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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Constantin Stanislavski

Constantin Siergueieivitch Alexeiev, em russo Константин Сергеевич Станиславский, (Moscou, 5 de Janeiro de 1863 — Moscou, 7 de Agosto de 1938), mais conhecido por Constantin Stanislavski, foi um ator, diretor, pedagogo e escritor russo de grande destaque entre os séculos XIX e XX.
Desde pequeno Stanislavski teve contato com todos os tipos de artes, filho de um fabricante de tecidos, adotou o nome artístico de origem polonesa para não comprometer sua família (Senelick, pg.5). Sua primeira apresentação amadora ocorreu quando ainda tinha sete anos em um teatro que seu pai mandara construir em sua casa. Neste local, também conhecido como Círculo Alexeiev, aconteciam vários encontros com atores, diretores, músicos, artistas plásticos conhecidos. Após os casamentos na família, esses encontros começaram a ficar mais raros.

Em 1885 Stanislavski torna-se um dos cinco diretores da Sociedade Musica Russa, e, em 1888 ele funda a Sociedade Literária de Moscou, um grupo amador no qual passa a estudar a arte teatral com grandes personalidades da época, como o diretor Fiédotov. Este empreendimento não teve muito sucesso econômico, o que levou Stanislavski a arcar sozinho com todas as despesas, entretanto gradualmente ele se torna conhecido como um dos grandes atores russos (Senelick, pg.5).

Após trocar correspondências com Vladímir Ivânovitch Niemiróvitch-Dântchenco (1858 – 1943), popular escritor e professor de arte dramática do Conservatório de Moscou; inicia, no dia 22 de junho de 1897, às 14h; no Slaviánski Bazar (Mercado Eslavo, nome de um restaurante), não só um conversa histórica, mas um diálogo, sobre um empreendimento, que marcaria o teatro no século XX: a fundação do Teatro de Arte (ou Artístico) de Moscou Acessível a Todos, que depois passaria a ser conhecido como o Teatro de Arte de Moscou (TAM) (Senelick pgs. 5-6).

Foi neste local que Stanislavski, durante anos, teve a oportunidade de testar métodos e técnicas no trabalho de preparação do ator. Muito destes foram deixados de lado e outros aprofundados. Estes seus estudos geraram o conhecido "sistema" Stanislavski (como ele mesmo o chamava), com suas várias facetas .

Laurence Senelick descreve que o primeiro grande sucesso do TAM foi a sua estréia com a peça Czar Fyodor Ioannovich de Lev Nikoláievich Tolstói (14 de Outubro de 1898) desenvolvida a partir de um arqueológico detalhamento naturalista em cena, uma inovação na cena contemporânea (pg.6). Entretanto o resto da temporada não teve tal sucesso, justamente pelo estilo naturalista que não serviu tão bem às outras peças. O que teria salvo o repertório foi a encenação da peça de Anton Tchekhov A Gaivota, sugerida por Danchenko que se tornaria um dos principais dramaturgos da companhia. As peças de Tchecov se tornaram um novo estilo nas encenações do TAM com seus longos silêncios, modulações sutís, todas submetidas ao extremo detalhamento naturalista (Senelick, pg.6).
Em 1902 Danchenko apontava as encenações de A Gaivota e O Inimigo do Povo de Ibsen como textos que ele havia sugerido, assim como Checov. Stanislavski, por outro lado, também gostava de peças fantásticas (fantasy plays) e de questões relativas a encenação, a técnicas de atuação. Em 1905, impressionado com experimentos de improvisação realizados por um dos atores Meierhold, convida-o a desenvolver seus trabalhos em busca de novas formas de interpretação para encenar Maeterlinck. Em 1907 as relações entre Danchenko e Stanislavski quase levam a ruptura do empreendimento.
Em 1908 Stanislavski vende sua parte das ações, e se limita a dirigir duas peças por temporada, com uma peça experimental que poderia ser vetada por Danchenko, que se tornara o diretor da companhia. A produção da experimental fantasia O Pássaro Azul por Stanislavski (1908 foi um sucesso tão grande que o leva a pensar num empreendimento semelhante para o próximo ano, daí surge o interesse de chamar o diretor inglês Edward Gordon Craig para encenar uma tragédia de William Shakespeare. Craig era um conhecido crítico do naturalismo
Um "sistema" para a interpretação do ator

(ver Sistema Stanislavski)
Cquote1.svg 'O que realmente significa, escrever sobre o que é passado e já foi feito? O sistema vive em mim mas não tem contorno ou forma. O sistema é criado no ato de escrevê-lo. Esta é a causa de porque eu tenho que ficar trocando o que eu tinha antes escrito. (Benedetti, J. Stanislavski and the Actor: The Method of Physical Action, p.22)' Cquote2.svg

Jean Benedetti descreve que as primeiras anotações sobre o sistema foram feitas por Stanislavski ainda em 1906 e que sua primeira parte estava pronta já em 1920 (Benedetti, Stanislavski an Introduction, Kindle Ed.). Jaco Guinsburg descreve as inquietações de Stanislavski na busca de um forma teatral apurada:
Cquote1.svg 'Nós estávamos protestando contra a forma de se atuar no palco, contra a teatrada e o pathos afetado, a declamação e a representação exageradas, contra o sistema de estrelato que arruinava o ensemble, contra o modo como as peças eram escritas, contra a insignificância dos repertórios. A fim de rejuvenescer a arte, declaramos guerra contra todos os convencionalismos do teatro: no desempenho, direção, cenários, trajes, entendimento das peças etc.' Cquote2.svg

Impulsionado por renovações cênicas, compromissos e por experiências ao longo de sua vida, Stanislavski criou, desenvolveu, sistematizou e aprimorou o que chamou de “sistema”. Este se embasava nas ações físicas, as quais [...], por sua vez, transmitem o espírito interior do papel que estamos interpretando [...], sendo elas abastecidas pela vida e pela imaginação que o ator empresta à personagem. Assim sendo, a partir de Stanislavski, ações físicas, espírito interior, imaginação, são palavras chaves e integradas em todos os métodos de interpretação para o ator desde então. Stanislavski afirma, sobre seu sistema:
Cquote1.svg 'O sistema é um guia. Abra-o e leia-o. O sistema é um livro de referência, não uma filososfia. Quando a filosofia começa o sistema termina. Você não pode atuar no sistema: você pode trabalhar com ele em casa, mas, estando no palco, você deve colocá-lo de lado.(...)'

Não há sistema. Existe apenas a Natureza. O objetivo da minha vida tem sido chegar tão perto quanto possa ao assim chamado sistema, isto é da natureza da criação.

As leis da arte são as leis da Natureza. O nascimento de uma criança, o crescimento de uma árvore, a criação de uma personagem são elementos de uma mesma ordem. O estabelecimento de um sistema, isto é, as leis do processo criativo, é essencial porque no palco, pelo fato de ser público o trabalho da natureza é violado e suas leis são infringidas, o sistema re-estabelece estas leis, recoloca a natureza humana como a norma (...)

O primeiro aspecto do sistema é colocar o inconsciente para trabalhar. O segundo, assim que se inicia, é deixe-o de lado (leave it alone). (Benedetti, Stanislavski an Introduction, Kindle Ed.)
Cquote2.svg

Ao todo, sobre o “sistema”, Stanislavski tem publicado em português um total de quatro obras: Minha Vida na Arte, A preparação do Ator, A Construção da Personagem e A Criação de um Papel; os três últimos livros, em nossa língua, foram traduzidos por Pontes de Paula Lima, da versão feita pela norte-americana Hapgood. Esta traduziu e editou apenas uma seleção dos escritos originais russos. Estas versões possuem omissões de palavras, frases, idéias e capítulos inteiros, que se originam de decisões de cortes da edição da tradutora norte-americana (Mauch e Camargo, 2010). Novas traduções tem sido realizadas em outras línguas, procurando-se traduzir a obra completa sem cortes, destaque-se Benedetti - inglês e Salomón Merener, ed. Quetzal - espanhol, esgotada (Mauch, Dellari e Camargo, 2010)
[editar] Influência e desenvolvimento do "sistema"

Stanislavski também influiu na ópera moderna, e impulsionou os trabalhos de escritores como Máximo Gorki e Anton Tchecov. Em 1905 funda o primeiro Teatro Estúdio (Moscou), um local para experimentações que será dirigido por Meyerhold (Meyerhold, Alberto Editor, pg 119).

Seu sistema, também chamado de Método das Ações Físicas, teve diversos seguidores, nas várias fases em que foi desenvolvido. Um de seus alunos (Richard Boleslavski), fundou em 1925 o "Laboratório de Teatro", nos Estados Unidos. Esta iniciativa, baseada apenas na chamada "memória emotiva", causou grande impacto no teatro americano, mas a técnica de Stanislavski tem ainda outros aspectos.

Stella Adler foi a única norte-americana que estudou com Stanislavsky, em Paris, durante 5 semanas no ano de 1934, seguindo assim o Método de Ações Físicas. Adler apresentou o esta abordagem a Lee Strasberg, como ela também ator e diretor do Group Theater, que o rejeitou, - motivo pelo qual Adler declarou que ele "entendeu tudo errado". Strasberg é um dos nomes principais no desenvolvimento do Método do Actors Studio, uma leitura do sistema desenvolvido por Stanislavski.

De 1934, ano em que Adler estudou com ele, até sua morte em 1938, Stanislavski continuou no desenvolvimento de seu sistema, acrescentando novas idéias e reforçando as já desenvolvidas.

Conceitos

Análise Ativa

Segundo Kusnet, a análise ativa é uma maneira dos atores analisarem o material proposto pelo texto dramatúrgico em ação, nos ensaios, ou seja, procurar compreender a obra dramática através da ação praticada ou improvisada pelos intérpretes dos papéis a partir de conhecimentos superficiais da peça, e não na base de grandes estudos cerebrais de entendimento do texto. (Kusnet, 1987, p. 98)

Subtexto
Cquote1.svg A parte mais substancial de um subtexto está nas idéias (…) nele implícitas, e que transmitem a linha de lógica e coerência (da personagem) de forma clara e definida. (…) As palavras são parte (…) da corporificação externa da essência interior de um papel (…). Subtexto é tudo aquilo que o ator estabelece como pensamento (e motivação) do personagem antes, depois e durante as falas do texto. (Stanislavsky, 1997, p. 175 e 176) Cquote2.svg


Cquote1.svg O subtexto é uma espécie de comentário efetuado pela encenação e pelo jogo do ator, dando ao espectador a iluminação necessária à boa recepção do espetáculo (Stanislavsky 1963, 1966) Cquote2.svg

.

Aquilo que não está escrito explicitamente no texto dramático e é colocado a partir do entendimento do texto pelo ator. O subtexto estabelece o estado motivacional da personagem e também uma distância entre o que é dito no texto e o que é mostrado pela cena. podendo inclusive contradizer ou aprofundar aquilo que a personagem está realizando.

Legado e atores

Charlie Chaplin disse, sobre Stanislavsky:

O livro de Stanislavski, "A preparação do ator", pode ajudar todas as pessoas, mesmo longe da arte dramática."

Stanislavski lutou por facilitar o trabalho do ator. Mas, acima de tudo, declarou:

"Crie seu próprio método. Não seja dependente, um escravo. Faça somente algo que você possa construir. Mas observe a tradição da ruptura, eu imploro."

O Actors Studio, em Nova Iorque, é uma das principais escolas que desenvolve uma particular forma de compreender o sistema que se tornou conhecida como Método, com grande ênfase no aspecto psicológico da construção da personagem. Entre muitos atores de cinema que participaram desta escola temos: Jack Nicholson, Marilyn Monroe, James Dean, Marlon Brando, Montgomery Clift, Steve McQueen, Paul Newman, Warren Beatty, Geraldine Page, Dustin Hoffman, Robert De Niro, Al Pacino, Jane Fonda, Benicio Del Toro, Mark Ruffalo, Johnny Depp e Sean Penn.

Obras

português

A Preparação do Ator. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1964.
A Construção da Personagem. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1970
A Criação de um Papel. Tradução: Pontes de Paula Lima (da tradução norte-americana). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1972
Minha Vida na Arte. Tradução de Paulo Bezerra (do original russo). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1989.

russo

Moia Zhizn v Iskusstve (Minha Vida na Arte). 1925.
Rabota Aktera nad Soboj - v tvortsheskom protsesse perezhivanie. Tshast I (O Trabalho do Ator sobre si Mesmo - Parte 1) 1938.
Rabota Aktera nad Soboj - v tvortsheskom protsesse voploshshenija. Tshast II (O Trabalho do Ator sobre si Mesmo - Parte 2) 1948.
Rabota Aktera nad Rolju (O Trabalho do Ator sobre seu Papel). 1957
My Life in Art. Moscou. Foreign Languages Publishing. House, 1963 (publicado na URSS).
Sobranie sotshinenii (Obras Completas) 1951-1964. 8 vols.
Sobranie sotshinenii (Obras Completas) segunda edição 1988-1999. 9 vols.

espanhol

Estas publicações foram feitas diretamente da ed. russa e seu conteúdo difere das traduções ao português.
Há outras traduções ao espanhol que seguem a versão norte-americana de Hapgood.

El Trabajo del Actor Sobre su Papel. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal.1977.
El Trabajo del Actor Sobre Sí Mismo en el Proceso Creador de las Vivencias. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal. 1980
Mi Vida en el Arte. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal 1981
El Trabajo del Actor Sobre Sí Mismo en el Proceso Creador de la Encarnación. Tradução de Salomón Merener. Buenos Aires: Quetzal. 1983
Correspondencia. Tradução de Salomón Merener Buenos Aires: Quetzal.

inglês

Começam a ser publicadas versões completas de acordo com os originais russos.

My Life in Art Tradução Jean Benedetti, Routledge London and New

York 2008.

An Actor's Work. a Student's Diary. Tradução de Jean Benedetti unificando os dois volumes, seguindo o original russo 2009.
An Actor’s Work on a Role. Tradução de Jean Benedetti 2009.

alemão

Franco Ruffini aponta a edição alemã-oriental das obras completas, como outra edição “fiel” aos originais russos no ocidente

Bühne der Wahrheit.

 Livros e teses sobre Stanislavski






ASLAN, Odete. O Ator no Século XX. São Paulo: Perspectiva, 2006.
BONFITTO, Matteo. O Ator Compositor. São Paulo: Perspectiva.
DAGOSTINI, Nair. tese doutorado O método de análise ativa de K. Stanislávski Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP)
GUINSBURG, Jacó. Stanislavski, Meierhold e Cia. São Paulo: Perspectiva.
GUINSBURG, Jacó. Stanislavski e o Teatro de Arte de Moscou. São Paulo: Perspectiva.
RIPELLINO, Angelo Maria. O Truque e a Alma. Tradução de Roberta Barni. São Paulo: Perspectiva.
RIZZO, Eraldo Pera. Ator e Estranhamento: Brecht e Stanislavski, Segundo Kusnet. São Paulo: Senac, 2001.
TAKEDA, Cristiane Layher. O Cotidiano de uma Lenda. São Paulo: Perspectiva.
TAKEDA, Cristiane Layher. Minha vida na arte de Konstantin Stanislavski: os caminhos de uma poética teatral.ECA/USP

Artigos sobre Stanislavski

Costa, Iná Camargo. Stanislavski na Cena Americana Estud. av. vol.16 no.46 São Paulo Sept./Dec. 2002
Mauch, M., Dellari Jr., A., Camargo, R. Tabela Stanislavski Um estudo das traduções de Stanislavski no ocidente. Abril 2010
Camargo, R. Teatro e Fragmentos: Construindo Emoções, Pensamentos e Razoes in Editora UCG, 2008.
Deuselice, J.; Camargo, R. Razão e Emoção, Entendendo a relação ator-personagem. Anais do Conpeex 2008 - UFG.
Mauch, M.; Camargo,R. O Método Stanislavski: A edição de a Construção da Personagem em português e espanhol, um estudo comparativo. Anais do CONPEEX 2008 - UFG
Mauch, M., Fernandes, A., Camargo, R. Um Elo Perdido: Stanislavski, Música e Musicalidade. Teatro, Gesto e Palavras. Anais Semin. Nac. Pesqu. em Música. 2010
Mauch, M. Camargo, R. A “Verdade” de Stanislavski e o ator criador: Elos Perdidos na Tradução ao Português da obra a Construção da Personagem. IV Simpósio Internacional de História: Cultura e Identidades. 2010
Mauch, M., Fernandes, A., Camargo, R. O Rei Stanislavski no tempo da pós-modernidade. Revista Fênix 2010
Teixeira, Ana et Camargo, R. Spolin e Stanislavski: Intersecções no Ensino e na Prática do Teatro Revista Fênix, set/dez 2010.
Fernandes, Adriana. Dalcroze, a Música e o Teatro. Fundamentos para o Ator Compositor. Revista Fênix, set/dez 2010. Dossiê o Tapete Voador... Teorias do Espetáculo e da Recepção.
Mauch, Michel. Stanislavski, Aprender pela Vivência. TCC/UFG. 2010

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Oscarito

Oscarito, pseudônimo de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz (Málaga, 16 de agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1970) foi um ator hispano-brasileiro, considerado um dos mais populares cômicos do Brasil. Ficou famoso pela dupla que fez com Grande Otelo, em comédias dirigidas por Carlos Manga e Watson Macedo.
Nasceu em família circense, vindo para o Brasil com um ano de idade, mas somente naturalizou-se em 1949. Seu pai era alemão e a mãe portuguesa.

Estreou no circo aos cinco anos de idade, ali aprendeu a tocar violino, sendo ainda palhaço, trapezista, acrobata e ator.

Estreou no Teatro de revista em 1932, na peça Calma, Gegê, que satirizava o ditador Getúlio Vargas, de quem tornou-se amigo. No cinema estreou em Noites Cariocas, de 1935, embora tenha figurado num filme anterior, e foi nesta arte que ganhou enorme popularidade no país. Fez parceria com Grande Otelo em diversos filmes de chanchada.

Seu nome, no Brasil, era paralelo para os maiores humoristas do cinema, como Charles Chaplin ou Cantinflas.

Foi casado com Margot Louro, com quem teve dois filhos. Já aposentado, tentou imitar em casa seu pulo característico, tendo o acidente vascular que o matou, a 4 de Junho de 1970.

Trabalhos

1975 - Assim era a Atlântida
1968 - Jovens Para Frente
1967 - A Espiã que Entrou em Fria
1965 - Crônica da Cidade Amada
1962 - Os Apavorados
1962 - Entre Mulheres e Espiões
1960 - Dois Ladrões
1960 - Duas Histórias
1959 - O Cupim
1959 - Pintando o Sete
1959 - O Homem do Sputnik
1958 - Esse Milhão é Meu
1957 - De Vento em Popa
1957 - Treze Cadeiras
1956 - Vamos com Calma
1956 - Colégio de Brotos
1956 - Papai Fanfarrão
1955 - O Golpe
1955 - Guerra ao Samba
1954 - Matar ou Correr
1954 - Nem Sansão nem Dalila
1953 - Dupla do Barulho
1952 - Três Vagabundos
1952 - Carnaval Atlântida
1952 - Barnabé, tu és meu
1951 - Aí Vem o Barão
1950 - Aviso aos Navegantes
1949 - Carnaval no Fogo
1949 - Caçula do Barulho
1948 - É com Este que Eu Vou
1948 - Falta Alguém no Manicômio
1948 - E o Mundo se Diverte
1947 - Asas do Brasil
1947 - Este Mundo é um Pandeiro
1946 - Fantasma por Acaso
1945 - Não Adianta Chorar
1944 - Gente Honesta
1944 - Tristezas não Pagam Dívidas
1941 - O Dia é Nosso
1941 - Vinte e Quatro Horas de Sonho
1940 - Céu Azul
1938 - Banana da Terra
1938 - Bombonzinho
1938 - Está Tudo Aí!
1936 - Alô, Alô Carnaval
1935 - Noites Cariocas
1933 - A Voz do Carnaval

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dercy Gonçalves

Dolores Gonçalves Costa, mais conhecida como Dercy Gonçalves (Santa Maria Madalena, 23 de junho de 1907 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 2008), foi uma atriz, humorista e cantora brasileira, oriunda do teatro de revista[1], notória por suas participações na produção cinematográfica brasileira das décadas de 1950 e 1960. Foi reconhecida pelo Guinness Book como a atriz com maior tempo de carreira na história mundial (86 anos).
Celebrada por suas entrevistas irreverentes, bom humor e emprego constante de palavras de baixo calão, foi uma das maiores expoentes do teatro de improviso no Brasil.
Originária de família muito pobre, nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro em 1905, tendo sido registrada em 1907. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro.
Era filha de um alfaiate, chamado Manuel e de uma lavadeira, chamada Margarida. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy, abandonada pela mãe ainda pequena, foi criada pelo pai alcoólatra. A menina que foi crescendo, teve que aturar o pai bêbado em casa e sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícia
Sofria preconceitos na infância, sendo constantemente chamada de "negrinha", por ser neta de negros.
Para ajudar nas despesas de casa junto com os irmãos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteira de cinema. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as artistas. Seu grande sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade natal.
Aos dezessete anos, destinada a ver seu sonho virar realidade, fugiu de casa para Macaé embaixo do vagão de um trem, arriscando sua própria vida pelo sonho de ser artista. Ela fugiu para Macaé pois queria se juntar à uma trupe de teatro mambembe que lá estava, diversos atores de circo experientes no qual ela poderia trabalhar, a Companhia de Maria Castro.
Após um tempo morando em Macaé e trabalhando no teatro circense, o circo teve que partir para se fixar em outra cidade e fazer apresentações novas. Então, ela foi junto com a Companhia de Circo para Minas Gerais, onde estreou em 1929, em Leopoldina, integrando o elenco da Companhia Maria Castro. Fazendo teatro itinerante, fez dupla com Eugênio Pascoal em 1930, com quem se apresentou por cidades do interior de alguns estados, sob o nome de "Os Pascoalinos"
Dercy se apaixonou por Eugênio Pascoal, que foi seu primeiro namorado, aos 23 anos, no papel, e 25 na vida real. Dercy dissera uma vez em entrevista que, fora enganada por seu primeiro namorado, Pascoal,[8] que a violentou sexualmente. Dercy conta, que, na noite em que perdeu a virgindade, usava uma camisola feita de saco de arroz: "Tinha escrito no peito: Indústria Brasileira de Arroz Agulhinha, arroz de primeira", contou. Anos depois, a atriz disse que, inocente na época, não sabia o que estava acontecendo e não entendeu por que estava sangrando. Ela foi convencida a fazer sexo e não sabia que esse convencimento, mediante ameaça de término do namoro, configura-se como estupro. Após alguns anos junto com ele, por causa de ciúmes violentos do namorado, eles se separaram.
Dercy era uma típica moça do interior, ingênua e alegre, que mesmo fugida de casa e tendo se relacionado com o namorado, ainda brincava de bonecas de pano que tinha desde criança. Isso mostra seu espírito doce e infantil, sua sensibilidade que a possibilitou ser de fato uma artista.
Enquanto excursionava com a trupe pelo interior de Minas Gerais, Dercy contraiu tuberculose, tendo que se afastar de sua maior paixão, o circo. Um exportador de café mineiro chamado Ademar Martins Senra a conheceu quando passava próximo a tenda do circo, e se encantou por ela, apesar de ter ficado com pena da pobre moça doente. De bom coração, pagou todas as contas do sanatório para a internação da atriz, que não tinha dinheiro suficiente para custear o tratamento.
Depois de curada, em 1934, tendo largado o circo, teve um romance com o exportador de café mineiro Ademar Martins, mesmo ele sendo casado. Desse relacionamento de 2 anos, nasceu sua única filha, em
Sua filha, Maria Dercimar Gonçalves Senra[, ainda é viva. O nome Dercimar é uma mistura do apelido de Dolores, Dercy, com o nome do pai dela, Ademar. Ademar descobriu que Dercy engravidou e, mesmo casado, decidiu assumir o filho fora do casamento, e colocou Dercy em uma casa decente para se viver e ficou a ajudando nas despesas. Quando o bebê nasceu, Ademar registrou a criança, e as vezes ia visitar Dercy e a neném, porém não podiam morar juntos pelo fato dele ser casado e o romance deles ser secreto. Um dia, porém, não apareceu mais, o que fez Dercy sofrer muito, além de ter que criar a filha sozinha. Ela, então, voltou a trabalhar em teatro.


Dercy Gonçalves na década de 1940
Especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 1930 e 1940, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943, de autoria de Freire Júnior e Assis Valente, na companhia do empresário Walter Pinto.
Na década de 1960 iniciou sua carreira-solo. Suas apresentações, em diversos teatros brasileiros, conquistavam um público cheio de moralismos. Nesses espetáculos, gradativamente introduziu um monólogo, no qual relatava fatos autobiográficos. Paralelamente a estas apresentações, atuou em diversos filmes do gênero chanchada e comédias nacionais.
Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da TV Excelsior em 1963, onde também conheceu o executivo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Depois passou para a TV Rio e já na TV Globo, convenceu Boni a trabalhar na emissora, junto de Walter Clark. De 1966 a 1969 apresentou na TV Globo um programa de auditório de muito sucesso, Dercy de Verdade (1966-1969), que acabou saindo do ar com a intensificação da censura no país após o AI-5. No final dos anos 1980, quando a censura permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Silvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.
Sua carreira foi pautada no individualismo, tendo sofrido, já idosa, um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso — o que a fez retomar a carreira, já octogenária.
Todas as manhãs, a solidão me deixa deprimida. Moro sozinha, tem três pessoas que se revezam para me acompanhar. Minha filha não mora comigo. Filho não gosta de mãe; é a mãe que gosta do filho. Eles crescem, ganham independência e passam a ter prioridades. Eu me animo no cair da tarde, às 16h mais ou menos. Luto para ter forças para sair. Aí me arrumo, vou pro bingo. Lá, sou muito bem tratada, ganho cartelas e me distraio. À noite, vou a festas, jantares, adoro comer. E volto pra casa, durmo feliz. Assim são meus dias, sem expectativa
Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro.
Em 1991, foi enredo ("Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo") do desfile da Unidos do Viradouro, na primeira apresentação da escola no Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, Dercy causou polêmica ao desfilar, no último carro, com os seios à mostra.
Sua biografia se intitula Dercy de Cabo a Rabo (1994), e foi escrita por Maria Adelaide Amaral.
"Dercy de Verdade" é o título dado a minissérie sobre a vida da atriz, que também foi escrita por Maria Adelaide Amaral e direção de Jorge Fernando. A minissérie tem estreia no dia 10 de janeiro de 2012 em 4 capítulos.
Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmara de vereadores desta capital.
"Cem anos"
Dercy em 2007, acompanhada de Sérgio Cabral Filho e Lula
No dia 23 de junho de 2007, Dercy Gonçalves completou cem anos com uma festa na Praça Coronel Braz, no centro do município de Santa Maria Madalena (sua cidade natal) na região serrana do Rio de Janeiro. Na festa, Dercy comeu bolo, levantou as pernas fazendo graça para os fotógrafos, falou palavrão e saudou o povo, que parou para acompanhar a comemoração. Embora oficialmente tenha completado cem anos, Dercy afirmava que seu pai a registrou com dois anos de atraso, logo teria completado 102 anos de idade. Foi este também o mês em que Dercy subiu pela última vez num palco: foi na comédia teatral "Pout-PourRir" (espetáculo criado e dirigido pela dupla Afra Gomes e Leandro Goulart, que reúne os melhores comediantes da atualidade e do passado), onde comemorou "Cem Anos de Humor", com direito à festa, autógrafos de seu DVD biográfico e um teatro hiper-lotado por um público de fãs, celebridades e jornalistas. A noite, inesquecível para quem estava presente, onde Dercy foi entrevistada pelo ator Luís Lobianco (que interpreta no espetáculo uma sátira à Marília Gabriela), ainda deixou para a história duas frases memoráveis. Numa "Marília Tagarela" pergunta à atriz se ela tem medo da morte, e Dercy, sempre de forma irreverente responde: "Não tenho medo da morte, a morte é linda... (ela repensa) ...mas a vida também é muito boa!", e no fim, após cortar o bolo com as próprias mãos e atirar nos atores, diretores e plateia, faz o público emocionar-se ainda mais, dizendo: "Eu vou sentir falta de vocês. Mas vocês também vão sentir a minha".
Eu fiz 94 [anos], mas me digo que estou com 95 para me energizar e chegar lá. Escrevam o que eu digo: eu só vou morrer quando eu quiser! Não programo morte, eu programo vida!
— Ao completar 94 anos
A morte é linda...mas a vida também é muito boa!
— Em cena pela última vez no espetáculo Pout-PourRir
Eu vou sentir falta de vocês. Mas vocês também vão sentir a minha.
— Para uma plateia lotada no espetáculo Pout-PourRir
Morte
Dercy morreu aos 101 anos, às 16h45, do dia 19 de julho de 2008, no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela foi internada na madrugada do sábado, 19 de julho. A causa da morte teria sido uma complicação decorrente de uma pneumonia comunitária grave, que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória. O estado do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias em memória à atriz. Encontra-se sepultada em sua terra natal em Santa Maria Madalena. Na mesma semana, Afra Gomes e Leandro Goulart e o elenco de Pout-PourRir prestam, em cena, uma última homenagem à Dercy.
Deus é um apelido. Ele pra mim não existe. O que existe é a natureza. Deus é fantasma, mas a natureza é a verdade que nunca podemos contestar a existência.

Filmografia

1943 - Samba em Berlim
1944 - Abacaxi Azul
1944 - Romance Proibido (Dercy)
1946 - Caídos do Céu (Rita Naftalina)
1948 - Folias Cariocas
1956 - Depois Eu Conto
1957 - A Baronesa Transviada (Gonçalina / Baronesa)
1957 - Absolutamente Certo (Bela)
1957 - Feitiço do Amazonas
1958 - Uma certa Lucrécia (Lucrécia)
1958 - A Grande Vedete (Janete)
1959 - Cala a Boca, Etelvina (Etelvina)
1959 - Entrei de Gaiato (Anastácia da Emancipação)
1959 - Minervina Vem Aí (Minervina)
1960 - A Viúva Valentina (Valentina)
1960 - Dona Violante Miranda (Violante Miranda)
1960 - Com Minha Sogra em Paquetá
1960 - Só Naquela Base
1963 - Sonhando com Milhões
1970 - Se Meu Dólar Falasse
1980 - Bububu no Bobobó
1983 - O Menino Arco-Íris
1993 - Oceano Atlantis
2000 - Célia & Rosita (curta-metragem)
2008 - Nossa Vida Não Cabe Num Opala

Televisão

1966: Dercy Espetacular - programa de variedades (Globo)
1968: Dercy de Verdade - programa de variedades (Globo)
1971: Dercy em Famlia - programa de variedades (Record)
1971: Família Trapo - participação como a namorada de Bronco (Record)
1980: Cavalo Amarelo - Dulcinéa (Rede Bandeirantes - Troféu Imprensa de Melhor Atriz, empate com Dina Sfat)
1980: Dulcinéa vai à guerra - Dulcinéa (Rede Bandeirantes)
1984: Humor Livre (Globo)
1989: Que Rei Sou Eu? - Baronesa Eknésia (participação especial) (Globo)
1990: La Mamma - Mamma (Globo)
1992: Deus nos Acuda - Celestina (Globo)
1994: Brasil Especial (Globo)
1996: Caça Talentos - Miss Dayse (Globo)
1996: Sai de Baixo - Leopoldina Mathias (participação especial) (Globo)
2000: Fala Dercy (SBT)
2001: A Praça é Nossa - participações como ela mesma (SBT)
2012: Dercy de Verdade - minissérie que conta a história de sua vida (Globo)

Frases célebres


O Wikiquote possui citações de ou sobre: Dercy Gonçalves
Quem me criou foi o tempo, foi o ar. Ninguém me criou. Aprendi como as galinhas, ciscando, o que não me fazia sofrer eu achava bom.
Tudo que passou, acabou. Eu sobrevivi.
O ontem acabou. Não tenho mágoa de nada e nem saudade de nada. Vivo o hoje. Tenho alegria de viver, adoro a vida.
Eu já fui acusada de tudo. Eu era "negrinha" [a avó era negra], menina de rua, mas nada disso me atingiu porque eu não sabia o que era o mundo. Não tinha nem amigos. Passeava na rua e era perseguida com 7, 10 anos, porque o negro é perseguido há séculos.[17]
Não acredito em santo nenhum. Minha religião é a natureza. Deus é um apelido. Ele pra mim não existe. O que existe é a natureza. Deus é fantasma, mas a natureza é a verdade.
Não podia levantar o braço na passarela. Arriei e fui dançando e cantando. Tinha os seios lindos naquela ocasião. Mostrei. Houve gritaria, escândalo, mas por quê? Os seios são a coisa mais linda na mulher.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Arlete Salles

Nascida no interior de Pernambuco, foi casada, de 1958 a 1970, com o ator Lúcio Mauro, com quem tem dois filhos: Alexandre Barbalho (ator) e Gilberto Salles (cineasta). É avó de Pedro Medina (Ator) e Joana. Depois do divórcio de Lúcio Mauro, foi casada no fim da década de 1970 com o ator Tony Tornado.
Recentemente Arlete trabalhou no musical Hairspray, com direção e texto do amigo Miguel Falabella, no qual interpretava a vilã Velma Von Tussle.
Arlete Salles iniciou sua carreira profissional como instrumentadora em consultório odontológico. Logo depois, foi ser locutora na Rádio Jornal do Commercio, no Recife. Em 1960 foi para os Diários Associados, trabalhando na Rádio Tamandaré e na TV Rádio Clube de Pernambuco.
Integrou a companhia teatral de Barreto Júnior, onde recebeu prêmio de atriz revelação em 1958.
Transferiu-se com Lúcio Mauro para o Rio de Janeiro, para trabalhar como atriz na TV Tupi, tendo sido demitida quando a rede de emissoras associadas entrou em declínio.
Em seguida foi trabalhar na Rede Globo onde interpretou inúmeros papéis marcantes, engraçados e extravagantes em novelas e minisséries como a Laura de Selva de Pedra, Germana Steen em A Sucessora, Pepa em Cabocla, Dolores Moreira em Baila Comigo, Sílvia em Amor com Amor se Paga, Carmosina em Tieta, Kika Jordão em Lua Cheia de Amor, Delegada Francisquinha em Pedra sobre Pedra, Madame Janete em Hilda Furacão, Augusta Eugênia Proença de Assumpção em Porto dos Milagres e Ademilde Goldoni em A Lua me Disse, entre outros. Porém seu papel de maior destaque foi como a ardente Copélia no humorístico Toma Lá Dá Cá, seriado de sucesso exibido pela Rede Globo entre 2007 e 2009.
Trabalhou, também, na Rede Manchete, voltando depois para a Globo.
Em 2011 Arlete volta a atuar em uma telenovela após cinco anos de ausência, vivendo uma taxista em Fina Estampa.

Televisão


Ano Trabalho Emissora Personagem Observação
1967 Sangue e Areia Rede Globo Mercedes
1968 A Gata de Vison Rede Globo Gladys
1969 A Ponte dos Suspiros Rede Globo Impéria
1970 Verão Vermelho Rede Globo Selma
1970 Assim na Terra Como no Céu Rede Globo Jurema
1971 O Homem Que Deve Morrer Rede Globo Lia Sanches
1972 Selva de Pedra Rede Globo Laura Vilhena
1973 Cavalo de Aço Rede Globo Lenita
1974 O Rebu Rede Globo Lídia Braga
1975 Bravo! Rede Globo Myrian Serpa
1976 O Casarão Rede Globo Maria Helena
1976 Duas Vidas Rede Globo Naná
1977 Sem Lenço, Sem Documento Rede Globo Das Dores (Dorzinha)
1978 A Sucessora Rede Globo Germana Steen
1979 Cabocla Rede Globo Pepa, la Sevillana
1980 Água Viva Rede Globo Celeste
1981 Baila Comigo Rede Globo Dolores Moreira
1981 Jogo da Vida Rede Globo Celeste
1983 Louco Amor Rede Globo Isadora
1984 Amor com Amor se Paga Rede Globo Sílvia
1986 Memórias de um Gigolô Rede Globo Minissérie
1986 Dona Beija Rede Manchete Genoveva
1987 O Outro Rede Globo Vilma
1989 Tieta Rede Globo Carmosina
1990 Lua Cheia de Amor Rede Globo Kika Jordão
1992 Pedra Sobre Pedra Rede Globo Delegada Francisquinha
1993 Fera Ferida Rede Globo Margarida Weber
1995 Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados Rede Globo Araci Minissérie
1995 Cara e Coroa Rede Globo Cacilda
1996 Salsa e Merengue Rede Globo Anabel Muñoz
1998 Hilda Furacão Rede Globo Madame Janete Minissérie
1998 Meu Bem Querer Rede Globo Tonha da Pamonha
1998 Sai de Baixo Rede Globo Gigi Marcondes Episódio "Baixaria na Alta Costura"
1999 Você Decide Rede Globo Madame Sussu
1999 Terra Nostra Rede Globo Irmã Letícia Participação Especial
2000 Você Decide Rede Globo Episódios "A Viagem" e "Ídolos de Barro"
2000 Sai de Baixo Rede Globo Margot Fontana Episódio "Vestida Pra Rebolar"
2001 Porto dos Milagres Rede Globo Augusta Eugênia Proença de Assumpção
2001 Os Normais Rede Globo Nanci Episódio "Seguir a Tradição é Normal"
2002 Sabor da Paixão Rede Globo Zenilda Paixão
2003 Sítio do Picapau Amarelo Rede Globo Hermengarda Participação Especial
2004 A Diarista Rede Globo Nereide Fontinhas Episódio "Emergente como a Gente"
2004 Sob Nova Direção Rede Globo Dona Leda Episódio "Disque Belinha"
2005 América Rede Globo Rita Participação Especial
2005 A Lua Me Disse Rede Globo Ademilde Goldoni
2006 Sob Nova Direção Rede Globo Dona Leda Episódio "O Casal do Momento"
2006 Pé na Jaca Rede Globo Gioconda Tamburello
2007/08/09 Toma Lá, Dá Cá Rede Globo Copélia Rocha Humorístico
2010 S.O.S. Emergência Rede Globo Madame Zaira Episódio "Um Caso Cabeludo"
2010 A Vida Alheia Rede Globo Vanusa Lessa Episódio "Amor de Mãe"
2011 Fina Estampa Rede Globo Vilma Moreira Prado

No teatro

Ano Trabalho Personagem
1990 A Partilha Lúcia
2000 A Vida Passa Maria Lúcia
2003 Veneza Rita
2009/2010 Hairspray Velma Von Tussle
2010/2011 Amores, Perdas e meus Vestidos

No cinema

Ano Trabalho Personagem
1963 Terra Sem Deus
1972 O Grande Gozador
1972 A Dama das Camélias
1974 O Sexo das Bonecas Gracinha
1974 A Cartomante
1975 A Extorsão
2006 Acredite, um Espírito Baixou em Mim Yolanda
2006 Irma Vap - O Retorno Vanda
2006 A Ilha do Terrível Rapaterra Dona Tude
2008 A Casa da Mãe Joana Cliente
2008 Polaróides Urbanas Lise Delamare

Vander Lee

Vanderli Catarina mais conhecido como Vander Lee, é um cantor e compositor brasileiro. Nascido no estado de Minas Gerais, Vanderli, que hoje usa o nome Vander Lee, começou sua carreira em barzinhos de seu estado em meados da década de 80. Gravou sua primeira fita demo (com 4 músicas) em 1986, e em 1987 já fazia shows com seu próprio repertório. Tem um estilo próprio, e suas canções variam desde o romântico, passando pelo samba até a balada e rock mineiro. Em suas letras, fala de acontecimentos da vida cotidiana, e sempre com um lado romântico, fala de amor. Já gravou com grandes nome da MPB, como Zeca Baleiro, Elza Soares, Rita Ribeiro, Emilinha Borba, Leila Pinheiro e Nando Reis. Recentemente compôs a música "Estrela" que foi gravada pela cantora Maria Bethânia.Teve a canção "Onde Deus possa me ouvir" gravada por uma das maiores cantoras do Brasil, Gal Costa. Vander Lee participou no dia 01/01/2011 em Salvador/BA como convidado especial do Projeto POR DO SOM da cantora baiana Daniela Mercury onde cantou juntamente com ela e também outras cinco músicas sozinho.


 Discografia

1997 - Vanderly (Produção independente)
Faixas:Subindo a ladeira Quem me dirá? Pra te embalar Gente não é cor Atriz Outra manhã Injuriado Contra o tempo O que quiser Aversão Brasileira
1999 - No Balanço do Balaio (Selo Kuarup)
Faixas:A Baiana cover Deus lhe pague card Fogo Galo e Cruzeiro Neném No balanço do balaio Passional Piti Quando Chove Quem me dirá? Românticos Tô em liquidação Truco seis
2003 - Vander Lee ao vivo (Indie Records)
Faixas:Alma nua Aquela estrela Chazinho com biscoito Contra o tempo Esperando aviões Onde Deus possa me ouvir Pra ela passar Românticos Sábio Sambado Seção 32 Sonhos e pernas Subindo a ladeira (Part. Esp: Elza Soares)
2005 - Naquele Verbo Agora (Indie Records)
Faixas:A voz Ao meio Atriz Bom dia Breu Iluminado Lenço e lençol Meu jardim Não tenho pressa Tanto, tanto Tavimatutu Teu rastro
2006 - Pensei que Fosse o Céu ao vivo (Indie Records) CD e DVD
Faixas:Iluminado Meu jardim Pensei que fosse o céu Chilique Passional (Part. Esp: Zeca Baleiro) Do Brasil A voz Pra ser levada em conta Breu Galo e Cruzei Tavimatutu Tô em liquidação No balanço do balaio O dedo do tempo no barro da vida (Bonus track - estúdio)
2009 - Faro (Deckdisc)
Faixas:Eu e ela Do bão Farol Fui Ponto de luz Ninguém vai tirar você de mim Obscuridade O baile dos anjos Nunca não Nega nagô Cacos Desejo de flor

sábado, 7 de janeiro de 2012

Carmen Miranda

Maria do Carmo Miranda da Cunha GO IH
(Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909)

Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira.[nota 1] Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Carmen Miranda foi batizada com o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha.[1] Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha (1887-1938) e de Maria Emília Miranda (1886-1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas.
Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil,[2] onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade.[2] Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara municipal de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal.
No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família estabeleceu-se no sobrado acima do salão. Mais tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa.
No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913-2011), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916).[2]
Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24. Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando, mas o seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes.
Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.
Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na sessão de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaia e Dona Balbina ou "Buenas Tardes muchachos".

O grande sucesso veio a partir de 1930, quando gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí") de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O País como "a maior cantora brasileira".
Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês, o que hoje equivale a cerca de R$ 1000,00. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It".[nota 2] Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.
Em dezembro de 1936, Carmen deixou a Mayrink Veiga e assinou com a Tupi, ganhando cinco contos de réis.
Em 20 de janeiro de 1936, estreou o filme Alô, Alô Carnaval com a famosa cena em que ela e Aurora Miranda cantam "Cantoras do Rádio". No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividiram entre o palco do cassino e excursões frequentes pelo Brasil e Argentina.
Depois de uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power em 1938, aventou-se a possibilidade de uma carreira nos Estados Unidos. Carmen recebia o fabuloso salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca e não se interessou pela ideia.
Em 1939, o empresário estadunidense Lee Shubert e a atriz Sonja Henie assistiram ao espetáculo de Carmen no Cassino da Urca. Depois de um espetáculo no transatlântico Normandie, Carmen assinou contrato com o empresário. A execução do contrato não foi imediata, pois a cantora fazia questão de levar o grupo musical Bando da Lua para a acompanhar, mas o empresário estava apenas interessado em Carmen. Depois de voltar para os Estados Unidos, Shubert aceitou a vinda do Bando da Lua. Carmen partiu no navio Uruguai em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

Em 29 de maio de 1939 Carmen estreou no espetáculo musical "Streets of Paris", em Boston, com êxito estrondoso de público e crítica. As suas participações teatrais tornaram-se cada vez mais famosas. Em 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca.
Em 10 de julho de 1940 retornou ao Brasil, onde foi acolhida com enorme ovação pelo povo carioca. No entanto, em uma apresentação no Cassino da Urca com a presença de políticos importantes do Estado Novo, foi apupada pelos que a consideravam "americanizada". Entre os seus críticos havia muitos que eram simpatizantes de correntes políticas contrárias aos Estados Unidos.
Dois meses depois, no mesmo palco, Carmen foi aplaudida entusiasticamente por uma plateia comum. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil, onde respondeu com humor às acusações de ter esquecido o Brasil e ter-se "americanizado". Em 3 de outubro, voltou aos Estados Unidos e gravou a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Teatro Chinês de Los Angeles.
Entre 1942 e 1953 atuou em 13 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos. A Política de Boa Vizinhança, implementada pelos Estados Unidos para buscar aliados na Segunda Guerra Mundial, incentivou a imigração de artistas latino-americanos. Apesar de ter chegado nos Estados Unidos antes da criação da Política de Boa Vizinhança, Carmen Miranda sempre foi identificada como a artista de maior sucesso do projeto.
Em 1946, Carmen era a artista mais bem paga de Hollywood e a mulher que mais pagava imposto de renda nos EUA. Em 17 de março de 1947 casou-se com o americano David Sebastian, nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908. Antes, Carmen namorou vários astros de Hollywood e também o músico brasileiro Aloysio de Oliveira, integrante do Bando da Lua.
Antes de partir para os Estados Unidos e antes de conhecer o marido, Carmen namorou o jovem Mário Cunha e o bon vivant Carlos da Rocha Faria, filho de uma tradicional família do Rio de Janeiro. Já nos EUA, Carmen manteve caso com os atores John Wayne e Dana Andrews.
O casamento é apontado por todos os biógrafos e estudiosos de Carmen Miranda como o começo de sua decadência moral e física. Seu marido, David, antes um simples empregado de produtora de cinema, tornou-se "empresário" de Carmen Miranda e conduzia mal seus negócios e contratos. Também era alcoólatra e pode ter estimulado Carmen Miranda a consumir bebidas alcoólicas, das quais ela logo se tornaria dependente. O casamento entrou em crise já nos primeiros meses, por conta de ciúmes excessivos, brigas violentas e traições de David, mas Carmen Miranda não aceitava o desquite pois era uma católica convicta. Engravidou em 1948, mas sofreu um aborto espontâneo depois de uma apresentação e não conseguiu mais engravidar, o que agravou suas crises depressivas e o abuso com bebidas e remédios sedativos.
Ligeiramente recuperada, retornou para os Estados Unidos em 4 de abril de 1955. Imediatamente começou com as apresentações. Fez uma turnê por Cuba e Las Vegas entre os meses de maio e agosto e voltou a usar barbitúricos, além de fumar e beber mais do que já fumava e bebia.
No início de agosto, Carmen gravou uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante. Durante um número de dança, sofreu um ligeiro desmaio, desequilibrou-se e foi amparada por Durante. Recuperou-se e terminou o número. Na mesma noite, recebeu amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os amigos presentes, Carmen subiu para seu quarto para dormir. Acendeu um cigarro, vestiu um robe, retirou a maquiagem e caminhou em direção à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante a derrubou morta sobre o chão no dia 5 de agosto. Seu corpo foi encontrado pela mãe no dia seguinte, às 10h30 da manhã. Tinha 46 anos.
Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do marido de Carmen Miranda avisando sobre o falecimento. Aurora Miranda se desesperou por completo e passou então a notícia para as emissoras de rádio e jornais. Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte de Carmen Miranda em edição extraordinária do Repórter Esso.
Em 12 de agosto de 1955, seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro. Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos.
No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo.
Hoje, uma herma em sua homenagem se localiza no Largo da Carioca, Rio de Janeiro.


Filmografia

1932 Carnaval Cantado de 1932 no Rio
1933 A Voz do Carnaval
1935 Alô, Alô, Brasil
1935 Estudantes
1936 Alô, Alô, Carnaval
1939 Banana-da-Terra
1940 Laranja-da-China
1940 Serenata Tropical
1941 Uma Noite no Rio (That Night in Rio)
1941 Aconteceu em Havana (Week-end in Havana)
1942 Minha Secretária Brasileira (Springtime in the Rockies)
1943 Entre a Loura e a Morena (The Gang's All Here ou The Girls He Lef Behind)
1944 Quatro Moças num Jipe (Four Jills in a Jeep)
1944 Serenata Boêmia (Greenwich Village)
1944 Alegria, Rapazes (Something for the Boys)
1945 Sonhos de Estrela (Doll Face)
1946 Se Eu Fosse Feliz (If I'm Lucky)
1947 Copacabana (Copacabana)
1948 O Príncipe Encantado (A Date with Judy)
1950 Romance Carioca (Nancy Goes to Rio)
1953 Morrendo de Medo (Scared Stiff)

Canções mais famosas

As Cinco Estações do Ano (gravada com Lamartine Babo, Mário Reis, Almirante e Grupo do Canhoto em 6 de julho de 1933)
Adeus, Batucada (gravada com Orquestra Odeon em 24 de setembro de 1935)
Alô… Alô?(gravada com Mário Reis e Grupo do Canhoto em 18 de dezembro de 1933)
Ao Voltar do Samba (Arlequim de Bronze) (gravado com o Grupo do Canhoto em 26 de março de 1934)
Boneca de Piche (gravada com Almirante e Orquestra Odeon em 31 de agosto de 1938)
Cachorro Vira-Lata (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
Cai, Cai (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
Camisa Amarela (gravada com Grupo da Odeon em 20 de setembro de 1937)
Camisa Listada (gravada com Bando da Lua em 28 de agosto de 1939)
Cantores do Rádio (gravada com Aurora Miranda e Orquestra Odeon em 18 de março de 1936)
Chattanooga Choo Choo (gravada com Bando da Lua e Garoto em 25 de julho de 1942)
Chegou a Hora da Fogueira (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 5 de junho de 1933)
Chica-Chica-Bum-Chic (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
Como "Vaes" Você? (gravada com Ary Barroso e Regional de Pixinguinha e Luperce Miranda em 2 de outubro de 1936)
Cuanto Le Gusta (gravada com Irmãs Andrews e Orquestra de Vic Schoen em 29 de novembro de 1947)
Disseram Que Voltei Americanizada (gravada com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)
E Bateu-Se a Chapa (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 26 de junho de 1935)
E o Mundo Não Se Acabou (gravada com Regional Odeon em 9 de março de 1938)
Eu Dei (gravada com Regional Odeon em 21 de setembro de 1937)
Eu Também(gravada com Lamartine Babo e Diabos do Céu em 5 de janeiro de 1934)
Goodbye, Boy (gravada com Orquestra Victor Brasileira em 29 de novembro de 1932)
I Like You Very Much (Ai, Ai, Ai) (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
I Make My Money with Bananas
Isto É Lá com Santo Antônio (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 14 de maio de 1934)
Me Dá, Me Dá (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
Minha Embaixada Chegou (gravada com Grupo do Canhoto em 28 de setembro de 1934)
Moleque Indigesto (gravada com Lamartine Babo e Grupo Velha Guarda em 5 de janeiro de 1933)
Na Baixa do Sapateiro (Bahia) (gravada com Orquestra Odeon em 17 de outubro de 1938)
Na Batucada da Vida (gravada com Diabos do Céu em 20 de março de 1934)
No Tabuleiro da Baiana (gravada com Luís Barbosa e Regional de Luperce Miranda em 29 de setembro de 1936)
O Que É Que a Baiana Tem? (gravada com Dorival Caymmi e Conjunto Regional em 27 de fevereiro de 1939)
O Tique-Taque do Meu Coração (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 7 de agosto de 1935)
Primavera no Rio (gravada com Diabos do Céu em 20 de agosto de 1934)
Querido Adão (gravada com Orquestra Odeon em 26 de setembro de 1935)
Rebola, Bola (gravada com o Bando da Lua em 9 de outubro de 1941)
Recenseamento (gravada com Conjunto Odeon em 27 de setembro de 1940)
Samba Rasgado (gravada com Grupo Odeon em 7 de março de 1938)
Sonho de Papel (gravada com Orquestra Odeon em 10 de maio de 1935)
South American Way (gravada com Bando da Lua e Garoto em 26 de dezembro de 1939)
Taí (Pra Você Gostar de Mim) (gravada com Orquestra Victor em 27 de janeiro de 1930)
Uva de Caminhão (gravada com Conjunto Odeon em 21 de março de 1939)
Voltei pro Morro (gravado com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cérebros idosos podem competir com cérebros jovens



Como as habilidades físicas de idosos são menores do que as de indivíduos mais jovens, existe a tendência de as pessoas considerarem que os idosos também estão mentalmente debilitados. Um novo estudo desenvolvido na Ohio State University (EUA) mostra que essa suposição pode estar equivocada.
Cérebros idosos podem estar aptos a competir com cérebros mais novos. Ambos, por exemplo, demoram a mesma quantidade de tempo para tomarem decisões em determinados contextos, sendo que ambos se preocupam em obter exactidão na tarefa ao invés de velocidade.


«Muitas pessoas pensam que é natural que os cérebros de pessoas mais velhas fiquem mais lentos com a idade, mas estamos a descobrir que isso não é sempre verdadeiro. Pelo menos em algumas situações, pessoas de 70 anos podem ter respostas semelhantes às de pessoas com 25 anos