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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Ode ao outono florido



-No outono /ah/ as flores também podem vadiar/à beça/
Bem ali/ em nossos portões/ soleiras/ e jardins encantadores/

 - não obstante o vento outonal/ chacoalhar-lhes/ abusivamente/
suas pétalas prestes a florirem/ para deleite de noss’alma inebriada -

Como se elas/ as flores/fizessem as pazes com o seu pretérito/recente/
- Até a pouco primaveril/que partira/ por monta da Natureza -
A fim de não atrapalhem o maravilhoso florir/ do seu agora/ outonal...

-No outono também/ todas as noites outonais/
As flores vadiam/ à beça... E como vadiam!
Pois sabedoras que são/ de seu efêmero viver/
Elas/ ah/ não guardam nunca seus lingeries chiques/
- A espera de um momento outonal/ especial /para florirem -
Mas sempre os usam/ sem avareza/ na orgia do agora//
Que se lhes oferece /o dissimulado outono / ventador/
E pouco interessa-lhes o que pensarão/ delas/ jamais/
Apenas florescem lindamente/quer/ ao alvorecer /
Ou à luz do luar...pouco lhes importa/ se é primavera/ ou não//
E pronto!

-No outono ainda/ as flores sempre se derramam/ aos montes/
Sobretudo / pelas ruas/ tapeteando-lhes de pétalas/ multicoloridas/;
Numa verdadeira orgia/ de generosidade /gratuita/
Para nós alertar/ quiçá/ o quão bom seria preservarmos
A mãe natureza que...embora tão aviltada /por nós humanos/,
Ainda insiste e persiste /em nos presentear..sobremaneira/,
- No dia a dia outonal -
Com sua inenarrável beleza... Desnuda!!

RELMendes 21/03/2017


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