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domingo, 6 de novembro de 2016

Um ancião peregrino montou sua tenda em Vinhedo... Até voltar à casa do “Pai”!



     (Dom Joaquim de Arruda Zamith OSB) 



-Cantar em versos, quer em poema ou crônica,
lembranças vivas de uma boa e santa amizade
Como a de D. Joaquim, tesouro divino com o  qual
o “Senhor”...surpreendentemente, um dia, me agraciou
por mais de meio século de minha existência...
para me alumiar o percurso da travessia dessa vida
rumo à casa do “Pai”...é desnudar pelo mundo afora
a imensa gratidão sentida pela vida desse bom
e santo amigo, que não pretendo esquecer jamais,
nem bem devagarinho...

-Ah! Verdadeiramente... a voz dessa mesma gratidão
impele-me a dizer, no momento, que além da luz
que esplendia abundantemente da “Sabedoria”
de seus generosos conselhos, quando pedidos,
outros tantos dons e carisma enfeitavam, também,
a alma gentil desse santo homem de Deus:

- Nesse bom e santo amigo...não havia dolo algum,
nem nada de humanos desvarios, tampouco,
vez que estes desconhecem o reto caminho;
- ele era o bom e santo amigo de muitos amigos;
- ele sempre transbordava de santa alegria...
quer estando triste ou contente;
- ele era singularmente pródigo...
na caridosa arte do acolhimento;
- ele...no silêncio de sua cela,
sempre partilhava com Deus a dor do amigo sofrido,
que, por algum motivo, perdera os melódicos
acordes da vida...

-Habilidossísimo...  o bom D. Joaquim
sempre dava cadência serena
aos aborrecimentos do cotidiano
porquanto...cuidadosamente, os dissipava sempre
com sua santa paciência que desde jovem a burilava,
no dia a dia de sua vida monástica...

-Esse santo intelectual amigo...
em sua amada cela monástica,   
ao longo do tempo de sua fértil vida religiosa...
habilidosamente ia colhendo, em fartas porções,
através da escuta da obediência e da oração persistentes
os sabios ensinamentos da Santa Regra de Bento.
                         
-La no “Mosteiro de São Bento” de São Paulo, 
o justo Joaquim exercera, dentre tantas funções,
o oficio de abade...
(que é ser de todos...o maior servidor,
na comunidade pastoreada...)                                                         
e ao se tornar abade emérito, o sábio ancião peregrino
Prosseguiu generosamente a cultivar as amizades
que amealhara durante o longo e fecundo
trajeto de sua vida tão espiritualmente fértil...

-À sombra dessa abençoada amizade...
que carinhosamente chamo de  relva de ternura,
eu e tantos outros filhos espirituais, dele,
encontramos a referência segura
para permanecermos firmes...ainda hoje,
no tão decantado e reto caminho
do “Amor Divino” que...certamente,
nos conduzirá à casa do “Pai” !

-Até breve...meu santo e iluminado... Amigo!

(Mt 5,14-16)
Montes Claros (MG), 17-05-2015
RELMendes

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