão politicamente correta quanto Elisa. Carla Marins, que viveria Wanda, topou trocar de papel, porque também queria um papel que representasse um novo desafio em sua carreira. Ainda nesse ano, encenou o espetáculo Vestido de Noiva, no cinquentenário da peça, onde dividiu o palco com os também atores Tuca Andrada e Luciana Braga. A peça foi um sucesso de crítica e público.[carece de fontes]
Em 1995, a atriz dá a luz a seu primeiro filho. A partir dai, surge o primeiro período sabático de sua carreira. Pelos próximos seis anos dedicaria-se mais a família, limitando-se somente a participações em seriados e minisséries.
Em 1996, fez parte do elenco fixo da série A Vida Como Ela É, além de ter participado de alguns episódios da série A Comédia da Vida Privada, ambos exibidos dentro do dominical Fantástico. Depois, em 1997, protagonizou o seriado A Justiceira, no papel de Diana, uma ex-policial que tem o filho seqüestrado por traficantes de armas e resolve agir contra a criminalidade, ingressando em uma organização internacional. O seriado foi criado para ter 32 episódios, mas a atriz engravidou durante o programa, e a produção teve que ser reduzida a somente 12 episódios. Por fim, em 1998, atuou na minissérie Labirinto, como a prostituta Paula Lee.
Da parceria com o autor Gilberto Braga, de quem a atriz é muito amiga, surgiram vários trabalhos importates, como Força de um Desejo, novela que foi um grande sucesso de crítica em 1999 e que rendeu à Malu vários elogios por seu desempenho como a bela e determinada cortesã Ester Delamare,[5] e também a novela Celebridade, em que Malu interpretou a batalhadora Maria Clara Diniz, em 2003.[6][7] Numa entrevista, Braga declarou, a respeito da atriz: "Se eu não tivesse optado por outro estilo de vida, ela seria a mulher com quem eu gostaria de casar e ter filhos. Além disso, ela sabe misturar com perfeição beleza e simplicidade, como Jacqueline Bisset." Celebridade foi escrita especialmente para Malu, em comemoração aos seus vinte anos de carreira.
Em 2007, Malu e Gilberto iriam trabalhar pela oitava vez na novela Paraíso Tropical, mas isso acabou não acontecendo. O autor declarou que essa foi uma das novelas que ele criou a trama sem pensar nos seus atores favoritos, o contrário do que havia feito com outras de suas novelas, e não viu nenhum papel que se adequasse a Malu. Nesse mesmo ano, integrou o elenco da novela Eterna Magia, interpretando uma vilã, a pianista Eva Sullivan.
No mesmo ano, foi diretora, junto a Mini Kerti, do documentário Contratempo, longa-metragem que conta a história de um grupo de músicos de favelas do Rio de Janeiro. O filme foi premiado e viajou para vários festivais no Brasil e no exterior.
Em 2008, estreou como diretora em Essa História Dava Um Filme, programa do canal pago Multishow, que na verdade trata-se de uma mistura de reality, ficção, documentário e making of, mostrando o processo de produção do curta-metragem desde as reuniões de pauta até as filmagens. O curta produzido por Malu foi inspirado em uma caso verídico que aconteceu com o ator Thiago Lacerda. Além de Thiago, a história contou também com a participação da atriz Daisy Lúcidi. Também atuou no projeto Se Não Fosse o Onofre, dirigido por sua sobrinha Erika Mader, em que interpreta a mãe de Zé, vivido por seu filho caçula.
Em 2010 gravou a refilmagem da novela Ti Ti Ti, de Cassiano Cabus Mendes, reescrita por Maria Adelaide Amaral e dirigida por Jorge Fernando.
No cinema, atuou em filmes que marcaram a década de 1980: Dedé Mamata e Feliz Ano Velho, ambos de 1988. Em 1999, acompanhando o renascimento do cinema nacional, fez Mauá - O Imperador e o Rei. Em 2002, interpretou uma prostituta no filme O Invasor. Já havia interpretado um papel semelhante no ano anterior, quando protagonizou o filme Bellini e a Esfinge, baseado no livro de Tony Bellotto. Também fez participações memoráveis em Sexo, Amor e Traição, Brasília 18%, Podecrer! e Sexo com Amor?.
Filha de um coronel do exército brasileiro, Rubens Tramujas Mäder (que cede seu nome à rodovia RJ-163, que vai a Penedo) e de uma assistente social, Ângela Maria da Silveira.
É casada desde 1990 com o músico, apresentador e escritor Tony Bellotto, que integra o conjunto de rock Titãs. A atriz Betty Gofman foi quem mediou a formação do casal. Da união, nasceram dois filhos, João Mäder Bellotto, nascido em 14 de maio de 1995, no dia das mães, e Antonio Mäder Bellotto, nascido em 1 de setembro de 1997.
A atriz é tia da também atriz Erika Mader, que não esconde de ninguém o fato de ter escolhido a profissão por influência da tia famosa, filha da sua irmã Patrícia. Malu tem também um irmão, Luís Felipe Mäder.
Quando o marido começou a escrever romances policiais, Malu logo alimentou o desejo de levar o livro de estreia, Bellini e a Esfinge, para o cinema, o que aconteceu em 2001. Malu participou do filme, não só como atriz, mas também como co-produtora. Além de ter trabalhado no lançamento e na distribuição.
Em agosto de 2005, depois que sofreu uma convulsão em Florianópolis, foi-lhe diagnosticado um Cisto benigno no lado esquerdo da cabeça, do qual foi operada com sucesso. Malu já tinha passado por um susto semelhante quando tinha 25 anos, quando numa consulta para engravidar do primeiro filho foi-lhe diagnosticado um tumor de 8 centímetros no figado e outro na bexiga.[carece de fontes] Seguiu para Nova Iorque, onde foi operada no Memorial Hospital, e os tumores foram diagnosticados como benignos. Em Nova Iorque, ainda fez seu primeiro curso de roteiro de cinema, enquanto esperava seu primeiro filho.


Televisão
Ano Título Papel
1983 Eu prometo Dóris Ribeiro Cantomaia
1984 Corpo a Corpo Beatriz Fraga Dantas - Bia
1985 Ti Ti Ti Walkíria Spina
1986 Anos Dourados Lourdinha (Maria de Lourdes Carneiro)
1987 O Outro Glorinha da Abolição
1988 Fera Radical Cláudia da Silva
1989 Top Model Duda
1991 O Dono do Mundo Márcia Nogueira
1992 Anos Rebeldes Maria Lúcia Damasceno
1993 O Mapa da Mina Wanda Machado
1996 A Comédia da Vida Privada Beatriz / Clara
A Vida Como Ela É Vários Personagens
1997 A Justiceira Diana Maciek
1998 Labirinto Paula Lee (Ângela)
1999 Força de um Desejo Ester Ramos Delamare Sobral
2000 Brava Gente De Lourdes / Patsy
2001 Sítio do Pica Pau Amarelo Cuca
Os Normais Paula
2003 Celebridade Maria Clara Melo Diniz
2004 A Grande Família ela mesma
2007 Eterna Magia Eva O'Brian Sullivan
2008 Guerra e Paz Sônia
Essa História Dava um Filme ela mesma
2010 Ti Ti Ti Suzana Martins

eatro
1981/1982 - Os Doze Trabalhos de Hércules"
1989/1990 - Dores de Amores
1993/ 1994 - Vestido de Noiva

Cinema
A Wikipédia possui o:
Portal Cinema
1985 - A Espera
1986 - Rock estrela .... Graziela
1987 - Feliz ano velho ... Ana / Angela
1988 - Dedé Mamata .... Lena
1999 - Mauá - O Imperador e o Rei .... May
2000 - Dinossauro .... Neera
2001 - O Invasor .... Cláudia / Fernanda
2001 - Bellini e a Esfinge .... Fátima
2002 - Zico .... ela mesma
2004 - Sexo, Amor e Traição .... Ana
2006 - Brasília 18% .... Georgesand Romero
2007 - Pode Crer! .... Mãe de Carol
2007 - Sexo com Amor? .... Paula
2007 - Casa da Mãe Joana .... Laura
2008 - Contratempo.... (Diretora)
2008 - Se Não Fosse o Onofre... (Thanks, Onofre) .... Mãe do Zé

Luis Gustavo

Luis Gustavo Sánchez Blanco um ator hispano-brasileiro. É também tio dos atores Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes.
É cunhado do escritor Cassiano Gabus Mendes.
Nascido na Suécia, filho de um diplomata espanhol, veio para o Brasil ainda na infância.
Começou na televisão como contra-regra através de seu cunhado Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico da TV Tupi. Pouco tempo depois já participou de diversas telenovelas, até que estrelou o anti-herói em Beto Rockfeller, considerada a primeira novela moderna, no formato que dura até a atualidade. A partir de então, consolidou sua carreira participando de dezenas de folhetins brasileiros e filmes.
Outro personagem de Luiz Gustavo em telenovela faria muito sucesso nos anos 1980, o Mário Fofoca de Elas por Elas, um detetive particular que depois estrelaria um seriado e um filme.
Durante vários anos atuou como Vanderlei Mathias, o Vavá, em Sai de Baixo, programa dominical de humor da Rede Globo.

Telenovelas
2011 - A Vida da Gente .... Seu Vidalgo
2010 - Ti Ti Ti .... Mário Fofoca
2009 - Cama de Gato .... Waldemar
2008 - Três Irmãs .... Vidigal (Nereu Vidigal Castro)
2006 - O Profeta .... Piragibe
2005 - Alma Gêmea .... Romeu
2004 - Começar de Novo .... Elvis Doidão
2002 - O Beijo do Vampiro .... Galileu Van Burger
1993 - O Mapa da Mina .... Tony Sgrangatto
1990 - Mico Preto .... Firmino do Espírito Santo
1989 - O Salvador da Pátria .... Juca Pirama
1985 - Ti Ti Ti .... Ariclenes Almeida (Victor Valentin)
1982 - Elas por Elas .... Mário Fofoca
1979 - Cara a Cara .... Fran
1978 - Te Contei? .... Léo
1976 - Duas Vidas .... Osvaldo
1976 - Anjo Mau .... Ricardo
1975 - O Sheik de Ipanema .... Carlos Alberto
1974 - Os Inocentes .... Victor
1973 - A Volta de Beto Rockfeller .... Beto Rockfeller
1972 - Editora Mayo, Bom Dia .... Ray
1968 - Beto Rockfeller .... Beto Rockfeller
1967 - Yoshico, Um Poema de Amor .... Luís Paulo
1967 - Estrelas no Chão .... Jorge
1967 - A Hora Marcada .... Mário
1966 - O Amor Tem Cara de Mulher .... Paulo
1966 - Ciúme .... Alfredo
1965 - Teresa .... Mário
1965 - O Pecado de Cada Um .... Fernando
1964 - Se o Mar Contasse .... Polo
1964 - O Sorriso de Helena
1964 - O Direito de Nascer .... Osvaldo
1963 - Terror nas Trevas
1962 - A Única Verdade
1962 - A Noite Eterna
1956 - E o Vento Levou
1956 - Caminhos Incertos
1955 - Oliver Twist .... Raposa
1955 - Caminhos Sem Fim .... Felismino
1954 - Sangue na Terra .... Pintado
1954 - O Destino Desce de Elevador
1953 - Segundos Fatais

Seriados
2010 - As Cariocas .... Gustavo
2007 - Faça Sua História .... Agostinho
1996/2002 - Sai de Baixo .... Vavá
1994/1996 - Confissões de Adolescente .... Paulo
1983 - Mário Fofoca .... Mário Fofoca
1983 - Caso Verdade, Vida Nova .... Antônio Maciel

Especiais
1953/57 - TV de Vanguarda

Trabalhos no cinema

2005 - O Casamento de Romeu e Julieta .... Alfredo Baragatti
1982 - As Aventuras de Mário Fofoca .... Mário Fofoca
1979 - Sede de Amar .... Jairo
1978 - Amada Amante .... Augusto

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Emilinha Borba

Emília Savana da Silva Borba, conhecida como Emilinha Borba, (Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1922 — Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2005) foi uma popular cantora brasileira.
Emilia Savana da Silva Borba, nasceu no Bairro da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro em 31 de agosto de 1922. Era filha de Eugênio Jordão Borba e Edith da Silva Borba.
Ainda menina e contrariando um pouco a vontade de sua mãe, apresentava-se em diversos programas de auditório e de calouros. Ganhou seu primeiro prêmio, aos 14 anos, na "Hora Juvenil", da Rádio Cruzeiro do Sul. Cantou também no programa "Calouros de Ary Barroso", obtendo a nota máxima ao interpretar "O X do Problema", de Noel Rosa. Logo depois, começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia.
Formou, na mesma época, uma dupla com Bidú Reis, chamada As Moreninhas. A Dupla se apresentou em várias rádios, durante cerca de um ano e meio. Logo depois, a dupla gravou para a "Discoteca Infantil" um disco em 78 RPM com a música "A História da Baratinha", numa adaptação de João de Barro. Desfeita a dupla, Emilinha passou a cantar sozinha e foi logo contratada pela Rádio Mayrink Veiga, recebendo de César Ladeira o slogan "Garota Grau Dez".
Em 1939 foi convidada por João de Barro para participar da gravação da marcha Pirulito cantada por Nilton Paz, sendo que no disco seu nome não foi creditado, apenas o do cantor.
Em março do mesmo ano grava, pela Columbia e com o nome de Emília Borba, seu primeiro disco solo em 78 RPM, com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto, com o o samba Ninguém escapa de Eratóstenes Frazão e o samba-choro Faça o mesmo, de Antônio Nássara e Eratóstenes Frazão.
Ainda em 1939, foi levada por sua madrinha artística, Carmen Miranda, de quem sua mãe era camareira, para fazer um teste no Cassino da Urca. Por ser menor de idade e na ansia de conseguir o emprego, alterou sua idade para alguns anos a mais. Além disso, Carmen Miranda emprestou-lhe um vestido e sapatos plataforma. Aprovada pelo empresário Joaquim Rolla proprietário do Cassino da Urca, foi contratada e passou a se apresentar como "crooner", tornando-se logo em seguida uma das principais atrações daquela casa de espetáculos.
Em 1939 atuou no filme "Banana da Terra", de Alberto Bynton e Rui Costa. Esse filme contava com um grande elenco: Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Linda Batista, Almirante, Aloísio de Oliveira, Bando da Lua, Carlos Galhardo, Castro Barbosa, Oscarito e Virgínia Lane, a "Vedete do Brasil".
Em 1940, gravou com acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra os sambas "O Cachorro da Lourinha" e "Meu Mulato Vai ao Morro", da dupla Gomes Filho e Juraci Araújo. Nesse ano, apareceu nos filmes "Laranja da China", de Rui Costa e "Vamos cantar]], de Leo Marten.
No ano seguinte, assinou contrato com a Odeon, gravadora onde sua irmã, a cantora Nena Robledo, casada com o compositor Peterpan já era contratada. Já com o nome de Emilinha Borba, lançou os sambas "Quem Parte leva Saudades", de Francisco Scarambone, e "Levanta José", de Haroldo Lobo e Valdemar de Abreu. Gravou ainda um segundo disco na Odeon com o samba "O Fim da Festa", de Nelson Teixeira e Nelson Trigueiro, e a marcha "Eu Tenho Um Cachorrinho", de Georges Moran e Osvaldo Santiago.
Em 1942 foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, desligando-se meses depois. Em Setembro de 1943 retornou ao "cast" daquela Emissora, firmando-se a partir de então, e durante os 27 anos que lá permaneceu contratada, como a "Estrela Maior" da emissora PRE-8, a líder de audiência.
Enquanto naquela emissora, Emilinha atingiu o ápice de sua carreira artística, tornando-se a cantora mais querida e popular do país. Teve participação efetiva em todos os seus programas musicais, bem como, foi a "campeã absoluta em correspondência" por 19 anos consecutivos (até quando durou a pesquisa naquela emissora) de 1946 à 1964.

Briga com Linda Batista

Em 1942, o Cineasta norteamericano Orson Welles estava filmando no Brasil, o documentário inacabado "It's All True" (Tudo é Verdade). Nesta época, Linda Batista era a cantora mais popular do Brasil e a estrela absoluta do Cassino da Urca, de onde Orson Welles não saía.
Enquanto permanecia no Rio de Janeiro em farras e bebedeiras, Welles, inicia um romance com Linda Batista. Até que coloca os olhos em Emilinha, já com postura de futura estrela. O cineasta não perdoa a pouca idade de Emilinha, nem o fato de ela namorar o cantor Nilton Paz. Começa a assediá-la, prometendo levá-la para Hollywood. Também enviava-lhe agrados e bilhetes em que se dizia o "Rei do Café".
Linda Batista, ao saber o que estava acontecendo, descarregava suas frustrações na mãe de Emilinha, camareira no Cassino da Urca, humilhando-a sempre que podia. Até que um dia, Linda cerca Emilinha nos bastidores, dá-lhe alguns tapas e rasga seu melhor vestido com o qual ela se apresentaria dali a pouco.
Orson Welles deixou Emilinha em paz, e voltou para os Estados Unidos. Mas, desde essa época, Linda e Emilinha, nunca mais se deram bem. Segundo Jorge Goulart, Linda Batista usava de todo o seu prestígio como estrela absoluta do Cassino da Urca para dificultar a ascensão de Emilinha Borba naquele espaço.

Rainha do Rádio

Em 1949, Emilinha já era a maior estrela da Rádio Nacional, mas as irmãs Linda Batista e Dircinha Batista eram também muito populares, e as vencedoras, por anos consecutivos, do concurso para Rainha do Rádio. Este torneio era coordenado pela Associação Brasileira de Rádio, sendo que os votos eram vendidos com a Revista do Rádio e a renda era destinada para a construção de um hospital para artistas. Neste ano Emilinha gravou a marcha "Chiquita Bacana" (Primeiro lugar nas paradas de sucesso) e passou a ser considerada a vencedora do concurso. Entretanto, Marlene, uma cantora novata apareceu e venceu o concurso de forma espetacular. Para tal, recebeu o apoio da Companhia Antarctica Paulista. A empresa de bebidas estava prestes a lançar no mercado um novo produto, o Guaraná Caçula, e, atenta à popularidade do concurso, pretendiam usar a imagem de Marlene, Rainha do Rádio, como base de propaganda de seu novo produto, dando-lhe, em troca, um cheque em branco, para que ela pudesse comprar quantos votos fossem necessários para sua vitória. Assim, Marlene foi eleita com 529.982 votos. Desse modo, originou-se a famosa rivalidade entre os fãs de Marlene e Emilinha, uma rivalidade que, de fato, devia muito ao marketing e que contribuiu expressivamente para a popularidade espantosa de ambas as cantoras pelo país. Só em 1953, Emilinha foi finalmente coroada como Rainha do Rádio, unicamente com o apoio popular. A quantidade de votos que lhe deu a vitória era maior que a das outras concorrentes somadas.

O Grande Sucesso

Os concursos populares, que servem como termômetro de popularidade do artista, sempre foram constantes, e, das pesquisas realizadas, na fase aurea do rádio, 99,9% deram vitória a Emilinha Borba, tornando-a a artista brasileira que possivelmente possui mais títulos, troféus, faixas e coroas.
Nas edições da "Revista do Rádio", "Radiolândia" e do jornal "A Noite", Emilinha se comunicava com seus fans, amigos e leitores desses orgãos da imprensa, através de colunas como Diário da Emilinha, Álbum da Emilinha, Emilinha Responde e Coluna da Emilinha.
O simples anúncio de sua presença em qualquer cidade ou lugarejo do país, era feriado local e Emilinha simbolicamente recebia as chaves da cidade e desfilava em carro aberto pelas principais ruas e avenidas sendo aplaudida, ovacionada e acarinhada pelos habitantes e autoridades da localidade.
Devido ao enorme sucesso após o seu terceiro espetáculo realizado no teatro Santa Rosa em João Pessoa (Paraíba) Emilinha teve que cantar em praça pública junto ao Casssiano Lagoa, para um incalculável público, só comparado aos dos comícios de Luiz Carlos Prestes ou Getúlio Vargas.
Emilinha foi a primeira artista brasileira a fazer uma longa excursão pelo país com patrocínio exclusivo. O laboratório Leite de Rosas até então investia em artístas internacionais (como a orquestra de Tommy Dorsey) e contratou e patrocinou Emilinha por três meses consecutivos em excursão pelo Norte e Nordeste.
Sua foto era obrigatória nas capas de todas as revistas e jornais do país. Na "Revista do Rádio" semana era ela, na seguinte outro artista e na posterior ela novamente. Até Agosto de 1995, Emilinha Borba foi a personalidade brasileira que maior número de vezes foi capa de revistas no Brasil, calcula-se aproximadamente umas 350 capas nas mais diversas revistas.

Últimos Anos

De 1968 a 1972, Emilinha esteve inativa por problemas de saúde. Teve edema nas cordas vocais e, após três cirurgias e longo estudo para reeducar a voz, voltou a cantar.
Em 2003, após 22 anos sem gravar um trabalho só seu, a Favorita da Marinha lançou o CD "Emilinha Pinta e Borba", com participações de diversos cantores como Cauby Peixoto, Marlene, Ney Matogrosso, Luís Airão, Emílio Santiago, entre outros, e, no início de 2005, o CD "Na Banca da Folia", para o carnaval do mesmo ano, com a participação do cantor Luiz Henrique na primeira faixa - Carnaval Naval da Favorita e de MC Serginho na quinta faixa, Marcha-Funk da Eguinha Pocotó, conforme informa o site Cantoras do Brasil.
Emilinha continuou fazendo espetáculos pelo Brasil inteiro, tendo marcado presença, nos seus três últimos anos de vida, em vários estados brasileiros como Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia.
Por falta de gravadora, Emilinha Borba, a mais popular cantora brasileira de todos os tempos [carece de fontes], teve que vender seus CDs em praça pública.
Sua arte, admirada e aplaudida por milhões, sempre foi em prol da cultura popular e, assim, carismática Emilinha Borba, cuja trajetória artística, pontilhada de sucessos, personifica-se como verdadeira e autêntica representante da Era de Ouro do Rádio Brasileiro.

Morte

Em fevereiro de 2004, Emilinha foi hospitalizada após cair da cama e fraturar o braço direito.
Em junho de 2005, ela esteve internada após cair de uma escada e sofrer traumatismo craniano e hemorragia intra-cerebral.
Morreu na tarde do dia 3 de outubro de 2005 de infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, aos 83 anos.
Seu corpo foi velado durante toda a noite e pela manhã, por amigos, familiares e fãs, na Câmara dos Vereadores no Rio de Janeiro (cidade) e sepultado no Cemitério do Caju.

Sucessos

Rumba de Jacarepaguá, Haroldo Barbosa (1947)
Se Queres Saber, Peterpan (1947)
Escandalosa, Djalma Esteves e Moacir Silva (1947)
Capelinha de Melão, motivo popular adaptado por Alberto Ribeiro e João de Barro (1949)
Chiquita Bacana, Alberto Ribeiro e João de Barro (1949)
Eu sei estar na Bahia, José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago (com Blecaute) (1949)
Baião de dois, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
Paraíba, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950)
Tomara que chova, Paquito e Romeu Gentil (com Guio de Morais e Seus Parentes) (1951)
Dez anos (Diez años), Rafael Hernández, versão de Lourival Faissal (1951)
Jerônimo, Getúlio Macedo e Lourival Faissal (1954)
Bate o bife, João de Barro (com Bill Farr) (1956)
Brasil, fonte das artes, Djalma Costa, Eden Silva e Nilo Moreira (com a Bateria do Salgueiro) (1957)
Vai com jeito, João de Barro (1957)
Botões de laranjeira, Genival Macedo e Lourival Faissal (1958)
Cachito, Consuelo Velásquez, versão de A. Bourget (1958)
Fevereiro, João de Barro (1958)
Benzinho, Fernando Costa e Rossini Pinto (1962)
Pó-de-mico, Arildo Sousa, Dora Lopes e Renato Araújo (1963)
Marcha do remador, Antônio Almeida e Oldemar Magalhães (1964)
Mulata Iê-iê-iê, João Roberto Kelly (1965)
Israel, João Roberto Kelly (1968)

Marlene

Marlene, nome artístico de Victória Delfino dos Santos (Bonaiutti de Martino em solteira), (São Paulo, 22 de novembro de 1924) é uma cantora e atriz brasileira. Foi casada com o ator Luís Delfino.
Tendo gravado mais de 4.000 canções em sua carreira, Marlene (junto com Emilinha Borba) foi um dos maiores mitos do rádio brasileiro em sua época de ouro. Sua popularidade nacional também resultou em convites para o cinema (onze filmes depois de Corações sem Piloto, de 1944) e para o teatro (cinco peças após Depois do Casamento, em 1952), tendo também trabalhado em cinco revistas depois de Deixa Que Eu Chuto (1950). Suas atividades internacionais incluíam turnês pelo Uruguai, Argentina, Estados Unidos (onde se apresentou no Waldorf-Astoria Hotel e em Chicago) e França (apresentando-se por quatro meses e meio no Teatro Olympia em Paris, a convite de Édith Piaf, que a vira no Copacabana Palace, no Rio). Também compositora, teve seu samba-canção A grande verdade (parceria com Luiz Bittencourt) gravado por Dalva de Oliveira, em 1951.
Nasceu Victória Bonaiutti de Martino na capital paulista, no bairro da Bela Vista, conhecido reduto de ítalo-brasileiros. Seus pais mesmo eram italianos, e Victória Bonaiutti de Martino era a mais nova de três filhas. Ela herdou o nome do pai, o qual veio a falecer sete dias depois de seu nascimento. A viúva, Antonieta, não se casou novamente, assim tendo que sustentar sozinha a criação de suas filhas. Ela alfabetizava no Instituto de Surdos e Mudos de São Paulo e também era costureira.
Uma vez que era devota da Igreja Batista, conseguiu internar a filha mais nova no Colégio Batista Brasileiro, pagando apenas uma taxa. As mensalidades foram dispensadas em troca de que Victória prestasse serviços gerais ao colégio, como arrumação dos dormitórios. Estudou ali dos nove aos quinze anos de idade, destacando-se nas atividades esportivas, assim como no coro juvenil da igreja.
Ao deixar o colégio, foi cursar a Faculdade do Comércio, situada na Praça da Sé, com o objetivo de se tornar contadora. Na mesma época, emprega-se, durante o dia, num escritório comercial. É quando começa a participar de uma entidade de estudantes, recém formada, a qual passa a dispor de um espaço na Rádio Bandeirantes, a Hora dos estudantes, programa em que seria cantora. Foi quando seus colegas estudantes, por eleição, escolheram seu nome artístico, em homenagem à atriz alemã Marlene Dietrich.
[editar]Carreira artística
Victória acabou deixando o curso de contadora em segundo plano, priorizando sua atividade artística. Então, em 1940, ela estreou como profissional na Rádio Tupi de São Paulo. Tudo isto, contudo, fez escondida da família, que, por razões religiosas e socias vigorantes na época, não poderia admitir uma incursão no mundo artístico. O nome artístico esconderia sua verdadeira identidade até ser descoberta faltando aulas por causa de seu expediente na rádio, o que resultou num castigo exemplar por parte de sua mãe. Mas ela já estava decidida a seguir carreira.
Assim, em 1943, cercada pela desaprovação por parte da família, ela partiu para o Rio de Janeiro, onde, após se aprovada no teste com Vicente Paiva, passou a cantar no Cassino Icaraí, em Niterói. Ali permaneceu por dois meses até conhecer Carlos Machado, o qual a convidou para o Cassino da Urca, contratando-a como vocalista de sua orquestra.
Em 1946, houve a proibição dos jogos de azar e o consequente fechamento dos cassinos por decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra. Marlene então seguiu com a orquestra de Carlos Machado para a Boate Casablanca. Dois anos depois, tornou-se artista do Copacabana Palace a convite de Caribé da Rocha, o qual a promoveu de crooner a estrela da casa.
Passou a atuar também na Rádio Mayrink Veiga e, no ano seguinte, na Rádio Globo. Nesse ínterim, já se tinha dado sua estréia no disco, pela Odeon, em meados de 1946, com as gravações dos sambas Suingue no morro (Amado Régis e Felisberto Martins) e Ginga, ginga, moreno (João de Deus e Hélio Nascimento). Mas foi no carnaval do ano seguinte que Marlene emplacou seu primeiro sucesso, a marchinha Coitadinho do papai (Henrique de Almeida e M. Garcez), em companhia dos Vocalistas Tropicais, campeã do concurso oficial de músicas carnavalescas da Prefeitura do Distrito Federal. E foi cantando esta música que ela estreou no programa César de Alencar, na Rádio Nacional, com grande sucesso, em 1948. Marlene se tornaria uma das maiores estrelas da emissora, recebendo o slogan Ela que canta e dança diferente. Ainda nesse ano, foi contratada pela gravadora Continental, estreando com os choros Toca, Pedroca (Pedroca e Mário Morais) e Casadinhos (Luís Bittencourt e Tuiú), este cantado em duo com César de Alencar. Marlene esperou o fim de seu contrato com o Copacabana Palace para abandonar os espetáculos nas boates, dedicando-se ao rádio, aos discos e, posteriormente, ao cinema e ao teatro.
[editar]Rainha do Rádio
Nessa época, a maior estrela da Rádio Nacional era Emilinha Borba, mas as irmãs Linda e Dircinha Batista eram também muito populares, e as vencedoras, por anos consecutivos, do concurso para Rainha do Rádio. Este torneio era coordenado pela Associação Brasileira de Rádio, sendo que os votos eram vendidos com a Revista do Rádio e a renda era destinada para a construção de um hospital para artistas. Então, em 1949, Marlene venceu o concurso de forma espetacular. Para tal, recebeu o apoio da Companhia Antarctica Paulista. A empresa de bebidas estava prestes a lançar no mercado um novo produto, o Guaraná Caçula, e, atenta à popularidade do concurso, pretendiam usar a imagem de Marlene, Rainha do Rádio, como base de propaganda de seu novo produto, dando-lhe, em troca, um cheque em branco, para que ela pudesse comprar quantos votos fossem necessários para sua vitória. Assim, Marlene foi eleita com 529.982 votos. Ademilde Fonseca ficou em segundo lugar, e Emilinha Borba, dada como vencedora desde o início do concurso, ficou em terceiro. Desse modo, originou-se a famosa rivalidade entre os fãs de Marlene e Emilinha, uma rivalidade que, de fato, devia muito ao marketing e que contribuiu expressivamente para a popularidade espantosa de ambas as cantoras pelo país. Prova disso foram as gravações que elas fizeram em dueto naquele ano, com o samba Já vi tudo (Amadeu Veloso e Peter Pan) e a marchinha Casca de arroz (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti). Foram sucessos no Carnaval de 1950, e no começo desse ano, com a marchinha A bandinha do Irajá (Murilo Caldas), também sucesso no Carnaval.
A eleição para Rainha do Rádio ainda lhe rendeu um programa exclusivo na Rádio Nacional, intitulado Duas majestades, e um novo horário no programa Manuel Barcelos, onde permaneceu como estrela até o fechamento do auditório da Rádio Nacional. A estrela Marlene ajudou vários colegas seus,inclusive usando seu prestígio e influência junto à direção da Rádio Nacional,trouxe para a emissora,as vozes de Jorge Goulart e Nora Ney,que ali permaneceram por décadas,só saindo por causa de problemas com o governo da época da ditadura militar no país.Também foi Marlene a madrinha de um de seus frenéticos fãs,o jovem Luiz Machado,que veio a ser locutor comercial dos programas, de Manoel Barcelos. Participou também de outros programas, como o de César de Alencar, o de Paulo Gracindo, bem como Gente que brilha, Trem da alegria, Show dos bairros e o de José Messias,porem o jovem locutor Luiz Machado deixou a rádio,também com problemas com o governo da ditadura militar,saido junto com Cesar de Alencar,e vários outros artistas,que não se enquadravam àquele regime governamental.Luiz posteriormente dedicou-se aos estudos,não voltando ao rádio,devido a variações em suas cordas vocais,embora não concluindo a faculdade de direito de Valença/RJ.Deixou a faculdade para seguir a profissão de Motorista de ônibus em turismo rodoviário,porém mantendo-se como fã fiel á grande Marlene,a quem agradece até os dias de hoje,atualmente com 59 anos a oportunidade por ela oferecida.
Marlene manteve o título ainda pelo ano seguinte. Ela então passou a ser cantora exclusiva do programa Manuel Barcelos, enquanto que Emilinha tornou-se exclusiva do de César de Alencar. Ainda naquele ano, gravou dois de seus maiores sucessos, acompanhada d'Os Cariocas, Severino Araújo e Orquestra Tabajara: os baiões Macapá e Que nem jiló (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga). Participou da revista Deixa que eu chuto, no Teatro João Caetano, no Rio. Atuou intensamente no teatro musicado, excursionando pelo exterior e por todo o Brasil em inúmeros espetáculos. Participou também do filme Tudo Azul, ao lado do futuro marido Luís Delfino, produzido por Rubens Berardo e dirigido por Moacyr Fenelon.


Discografia

Marlene apresenta sucessos de Assis Valente (1956) Sinter LP
Vamos cantar com Marlene (1957) Sinter LP
Explosiva (1959) Odeon LP
Caixinha de saudade (1960) Odeon LP
Sassuarê (1963) Continental LP
Carnavália-Eneida conta a história do carnaval Vol. 1 (1968) MIS LP
Carnavália-Eneida conta a história do carnaval Vol. 2 (1968) MIS LP
É a maior (1969) RGE/Fermata LP
VII Festival Internacional da Canção Popular (1972) Som Livre LP
Na transa do carnaval (1973) RCA Victor LP
Quando as escolas se encontram (1973) RCA Camden LP
MPB-Grandes Autores/Monsueto (1973) RCA Camden LP
Convocação geral (1973) Som Livre LP
Botequim (1973) RGE LP
Estas dão audiência (1974) Odeon LP
Carnaval de todos os tempos (1974) Continental LP
Te pego pela palavra (1974) Odeon LP
O dinheiro na música popular (1976) V. SOM LP
Marlene-Os ídolos da MPB nº 18 (1976) Continental LP
40 anos de Rádio Nacional (1976) Phillips LP
Prazer em conhecê-lo (1976) PA LP
Antologia da marchinha (1977) Phonogram LP
Os ídolos da MPB-Vol. 26 (1977) LP
As Rainhas do rádio (1979) Bandeirantes Discos LP
Ópera do malandro (1979) Phonogram LP
100 anos de MPB. Vol. III (1979) Tapecar/Projeto Minerva LP
100 anos de MPB-Vol. IV (1979) Tapecar/Projeto Minerva LP
Os melhores sambas enredo (1979) Gala LP
Há sempre um nome de mulher (1987) LBA/Pronave? Banco do Brasil LP
Os ídolos do rádio VII (1988) Collector's LP
Marlene, Meu bem (1996) Revivendo CD
Estrela da manhã (1998) Leblon Records CD

Canções

Apito no samba, Luís Antônio e Luís Bandeira (1959)
Baião no deserto, Abel Ferreira, Paulo Tapajós e Zé Meneses (1953)
Bom que dói (Old fashioned Bahia), Aloísio de Oliveira e Luís Bonfá (1958)
Brigas, nunca mais, Tom Jobim e Vinicius de Moraes (1959)
Canoeiro, Dorival Caymmi (1958)
Coitadinho do papai, Augusto Garcez e Henrique de Almeida, com os Vocalistas Tropicais (1947)
Couro do falecido, Jorge de Castro e Monsueto (1955)
Dona Vera tricotando, Humberto Teixeira e Luís Gonzaga (1950)
É Madrugada,Luiz Machado e Ricardo Mariano (1967)
É sempre o papai, Miguel Gustavo (1954)
Eva, Haroldo Lobo e Milton de Oliveira (1952)
Gente do morro, Benê Alexandre, Getúlio Macedo e Manuel Santa (1953)
Lata d'água, Luís Antônio e J. Júnior, com Radamés Gnattali & Orquestra (1952)
Macapá, Humberto Teixeira e Luís Gonzaga, com Os Cariocas, Severino Araújo e Orquestra Tabajara (1949)
Marlene, meu bem, Mário Lago (1955)
Mora na filosofia, Arnaldo Passos e Monsueto (1954)
O casamento de Rosa, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
O gondoleiro (Le gondolier), Jean Broussole e Pete de Angelis, versão de Sérgio Porto (1958)
O lamento da lavadeira, João Vieira Filho, Monsueto e Nilo Chagas (1956)
Patinete no morro, Luís Antônio (1954)
Piririm, Humberto Teixeira e Zé Dantas, com Trio Madrigal e Trio Melodia (1951)
Que nem jiló, Humberto Teixeira e Luís Gonzaga, com Os Cariocas, Severino Araújo e Orquestra Tabajara (1949)
Rock'n'roll, Vital Lima (1974)
Sapato de pobre, Luiz Antônio e J. Júnior (1951)
Saudosa maloca, Adoniran Barbosa (1955)
Tome polca, José Maria de Abreu e Luiz Peixoto, com Guio de Morais & Seus Parentes (1950)
Zé Marmita, Brasinha e Luís Antônio (1953)

Trabalhos como atriz

Na televisão

1999 - Chiquinha Gonzaga
1984 - Viver a Vida
1981 - O Amor É Nosso .... Mayra
1971 - Bandeira 2
Foi convidada para uma participação especial na telenovela Helena (Rede Manchete, 1987), mas o trabalho acabou não se concretizando.

No cinema

1982 - Profissão Mulher
1978 - A Volta do Filho Pródigo
1967 - Carnaval Barra Limpa
1959 - Quem Roubou Meu Samba?
1958 - O Cantor e o Milionário .... Irene
1955 - Adiós, Problemas
1954 - Matar ou Correr
1953 - Balança, Mas Não Cai
1952 - Tudo Azul .... Maria Clara (intérprete: "Eva" (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira)
1950 - Todos por Um
1950 - Um Beijo Roubado
1949 - Pra Lá de Boa
1949 - Caminhos do Sul
1948 - Esta É Fina
1946 - Caídos do Céu
1945 - Pif-Paf .... Maria
1945 - Loucos por Música
1944 - Corações sem Piloto

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Constantin Stanislavski

Constantin Siergueieivitch Alexeiev, em russo Константин Сергеевич Станиславский, (Moscou, 5 de Janeiro de 1863 — Moscou, 7 de Agosto de 1938), mais conhecido por Constantin Stanislavski, foi um ator, diretor, pedagogo e escritor russo de grande destaque entre os séculos XIX e XX.
Desde pequeno Stanislavski teve contato com todos os tipos de artes, filho de um fabricante de tecidos, adotou o nome artístico de origem polonesa para não comprometer sua família (Senelick, pg.5). Sua primeira apresentação amadora ocorreu quando ainda tinha sete anos em um teatro que seu pai mandara construir em sua casa. Neste local, também conhecido como Círculo Alexeiev, aconteciam vários encontros com atores, diretores, músicos, artistas plásticos conhecidos. Após os casamentos na família, esses encontros começaram a ficar mais raros.

Em 1885 Stanislavski torna-se um dos cinco diretores da Sociedade Musica Russa, e, em 1888 ele funda a Sociedade Literária de Moscou, um grupo amador no qual passa a estudar a arte teatral com grandes personalidades da época, como o diretor Fiédotov. Este empreendimento não teve muito sucesso econômico, o que levou Stanislavski a arcar sozinho com todas as despesas, entretanto gradualmente ele se torna conhecido como um dos grandes atores russos (Senelick, pg.5).

Após trocar correspondências com Vladímir Ivânovitch Niemiróvitch-Dântchenco (1858 – 1943), popular escritor e professor de arte dramática do Conservatório de Moscou; inicia, no dia 22 de junho de 1897, às 14h; no Slaviánski Bazar (Mercado Eslavo, nome de um restaurante), não só um conversa histórica, mas um diálogo, sobre um empreendimento, que marcaria o teatro no século XX: a fundação do Teatro de Arte (ou Artístico) de Moscou Acessível a Todos, que depois passaria a ser conhecido como o Teatro de Arte de Moscou (TAM) (Senelick pgs. 5-6).

Foi neste local que Stanislavski, durante anos, teve a oportunidade de testar métodos e técnicas no trabalho de preparação do ator. Muito destes foram deixados de lado e outros aprofundados. Estes seus estudos geraram o conhecido "sistema" Stanislavski (como ele mesmo o chamava), com suas várias facetas .

Laurence Senelick descreve que o primeiro grande sucesso do TAM foi a sua estréia com a peça Czar Fyodor Ioannovich de Lev Nikoláievich Tolstói (14 de Outubro de 1898) desenvolvida a partir de um arqueológico detalhamento naturalista em cena, uma inovação na cena contemporânea (pg.6). Entretanto o resto da temporada não teve tal sucesso, justamente pelo estilo naturalista que não serviu tão bem às outras peças. O que teria salvo o repertório foi a encenação da peça de Anton Tchekhov A Gaivota, sugerida por Danchenko que se tornaria um dos principais dramaturgos da companhia. As peças de Tchecov se tornaram um novo estilo nas encenações do TAM com seus longos silêncios, modulações sutís, todas submetidas ao extremo detalhamento naturalista (Senelick, pg.6).
Em 1902 Danchenko apontava as encenações de A Gaivota e O Inimigo do Povo de Ibsen como textos que ele havia sugerido, assim como Checov. Stanislavski, por outro lado, também gostava de peças fantásticas (fantasy plays) e de questões relativas a encenação, a técnicas de atuação. Em 1905, impressionado com experimentos de improvisação realizados por um dos atores Meierhold, convida-o a desenvolver seus trabalhos em busca de novas formas de interpretação para encenar Maeterlinck. Em 1907 as relações entre Danchenko e Stanislavski quase levam a ruptura do empreendimento.
Em 1908 Stanislavski vende sua parte das ações, e se limita a dirigir duas peças por temporada, com uma peça experimental que poderia ser vetada por Danchenko, que se tornara o diretor da companhia. A produção da experimental fantasia O Pássaro Azul por Stanislavski (1908 foi um sucesso tão grande que o leva a pensar num empreendimento semelhante para o próximo ano, daí surge o interesse de chamar o diretor inglês Edward Gordon Craig para encenar uma tragédia de William Shakespeare. Craig era um conhecido crítico do naturalismo
Um "sistema" para a interpretação do ator

(ver Sistema Stanislavski)
Cquote1.svg 'O que realmente significa, escrever sobre o que é passado e já foi feito? O sistema vive em mim mas não tem contorno ou forma. O sistema é criado no ato de escrevê-lo. Esta é a causa de porque eu tenho que ficar trocando o que eu tinha antes escrito. (Benedetti, J. Stanislavski and the Actor: The Method of Physical Action, p.22)' Cquote2.svg

Jean Benedetti descreve que as primeiras anotações sobre o sistema foram feitas por Stanislavski ainda em 1906 e que sua primeira parte estava pronta já em 1920 (Benedetti, Stanislavski an Introduction, Kindle Ed.). Jaco Guinsburg descreve as inquietações de Stanislavski na busca de um forma teatral apurada:
Cquote1.svg 'Nós estávamos protestando contra a forma de se atuar no palco, contra a teatrada e o pathos afetado, a declamação e a representação exageradas, contra o sistema de estrelato que arruinava o ensemble, contra o modo como as peças eram escritas, contra a insignificância dos repertórios. A fim de rejuvenescer a arte, declaramos guerra contra todos os convencionalismos do teatro: no desempenho, direção, cenários, trajes, entendimento das peças etc.' Cquote2.svg

Impulsionado por renovações cênicas, compromissos e por experiências ao longo de sua vida, Stanislavski criou, desenvolveu, sistematizou e aprimorou o que chamou de “sistema”. Este se embasava nas ações físicas, as quais [...], por sua vez, transmitem o espírito interior do papel que estamos interpretando [...], sendo elas abastecidas pela vida e pela imaginação que o ator empresta à personagem. Assim sendo, a partir de Stanislavski, ações físicas, espírito interior, imaginação, são palavras chaves e integradas em todos os métodos de interpretação para o ator desde então. Stanislavski afirma, sobre seu sistema:
Cquote1.svg 'O sistema é um guia. Abra-o e leia-o. O sistema é um livro de referência, não uma filososfia. Quando a filosofia começa o sistema termina. Você não pode atuar no sistema: você pode trabalhar com ele em casa, mas, estando no palco, você deve colocá-lo de lado.(...)'

Não há sistema. Existe apenas a Natureza. O objetivo da minha vida tem sido chegar tão perto quanto possa ao assim chamado sistema, isto é da natureza da criação.

As leis da arte são as leis da Natureza. O nascimento de uma criança, o crescimento de uma árvore, a criação de uma personagem são elementos de uma mesma ordem. O estabelecimento de um sistema, isto é, as leis do processo criativo, é essencial porque no palco, pelo fato de ser público o trabalho da natureza é violado e suas leis são infringidas, o sistema re-estabelece estas leis, recoloca a natureza humana como a norma (...)

O primeiro aspecto do sistema é colocar o inconsciente para trabalhar. O segundo, assim que se inicia, é deixe-o de lado (leave it alone). (Benedetti, Stanislavski an Introduction, Kindle Ed.)
Cquote2.svg

Ao todo, sobre o “sistema”, Stanislavski tem publicado em português um total de quatro obras: Minha Vida na Arte, A preparação do Ator, A Construção da Personagem e A Criação de um Papel; os três últimos livros, em nossa língua, foram traduzidos por Pontes de Paula Lima, da versão feita pela norte-americana Hapgood. Esta traduziu e editou apenas uma seleção dos escritos originais russos. Estas versões possuem omissões de palavras, frases, idéias e capítulos inteiros, que se originam de decisões de cortes da edição da tradutora norte-americana (Mauch e Camargo, 2010). Novas traduções tem sido realizadas em outras línguas, procurando-se traduzir a obra completa sem cortes, destaque-se Benedetti - inglês e Salomón Merener, ed. Quetzal - espanhol, esgotada (Mauch, Dellari e Camargo, 2010)
[editar] Influência e desenvolvimento do "sistema"

Stanislavski também influiu na ópera moderna, e impulsionou os trabalhos de escritores como Máximo Gorki e Anton Tchecov. Em 1905 funda o primeiro Teatro Estúdio (Moscou), um local para experimentações que será dirigido por Meyerhold (Meyerhold, Alberto Editor, pg 119).

Seu sistema, também chamado de Método das Ações Físicas, teve diversos seguidores, nas várias fases em que foi desenvolvido. Um de seus alunos (Richard Boleslavski), fundou em 1925 o "Laboratório de Teatro", nos Estados Unidos. Esta iniciativa, baseada apenas na chamada "memória emotiva", causou grande impacto no teatro americano, mas a técnica de Stanislavski tem ainda outros aspectos.

Stella Adler foi a única norte-americana que estudou com Stanislavsky, em Paris, durante 5 semanas no ano de 1934, seguindo assim o Método de Ações Físicas. Adler apresentou o esta abordagem a Lee Strasberg, como ela também ator e diretor do Group Theater, que o rejeitou, - motivo pelo qual Adler declarou que ele "entendeu tudo errado". Strasberg é um dos nomes principais no desenvolvimento do Método do Actors Studio, uma leitura do sistema desenvolvido por Stanislavski.

De 1934, ano em que Adler estudou com ele, até sua morte em 1938, Stanislavski continuou no desenvolvimento de seu sistema, acrescentando novas idéias e reforçando as já desenvolvidas.

Conceitos

Análise Ativa

Segundo Kusnet, a análise ativa é uma maneira dos atores analisarem o material proposto pelo texto dramatúrgico em ação, nos ensaios, ou seja, procurar compreender a obra dramática através da ação praticada ou improvisada pelos intérpretes dos papéis a partir de conhecimentos superficiais da peça, e não na base de grandes estudos cerebrais de entendimento do texto. (Kusnet, 1987, p. 98)

Subtexto
Cquote1.svg A parte mais substancial de um subtexto está nas idéias (…) nele implícitas, e que transmitem a linha de lógica e coerência (da personagem) de forma clara e definida. (…) As palavras são parte (…) da corporificação externa da essência interior de um papel (…). Subtexto é tudo aquilo que o ator estabelece como pensamento (e motivação) do personagem antes, depois e durante as falas do texto. (Stanislavsky, 1997, p. 175 e 176) Cquote2.svg


Cquote1.svg O subtexto é uma espécie de comentário efetuado pela encenação e pelo jogo do ator, dando ao espectador a iluminação necessária à boa recepção do espetáculo (Stanislavsky 1963, 1966) Cquote2.svg

.

Aquilo que não está escrito explicitamente no texto dramático e é colocado a partir do entendimento do texto pelo ator. O subtexto estabelece o estado motivacional da personagem e também uma distância entre o que é dito no texto e o que é mostrado pela cena. podendo inclusive contradizer ou aprofundar aquilo que a personagem está realizando.

Legado e atores

Charlie Chaplin disse, sobre Stanislavsky:

O livro de Stanislavski, "A preparação do ator", pode ajudar todas as pessoas, mesmo longe da arte dramática."

Stanislavski lutou por facilitar o trabalho do ator. Mas, acima de tudo, declarou:

"Crie seu próprio método. Não seja dependente, um escravo. Faça somente algo que você possa construir. Mas observe a tradição da ruptura, eu imploro."

O Actors Studio, em Nova Iorque, é uma das principais escolas que desenvolve uma particular forma de compreender o sistema que se tornou conhecida como Método, com grande ênfase no aspecto psicológico da construção da personagem. Entre muitos atores de cinema que participaram desta escola temos: Jack Nicholson, Marilyn Monroe, James Dean, Marlon Brando, Montgomery Clift, Steve McQueen, Paul Newman, Warren Beatty, Geraldine Page, Dustin Hoffman, Robert De Niro, Al Pacino, Jane Fonda, Benicio Del Toro, Mark Ruffalo, Johnny Depp e Sean Penn.

Obras

português

A Preparação do Ator. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1964.
A Construção da Personagem. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1970
A Criação de um Papel. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1972
Minha Vida na Arte. Tradução de Paulo Bezerra (do original russo). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1989.

russo

Moia Zhizn v Iskusstve (Minha Vida na Arte). 1925.
Rabota Aktera nad Soboj - v tvortsheskom protsesse perezhivanie. Tshast I (O Trabalho do Ator sobre si Mesmo - Parte 1) 1938.
Rabota Aktera nad Soboj - v tvortsheskom protsesse voploshshenija. Tshast II (O Trabalho do Ator sobre si Mesmo - Parte 2) 1948.
Rabota Aktera nad Rolju (O Trabalho do Ator sobre seu Papel). 1957
My Life in Art. Moscou. Foreign Languages Publishing. House, 1963 (publicado na URSS).
Sobranie sotshinenii (Obras Completas) 1951-1964. 8 vols.
Sobranie sotshinenii (Obras Completas) segunda edição 1988-1999. 9 vols.

espanhol

Estas publicações foram feitas diretamente da ed. russa e seu conteúdo difere das traduções ao português.
Há outras traduções ao espanhol que seguem a versão norte-americana de Hapgood.

El Trabajo del Actor Sobre su Papel. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal.1977.
El Trabajo del Actor Sobre Sí Mismo en el Proceso Creador de las Vivencias. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal. 1980
Mi Vida en el Arte. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal 1981
El Trabajo del Actor Sobre Sí Mismo en el Proceso Creador de la Encarnación. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal. 1983
Correspondencia. Tradução de Salomón Merener Buenos Aires: Quetzal.

inglês

Começam a ser publicadas versões completas de acordo com os originais russos.

My Life in Art Tradução Jean Benedetti, Routledge London and New

York 2008.

An Actor's Work. a Student's Diary. Tradução de Jean Benedetti unificando os dois volumes, seguindo o original russo 2009.
An Actor’s Work on a Role. Tradução de Jean Benedetti 2009.

alemão

Franco Ruffini aponta a edição alemã-oriental das obras completas, como outra edição “fiel” aos originais russos no ocidente

Bühne der Wahrheit.

 Livros e teses sobre Stanislavski






ASLAN, Odete. O Ator no Século XX. São Paulo: Perspectiva, 2006.
BONFITTO, Matteo. O Ator Compositor. São Paulo: Perspectiva.
DAGOSTINI, Nair. tese doutorado O método de análise ativa de K. Stanislávski Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP)
GUINSBURG, Jacó. Stanislavski, Meierhold e Cia. São Paulo: Perspectiva.
GUINSBURG, Jacó. Stanislavski e o Teatro de Arte de Moscou. São Paulo: Perspectiva.
RIPELLINO, Angelo Maria. O Truque e a Alma. Tradução de Roberta Barni. São Paulo: Perspectiva.
RIZZO, Eraldo Pera. Ator e Estranhamento: Brecht e Stanislavski, Segundo Kusnet. São Paulo: Senac, 2001.
TAKEDA, Cristiane Layher. O Cotidiano de uma Lenda. São Paulo: Perspectiva.
TAKEDA, Cristiane Layher. Minha vida na arte de Konstantin Stanislavski: os caminhos de uma poética teatral.ECA/USP

Artigos sobre Stanislavski

Costa, Iná Camargo. Stanislavski na Cena Americana Estud. av. vol.16 no.46 São Paulo Sept./Dec. 2002
Mauch, M., Dellari Jr., A., Camargo, R. Tabela Stanislavski Um estudo das traduções de Stanislavski no ocidente. Abril 2010
Camargo, R. Teatro e Fragmentos: Construindo Emoções, Pensamentos e Razoes in Editora UCG, 2008.
Deuselice, J.; Camargo, R. Razão e Emoção, Entendendo a relação ator-personagem. Anais do Conpeex 2008 - UFG.
Mauch, M.; Camargo,R. O Método Stanislavski: A edição de a Construção da Personagem em português e espanhol, um estudo comparativo. Anais do CONPEEX 2008 - UFG
Mauch, M., Fernandes, A., Camargo, R. Um Elo Perdido: Stanislavski, Música e Musicalidade. Teatro, Gesto e Palavras. Anais Semin. Nac. Pesqu. em Música. 2010
Mauch, M. Camargo, R. A “Verdade” de Stanislavski e o ator criador: Elos Perdidos na Tradução ao Português da obra a Construção da Personagem. IV Simpósio Internacional de História: Cultura e Identidades. 2010
Mauch, M., Fernandes, A., Camargo, R. O Rei Stanislavski no tempo da pós-modernidade. Revista Fênix 2010
Teixeira, Ana et Camargo, R. Spolin e Stanislavski: Intersecções no Ensino e na Prática do Teatro Revista Fênix, set/dez 2010.
Fernandes, Adriana. Dalcroze, a Música e o Teatro. Fundamentos para o Ator Compositor. Revista Fênix, set/dez 2010. Dossiê o Tapete Voador... Teorias do Espetáculo e da Recepção.
Mauch, Michel. Stanislavski, Aprender pela Vivência. TCC/UFG. 2010

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Oscarito

Oscarito, pseudônimo de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz (Málaga, 16 de agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1970) foi um ator hispano-brasileiro, considerado um dos mais populares cômicos do Brasil. Ficou famoso pela dupla que fez com Grande Otelo, em comédias dirigidas por Carlos Manga e Watson Macedo.
Nasceu em família circense, vindo para o Brasil com um ano de idade, mas somente naturalizou-se em 1949. Seu pai era alemão e a mãe portuguesa.

Estreou no circo aos cinco anos de idade, ali aprendeu a tocar violino, sendo ainda palhaço, trapezista, acrobata e ator.

Estreou no Teatro de revista em 1932, na peça Calma, Gegê, que satirizava o ditador Getúlio Vargas, de quem tornou-se amigo. No cinema estreou em Noites Cariocas, de 1935, embora tenha figurado num filme anterior, e foi nesta arte que ganhou enorme popularidade no país. Fez parceria com Grande Otelo em diversos filmes de chanchada.

Seu nome, no Brasil, era paralelo para os maiores humoristas do cinema, como Charles Chaplin ou Cantinflas.

Foi casado com Margot Louro, com quem teve dois filhos. Já aposentado, tentou imitar em casa seu pulo característico, tendo o acidente vascular que o matou, a 4 de Junho de 1970.

Trabalhos

1975 - Assim era a Atlântida
1968 - Jovens Para Frente
1967 - A Espiã que Entrou em Fria
1965 - Crônica da Cidade Amada
1962 - Os Apavorados
1962 - Entre Mulheres e Espiões
1960 - Dois Ladrões
1960 - Duas Histórias
1959 - O Cupim
1959 - Pintando o Sete
1959 - O Homem do Sputnik
1958 - Esse Milhão é Meu
1957 - De Vento em Popa
1957 - Treze Cadeiras
1956 - Vamos com Calma
1956 - Colégio de Brotos
1956 - Papai Fanfarrão
1955 - O Golpe
1955 - Guerra ao Samba
1954 - Matar ou Correr
1954 - Nem Sansão nem Dalila
1953 - Dupla do Barulho
1952 - Três Vagabundos
1952 - Carnaval Atlântida
1952 - Barnabé, tu és meu
1951 - Aí Vem o Barão
1950 - Aviso aos Navegantes
1949 - Carnaval no Fogo
1949 - Caçula do Barulho
1948 - É com Este que Eu Vou
1948 - Falta Alguém no Manicômio
1948 - E o Mundo se Diverte
1947 - Asas do Brasil
1947 - Este Mundo é um Pandeiro
1946 - Fantasma por Acaso
1945 - Não Adianta Chorar
1944 - Gente Honesta
1944 - Tristezas não Pagam Dívidas
1941 - O Dia é Nosso
1941 - Vinte e Quatro Horas de Sonho
1940 - Céu Azul
1938 - Banana da Terra
1938 - Bombonzinho
1938 - Está Tudo Aí!
1936 - Alô, Alô Carnaval
1935 - Noites Cariocas
1933 - A Voz do Carnaval

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dercy Gonçalves

Dolores Gonçalves Costa, mais conhecida como Dercy Gonçalves (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1907 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 2008), foi uma atriz, humorista e cantora brasileira, oriunda do teatro de revista[1], notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960. Foi reconhecida pelo Guinness Book como a atriz com maior tempo de carreira na história mundial (86 anos).
Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom humor e emprego constante de palavras de baixo calão, foi uma das maiores expoentes do teatro de improviso no Brasil.
Originária de família muito pobre, nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro em 1905, tendo sido registrada em 1907. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro.
Era filha de um alfaiate, chamado Manuel e de uma lavadeira, chamada Margarida. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy, abandonada pela mãe ainda pequena, foi criada pelo pai alcoólatra. A menina que foi crescendo, teve que aturar o pai bêbado em casa e sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícia
Sofria preconceitos na infância, sendo constantemente chamada de "negrinha", por ser neta de negros.
Para ajudar nas despesas de casa junto com os irmãos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteira de cinema. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as artistas. Seu grande sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade natal.
Aos dezessete anos, destinada a ver seu sonho virar realidade, fugiu de casa para Macaé embaixo do vagão de um trem, arriscando sua própria vida pelo sonho de ser artista. Ela fugiu para Macaé pois queria se juntar à uma trupe de teatro mambembe que lá estava, diversos atores de circo experientes no qual ela poderia trabalhar, a Companhia de Maria Castro.
Após um tempo morando em Macaé e trabalhando no teatro circense, o circo teve que partir para se fixar em outra cidade e fazer apresentações novas. Então, ela foi junto com a Companhia de Circo para Minas Gerais, onde estreou em 1929, em Leopoldina, integrando o elenco da Companhia Maria Castro. Fazendo teatro itinerante, fez dupla com Eugênio Pascoal em 1930, com quem se apresentou por cidades do interior de alguns estados, sob o nome de "Os Pascoalinos"
Dercy se apaixonou por Eugênio Pascoal, que foi seu primeiro namorado, aos 23 anos, no papel, e 25 na vida real. Dercy dissera uma vez em entrevista que, fora enganada por seu primeiro namorado, Pascoal,[8] que a violentou sexualmente. Dercy conta, que, na noite em que perdeu a virgindade, usava uma camisola feita de saco de arroz: "Tinha escrito no peito: Indústria Brasileira de Arroz Agulhinha, arroz de primeira", contou. Anos depois, a atriz disse que, inocente na época, não sabia o que estava acontecendo e não entendeu por que estava sangrando. Ela foi convencida a fazer sexo e não sabia que esse convencimento, mediante ameaça de término do namoro, configura-se como estupro. Após alguns anos junto com ele, por causa de ciúmes violentos do namorado, eles se separaram.
Dercy era uma típica moça do interior, ingênua e alegre, que mesmo fugida de casa e tendo se relacionado com o namorado, ainda brincava de bonecas de pano que tinha desde criança. Isso mostra seu espírito doce e infantil, sua sensibilidade que a possibilitou ser de fato uma artista.
Enquanto excursionava com a trupe pelo interior de Minas Gerais, Dercy contraiu tuberculose, tendo que se afastar de sua maior paixão, o circo. Um exportador de café mineiro chamado Ademar Martins Senra a conheceu quando passava próximo a tenda do circo, e se encantou por ela, apesar de ter ficado com pena da pobre moça doente. De bom coração, pagou todas as contas do sanatório para a internação da atriz, que não tinha dinheiro suficiente para custear o tratamento.
Depois de curada, em 1934, tendo largado o circo, teve um romance com o exportador de café mineiro Ademar Martins, mesmo ele sendo casado. Desse relacionamento de 2 anos, nasceu sua única filha, em
Sua filha, Maria Dercimar Gonçalves Senra[, ainda é viva. O nome Dercimar é uma mistura do apelido de Dolores, Dercy, com o nome do pai dela, Ademar. Ademar descobriu que Dercy engravidou e, mesmo casado, decidiu assumir o filho fora do casamento, e colocou Dercy em uma casa decente para se viver e ficou a ajudando nas despesas. Quando o bebê nasceu, Ademar registrou a criança, e as vezes ia visitar Dercy e a neném, porém não podiam morar juntos pelo fato dele ser casado e o romance deles ser secreto. Um dia, porém, não apareceu mais, o que fez Dercy sofrer muito, além de ter que criar a filha sozinha. Ela, então, voltou a trabalhar em teatro.


Dercy Gonçalves na década de 1940
Especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 1930 e 1940, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943, de autoria de Freire Júnior e Assis Valente, na companhia do empresário Walter Pinto.
Na década de 1960 iniciou sua carreira-solo. Suas apresentações, em diversos teatros brasileiros, conquistavam um público cheio de moralismos. Nesses espetáculos, gradativamente introduziu um monólogo, no qual relatava fatos autobiográficos. Paralelamente a estas apresentações, atuou em diversos filmes do gênero chanchada e comédias nacionais.
Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da TV Excelsior em 1963, onde também conheceu o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Depois passou para a TV Rio e já na TV Globo, convenceu Boni a trabalhar na emissora, junto de Walter Clark. De 1966 a 1969 apresentou na TV Globo um programa de auditório de muito sucesso, Dercy de Verdade (1966-1969), que acabou saindo do ar com a intensificação da censura no país após o AI-5. No final dos anos 1980, quando a censura permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Silvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.
Sua carreira foi pautada no individualismo, tendo sofrido, já idosa, um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso — o que a fez retomar a carreira, já octogenária.
Todas as manhãs, a solidão me deixa deprimida. Moro sozinha, tem três pessoas que se revezam para me acompanhar. Minha filha não mora comigo. Filho não gosta de mãe; é a mãe que gosta do filho. Eles crescem, ganham independência e passam a ter prioridades. Eu me animo no cair da tarde, às 16h mais ou menos. Luto para ter forças para sair. Aí me arrumo, vou pro bingo. Lá, sou muito bem tratada, ganho cartelas e me distraio. À noite, vou a festas, jantares, adoro comer. E volto pra casa, durmo feliz. Assim são meus dias, sem expectativa
Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro.
Em 1991, foi enredo ("Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo") do desfile da Unidos do Viradouro, na primeira apresentação da escola no Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, Dercy causou polêmica ao desfilar, no último carro, com os seios à mostra.
Sua biografia se intitula Dercy de Cabo a Rabo (1994), e foi escrita por Maria Adelaide Amaral.
"Dercy de Verdade" é o título dado a minissérie sobre a vida da atriz, que também foi escrita por Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. A minissérie tem estreia no dia 10 de janeiro de 2012 em 4 capítulos.
Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmara de vereadores desta capital.
"Cem anos"
Dercy em 2007, acompanhada de Sérgio Cabral Filho e Lula
No dia 23 de junho de 2007, Dercy Gonçalves completou cem anos com uma festa na Praça Coronel Braz, no centro do município de Santa Maria Madalena (sua cidade natal) na região serrana do Rio de Janeiro. Na festa, Dercy comeu bolo, levantou as pernas fazendo graça para os fotógrafos, falou palavrão e saudou o povo, que parou para acompanhar a comemoração. Embora oficialmente tenha completado cem anos, Dercy afirmava que seu pai a registrou com dois anos de atraso, logo teria completado 102 anos de idade. Foi este também o mês em que Dercy subiu pela última vez num palco: foi na comédia teatral "Pout-PourRir" (espetáculo criado e dirigido pela dupla Afra Gomes e Leandro Goulart, que reúne os melhores comediantes da atualidade e do passado), onde comemorou "Cem Anos de Humor", com direito à festa, autógrafos de seu DVD biográfico e um teatro hiper-lotado por um público de fãs, celebridades e jornalistas. A noite, inesquecível para quem estava presente, onde Dercy foi entrevistada pelo ator Luís Lobianco (que interpreta no espetáculo uma sátira à Marília Gabriela), ainda deixou para a história duas frases memoráveis. Numa "Marília Tagarela" pergunta à atriz se ela tem medo da morte, e Dercy, sempre de forma irreverente responde: "Não tenho medo da morte, a morte é linda... (ela repensa) ...mas a vida também é muito boa!", e no fim, após cortar o bolo com as próprias mãos e atirar nos atores, diretores e plateia, faz o público emocionar-se ainda mais, dizendo: "Eu vou sentir falta de vocês. Mas vocês também vão sentir a minha".
Eu fiz 94 [anos], mas me digo que estou com 95 para me energizar e chegar lá. Escrevam o que eu digo: eu só vou morrer quando eu quiser! Não programo morte, eu programo vida!
— Ao completar 94 anos
A morte é linda...mas a vida também é muito boa!
— Em cena pela última vez no espetáculo Pout-PourRir
Eu vou sentir falta de vocês. Mas vocês também vão sentir a minha.
— Para uma plateia lotada no espetáculo Pout-PourRir
Morte
Dercy morreu aos 101 anos, às 16h45, do dia 19 de julho de 2008, no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela foi internada na madrugada do sábado, 19 de julho. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma pneumonia comunitária grave, que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória. O estado do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias em memória à atriz. Encontra-se sepultada em sua terra natal em Santa Maria Madalena. Na mesma semana, Afra Gomes e Leandro Goulart e o elenco de Pout-PourRir prestam, em cena, uma última homenagem à Dercy.
Deus é um apelido. Ele pra mim não existe. O que existe é a natureza. Deus é fantasma, mas a natureza é a verdade que nunca podemos contestar a existência.

Filmografia

1943 - Samba em Berlim
1944 - Abacaxi Azul
1944 - Romance Proibido (Dercy)
1946 - Caídos do Céu (Rita Naftalina)
1948 - Folias Cariocas
1956 - Depois Eu Conto
1957 - A Baronesa Transviada (Gonçalina / Baronesa)
1957 - Absolutamente Certo (Bela)
1957 - Feitiço do Amazonas
1958 - Uma certa Lucrécia (Lucrécia)
1958 - A Grande Vedete (Janete)
1959 - Cala a Boca, Etelvina (Etelvina)
1959 - Entrei de Gaiato (Anastácia da Emancipação)
1959 - Minervina Vem Aí (Minervina)
1960 - A Viúva Valentina (Valentina)
1960 - Dona Violante Miranda (Violante Miranda)
1960 - Com Minha Sogra em Paquetá
1960 - Só Naquela Base
1963 - Sonhando com Milhões
1970 - Se Meu Dólar Falasse
1980 - Bububu no Bobobó
1983 - O Menino Arco-Íris
1993 - Oceano Atlantis
2000 - Célia & Rosita (curta-metragem)
2008 - Nossa Vida Não Cabe Num Opala

Televisão

1966: Dercy Espetacular - programa de variedades (Globo)
1968: Dercy de Verdade - programa de variedades (Globo)
1971: Dercy em Famlia - programa de variedades (Record)
1971: Família Trapo - participação como a namorada de Bronco (Record)
1980: Cavalo Amarelo - Dulcinéa (Rede Bandeirantes - Troféu Imprensa de Melhor Atriz, empate com Dina Sfat)
1980: Dulcinéa vai à guerra - Dulcinéa (Rede Bandeirantes)
1984: Humor Livre (Globo)
1989: Que Rei Sou Eu? - Baronesa Eknésia (participação especial) (Globo)
1990: La Mamma - Mamma (Globo)
1992: Deus nos Acuda - Celestina (Globo)
1994: Brasil Especial (Globo)
1996: Caça Talentos - Miss Dayse (Globo)
1996: Sai de Baixo - Leopoldina Mathias (participação especial) (Globo)
2000: Fala Dercy (SBT)
2001: A Praça é Nossa - participações como ela mesma (SBT)
2012: Dercy de Verdade - minissérie que conta a história de sua vida (Globo)

Frases célebres


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Quem me criou foi o tempo, foi o ar. Ninguém me criou. Aprendi como as galinhas, ciscando, o que não me fazia sofrer eu achava bom.
Tudo que passou, acabou. Eu sobrevivi.
O ontem acabou. Não tenho mágoa de nada e nem saudade de nada. Vivo o hoje. Tenho alegria de viver, adoro a vida.
Eu já fui acusada de tudo. Eu era "negrinha" [a avó era negra], menina de rua, mas nada disso me atingiu porque eu não sabia o que era o mundo. Não tinha nem amigos. Passeava na rua e era perseguida com 7, 10 anos, porque o negro é perseguido há séculos.[17]
Não acredito em santo nenhum. Minha religião é a natureza. Deus é um apelido. Ele pra mim não existe. O que existe é a natureza. Deus é fantasma, mas a natureza é a verdade.
Não podia levantar o braço na passarela. Arriei e fui dançando e cantando. Tinha os seios lindos naquela ocasião. Mostrei. Houve gritaria, escândalo, mas por quê? Os seios são a coisa mais linda na mulher.