Total de visualizações de página

domingo, 14 de maio de 2017

Desaprisionar-se dos ódios, é caminhar no Amor


-Ah o ódio é uma armadilha que nos prende ao odiado!
Não permitamos, portanto, que a chibata do ódio
que vez por outra nos açoita, também nos aprisione,
por tempo indeterminado, àquilo ou a quem odiamos.
Pois aquilo ou quem é odiado, no mais das vezes,
nem sabe, na verdade, que é abominado...e, portanto, 
 não está nem aí para o que o odiador sente ou não, enfim.
Então não nos tornemos totalmente encarcerados, a outrem,
só por conta de nossos próprios caprichos, descabidos, 
de odiar por odiar tolamente... Ora!

-Mas ao contrario apressemo-nos em utilizar a arte do perdoar 
que é uma maxi-sonata divina que tem o poder de nos libertar 
ligeirinho ligeirInho dessa desconfortável armadilha do ódio
que, quando nela aprisionados, nos atormenta, no o dia a dia, 
a todo momento...sem parar um só instante sequer!

-Impedindo-nos, destarte, de se degustar a delícia dos sonhos 
a serem sonhados sob os ares da liberdade interior
que só sopram ao saber-nos em paz conosco mesmos
e com tudo aquilo que se bole, se mexe, se remexe, respira e, 
vez por outra, nos aporrinha, nos incomoda, nos inferniza 
tira-nos do sério e enche-nos o saco, também, enfim!

-Portanto, nunca consintamos, jamais, que o sol se ponha 
antes de estarmos de bem conosco mesmos, 
e com tudo aquilo que, no mundo, há: - de aborrecido e repugnante! 
E desaprisionados dos ódios... Enfim!
Sintamos que não há preço, no mundo, que pague a felicidade 
de se poder usufruir da liberdade de se ser dono de si mesmo
pra que se possa prosseguir o caminho, passo a passo, 
cheios de Amor pra dar e capazes de Amar profundamente,
como só um poeta sonhador é capaz de Amar, enfim!
-E viva o bálsamo do Perdão Libertador
que nos devolve generosamente, a Paz Interior... Ora!

RELMendes 04/05/2017

sábado, 13 de maio de 2017

Surpresas ninguém as exprime. Vive-se-as, apenas!


Só uma coisa me fascina totalmente
Caminhar pelas mesmas ruas... Sim!
De preferência sozinho sozinho
Pra não desatentar-me... Jamais!
Nem um pouquinho sequer
De tudo que possa encontrar
Ao longo do caminho...

Caminhar pelas mesmas ruas... Sim!
Sem medo algum de deparar-me... Jamais!
Nas entrelinhas das certezas ou incertezas
Com o entedioso mais do mesmo... Sempre!
Mais do mesmo entedioso  que não se compraz... Nunca!
Com o imensurável desejo de quem anela o novo.,, O porvir!

Caminhar pelas mesmas ruas... Sim!
Pois quem sabe se de repente quiçá
Não possa eu por descuido defrontar-me
Com uma rosa solitária em seu jardim
A beijar-me de lá os olhos extasiados
E a espantar-me a alma inebriada
Bem no finalzinho do meu passeio
Matinal ou vespertino e até noturno
Independente de meus discutíveis sim’s
E não menos ainda de meus tantos
Deploráveis nãos, hein?!

RELMendes 12/05/2017


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Parabéns, Mãe! Que não haja ausências em sua vida!


-Óh filhos e filhas amados da Mãe amada
Reparem bem no que lhes direi agora mesmo
Não se esqueçam de sua Mãe... Jamais!
Nem hoje... Nem amanhã... Nem nunca!
Quer seja, ou fora ela, uma santa ou meretriz dissimulada
Então, nem tampouco, por conta disto ou daquilo,
Venham-me com descabidas desculpas...esfarrapadas,
Para justificar os porquês injustificáveis de suas ausências
Junto a ela,viu?!
Pois foi ela, a minha, a tua, a nossa Mãe, enfim
Quem generosamente nos concedeu:
- A “vida”...que,nesse agora, vivemos intensamente!
- O “primeiro acalanto” que recebemos, ah foi no seu útero
Aconchegante!
- O “primeiro alimento”, ah sugamo-lo, famintos,
De suas benditas tetas a esguichá-lo por amor
Abundantemente!
E um tantão de outras proezas maternas
De uma ternura verdadeiramente tão simples
Que, nesse agora, eu não as pretendo elencar
Pois não estou afim de que alguém desfaleça
De encantamentos... Ora!

-Porquanto essas tantas proezas deliciosas
E muitas outras mais ainda, também inesquecíveis,
Reparem bem no que lhes direi agora mesmo
Óh filhos e filhas amados da Mãe amada
Não há como esquecê-la nem bem devagarinho sequer!
Tenhamos então, nossa Mãe amada, sempre conosco
Bem cá dentro de nossos corações e, sobretudo,
Bem pertinho de nós... Sem omissão alguma, hein?!
Pois se ter a dádiva de conviver com ela , cotidianamente,
Será, deveras, para todos nós...  Sem exceção de ninguém!
Uma imensurável bênção celestial, enfim!

-Portanto, oh filhos e filhas amados da Mãe amada,
 Reparem bem no que lhes direi agora mesmo
Apressemo-nos, apressemo-nos, enquanto ela, nossa Mãe ,
Ainda está cá entre nós, sabe-se lá por quanto tempo, para:
- Debruçarmo-nos, a miúde, em seu colo macio
- Confortá-la com incontáveis afagos inenarráveis
- Balbuciar-lhe ao pé do seu cangote doces palavras de amor
- Beijá-la no rosto e nas suas mãos calejadas ou bem cuidadas
- Sentir o seu cheiro cheiroso de mãe da gente, fragrância única
- Tomar-lhe a bendita bênção, sim, ao chegar e ao sair,também,
- Admirar seu lindo vestido de chita em flores mimosas estampado
- Convidá-la para passear, pois será melhor que lhe dar panelas
- Ouvir atentos e curiosos a seus causos e suas lamúrias infindas
E uma infinidade de outras generosas atitudes que demonstrem
A nossa eterna gratidão e nosso imenso amor por ela tão amada
Para não nos amargurarmos, após sua partida lá pras bandas do céu,
Com os tantos dissabores de uma imensa saudade sem fim, Falou?!

RELMendes   08/05/2017

terça-feira, 2 de maio de 2017

Ah, essas “Flores de maio”, esperançam-me!


-Esses meus versos singelos em flores
Fluiram do amanhecer desse maio em chegada
Lampejante de afetos, transbordante de amores
E de olhos bem arregalados esbugalhados
Sempre dispostos a amar o que achar
Pela frente em frente e na frente
Sobretudo a ti e a mim que muito plangemos
Vez que por quase tudo desesperançamo-nos,
Tolamente... É que esse maio veio, Enfim!

-Ah esse maio em chegada, por decerto,
Trará consigo, também, buquês de lírios alvos
Para ofertá-los a ti a mim e a todos os demais
Que às vezes como nós não se permitem... Jamais
Estar sempre contentes e alegres a todo o momento
Ainda que a Vida se lhes escorra...plenamente,a olhos nus,
Como o inexplicável desabrochar das belas “Flores de Maio”
Em chegada... 

-Esses meus versos singelos em flores
Fluiram do amanhecer desse maio em chegada
Que a pés em chão andando ligeiro
Correndo, mesmo, por estradas dúbias
De corações...aves perdidas de ligeirezas,
Tenta, de toda maneira, sobretudo com Flores 
Acalentá-los em suas plangências entediantes
Que os impedem de se deliciarem, em êxtase,
Com o belíssimo desabrochar das lindas “Flores  de  Maio”
Em chegada...

-Ah esse maio em chegada, por decerto,
Trará consigo, também, buquês de lírios alvos
Para ofertá-los a ti a mim e a todos os demais
Que às vezes como nós não se permitem... Jamais
 Estar sempre contentes e alegres a todo o momento
Ainda que a Vida se lhes escorra plenamente, a olhos nus,
Como o inexplicável desabrochar das belas “Flores de Maio”
Em chegada...

RELMendes 01/05/2017  


segunda-feira, 1 de maio de 2017

EM 1958, O SOPRO DA VIDA QUE IMPUSIONAVA MINHAS ANDANÇAS DESPEJOU-ME, LITERALMENTE, NA RICA UBERABA (MG) DE TANTOS EVENTOS SOCIAIS, ECONOMICOS E CULTURAIS.



Mas, despejou-me, logo em Uberaba, a troco de quê?

Ah! Porque a exuberante cidade de Uberaba era muito famosa, quer ao seu entorno, quer, quiçá, no mundo inteiro. Por de todos serem muito conhecidas, suas tão decantadas primícias: - a pujança de sua pecuária de corte e reprodução; - a beleza de suas meninas de pernas grossas, de tanto caminharem por ladeiras íngremes acima; - a efervescência pujante de sua vida cultural: - escolas de todos os tipos e pra todos os gostos, e o desabrochar definitivo dos cursos superiores de filosofia, odontologia e medicina etc etc; - a boniteza  de suas solidas construções, quer conventuais, quer residenciais e outras; - a conhecida rivalidade acirrada, ora velada, ora explicita, entre o Bispo, Dom. Alexandre do Amaral, intelectual de primeira linha, e os intelectuais espíritas, tão cultos e sábios quanto ele, e generosíssimos de quebra; e, ah, por tantas outras coisas mais etc etc

Portanto, por esses e por tantos outros porquês, é que, naquele meu agora, ali estava eu em Berabão (junção de Uberaba com êta, trem bão) sem lenço nem documento, sem um centavo nos bolsos e, aparentemente sozinho, a questionar-me mais uma vez: - E agora, Romildão?!
Respondia-me então a mim mesmo: - Vamos pagar pra ver!

No que tange a hospedagem, logo que cheguei, eu me aboletei em uma pensãozinha qualquer, acostumada a acolher estudantes forasteiros. Bem pertinho da praça da catedral. Quanto à matricula, eu já a fizera antecipadamente, no colégio do celebre, Mario Palmerio, para o período noturno. E durante três longos anos de minha vida, eu fui aprendendo a conhecer Uberaba e a permitir que ela me acolhesse. Mas, logo de inicio, eu pensara ter feito uma péssima escolha de horário pra estudar. Porque me deitava a altas horas, e levantava-me quase na hora do almoço. À tarde, ou voltava a dormir, ou ia bater pernas pelos quatro cantos da cidade. Contudo, eu estava totalmente enganado! Graças a Deus, não tive o discernimento suficiente para pedir transferência para o turno matutino. O que teria sido mais coerente para quem pretendia ser o que somente eu e Deus sabíamos o que era.

Todavia, enfim, Deus tinha outros planos para mim. Tanto é que, em compensação, por estudar à noite, tive a imensa felicidade de conviver com colegas e colegas que trabalhavam, desde a mais tenra idade, sem problema algum. No caso, o meu bom amigo Paulo, uma pessoa de coração lindo. Todos os sábados e domingos, eu e Paulo íamos à casa de sua namorada para estudarmos para alguma prova que aconteceria na segunda feira vindoura. Eles riam muito de mim, que me perdia em imitar todos os professores com grande maestria.

Bem como, também, estudar à noite, proporcionou-me inesquecíveis oportunidades preciosas, tais como: - fazer o “Tiro de Guerra”, sem perder o ano escolar; - visitar amigos à tarde, dentre os quais, a maioria era de espíritas generosíssimos, como  Da Celina, a Cléo, minha doce mestrinha de latim, a primeira deficiente visual a se formar em letras no Brasil.

Ainda neste contexto das minhas amizades espíritas, acredite se quiser, eu aludo aqui, também, o suavissímo, Chico Xavier, a quem,  não só por uma vez eu visitara, mas, visitara até com certa frequência, para trocarmos ideias sobre a vida espiritual, tão importante para nós dois; - ainda, também, por inúmeras vezes à tarde, eu peregrinava por conventos e mosteiros, onde amizades, fi-las, abundantemente: - ir João OP, frei Boaventura OP, frei Chambert OP, Dom Sebastião OSB, o monge dentista, a doce Madre  Superiora das Concepicionistas, minha querida amiga Madre Coleta, e tantas outras e outros enfim.
Em Uberaba, conclui a duras penas e muito esforço o curso cientifico em 1960.

Porquanto tudo isto, e um punhado generoso de tantas outras coisas, eu penso que fora uma boa ter estudado à noite.
Dessa querida Uberaba, que para mim transpirava espiritualidade, eu partira, no final de 1960, rumo à Belo Horizonte.



RELMendes 01//05/2017 

Viver é dom e sabedoria



-Todos nós temos o nosso limite... Ora!
Portanto faz-se necessário conhecê-lo
Para não ultrapassarmos suas delimitações
E virmos a sucumbir nos escombros
Dos nossos próprios vazios existenciais...

-Ninguém é feliz o tempo todo
Como também ninguém pode estar
Alegre constantemente como se fora
Uma caixinha de música a tocar sem parar

-Pois a Vida , na verdade, é uma colcha de retalhos
Ora coloridos como os deslumbrantes e lindos
Fragmentos que bricam de formar desenhos
Geométricos animados quase encantados
No fundo de um caleidoscópio em movimentos,
Ora rotos desbotados totalmente sem viço
Ou lampejos de uma esperança ao fim do tunel
Que nos entediam sobremaneira o cotidiano
Aparentemente destituido de qualquer sentido
Ou de porquês que justifiquem o viver...

-Mas no detrás desse conturbado movimento
Do dia a dia da vida, todos nós...corajosamente,
Vamos tecendo caminhos que nos conduzam
Rumo aos porquês da alegria de viver
Que nada mais são que coisinhas a toa
Apesar de todos os percalços da caminhada...

RELMendes 10/04/2017


As coisas simples da Vida sempre nos felicitam



Sim... Sim, nas coisinhas mais simples da Vida
Escondem-se os mais preciosos Tesouros da Felicidade:
- Um amanhecer-se de alvoreceres
- Um cuidar carinhosamente da Terra,
   essa nossa linda casa comum
- Um carrinho de mão pra se empurrar
- Um abraço acolhedor pra se abraçar
- Um sorriso gratuito de Pai pra se sentir seguro
- Um cheirinho gostoso de Vó pra se aninhar
- Um afago de Mãe amorosa pra se sentir amado
- Um cafuné do Amor da gente pra se repousar
- Uma visita amiga aconchegante que nos queira bem
- Um escutar sem dizer nada pra nos consolar
- Um ser ouvido atentamente pra nos valorizar
- Uma passeinho inesperado pra gente se regalar
- Uma gargalhada gostosa pra desopilar o fígado
- Um cheirinho de comida na panela
- Um presentinho de aniversário surpreendente
- Uma gostosa reunião de amigos pra se matar a saudade              
- Um telefonema inesperado cheio de boas notícias
- Um bom dia de vizinhos achegados ou não
- Um papo furado numa pracinha qualquer etc & tal

Enfim, até ficar um pouquinho só, consigo mesmo,
Pra se desfrutar a deliciosa oportunidade de poder
Não fazer nada de nadica...
Também é muito bão dimais... Ara!


RELMendes 21/04/2017