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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Um punhado de ausências espanta-nos aos montes


-A envelhecença é / sobretudo/sem nenhuma dúvida/sequer/
Um farto amontoado /de partidas/sem retorno/
Nas quais/de repente/ a gente/idoso/reflexivo/
Se dá conta/ abismado/ de que partir faz parte
Do  cataventar / irrequieto/ da buliçosa Vida/
Vida / sempre em chegada /ah/ seja bem-vinda!
Ou em constante saída/ então/até breve!
Pois basta nos perguntarmos/ a nós mesmos/
Ou a quem quer que seja:
- Gente/ cadê fulano/ beltrano / sicrano?

-Aí a gente/ boquiaberto/ se deparará/ de imediato/
 Com respostas e questionamentos contundentes:
- Ah/ você não sabia não?
- Não sabia o quê/ criatura?
- Ora! Que todos eles já se foram
Lá pras bandas do céu/
- Como diria Manoel de Barros -
Ou então/ de há tempos/ estão todos/eles/
 Dormindo/ dormindo/ profundamente!
- No dizer de Manoel Bandeira... Claro! -
Não obstante/ não nos esqueçamos/ jamais/
Que se está vivo / aqui e agora/neste exato momento/
É / verdadeiramente/sem sombras de dúvida/alguma/
Puro encantamento a florir/ despudoradamente!

-Então/ aí boquiabertos/ de espantos/mil/
A gente se apercebe da ligeireza  da Vida/
E do quão grande é o risco /na envelhecença/
De ainda se está por aqui /perambulando/ em saudades/
A troco de quase coisa alguma...  Ou nada /mesmo/ Ora!
Não obstante/ não nos esqueçamos/ jamais/
Que se está vivo / aqui e agora/neste exato momento/
É / verdadeiramente/sem sombras de dúvida/
Puro encantamento a florir/ despudoradamente!

RELMendes 21/10/2017

 


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