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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Conclusão Pessoal de Romildo Ernesto Sobre Suas Atividades Cênicas na Escola

            Ao tentar cadastrar as inúmeras realizações teatrais concretizadas ao longo da minha árdua caminhada de educador, sinto a sensação de dever cumprido.
           Abri perspectivas de amplo desenvolvimento cultural e proporcionei
oportunidade para que outros descortinassem horizontes mais amplos.
           Vislumbrei, antecipadamente, possibilidades futuras infinitas de
concretizar o surgimento de inúmeros grupos teatrais que, hoje povoam o
ambiente sócio-cultural do Norte de Minas.
Pressenti a importância da Arte Cênica como elemento indispensável,
no processo de aprendizagem e de integração afetiva e efetiva do aluno ao
ambiente escolar.
"Le thêatre instruit mieux que ne fait pas un gros livre." Voltaire.



                Montes Claros 16 de maio de 2009




A uma laboriosa artesã de belas cenas teatrais
 (Terezinha Lígia Fróis...)

O primeiro encontro meu com a dama-mãe do Teatro Profissional Montes Claros, Terezinha Lígia, ocorreu lá pelos idos de fevereiro de 1975, ao se iniciar o “Curso Técnico de Teatro” (2° Grau a época) do “Conservatório Lourenzo Fernández”.

Em lá chegando (no amado “Conservatório”, ora, pois!) subi muito ressabiado as escadas daquele templo da música, em Montes Claros, e deparei-me com uma sala de aula transbordando de encantadoras senhorinhas ansiosas, e, de curiosidade, repletas!

Contudo, dentre todas aquelas senhorinhas alunas, uma delas, Terezinha Lígia se destacava sobremaneira, o que me dá o azo, agora, de relembrar a inesquecível sensação de admiração que se apoderou de mim, naquele momento ímpar. Deparei com a sala de aula florida e com aquele diamante refulgente de sonhos teatrais muitos e de tantas outras utopias cênicas viáveis, porque escrevia bem, cantava como um rouxinol, e era portadora de um “mis-en-scéne” incrível.

À medida que o “Curso de Teatro” ia seguindo seu percurso, ela, o diamante refulgente também ia me falando acerca de seu amor pelo “Teatro” e discorria, com certa frequência, sobre suas pretensões artísticas. No decorrer das aulas, apenas duas por semana, o que muito dificultou a elaboração de um produto teatral consistente, como montagem de peças, esquetes e outras, à medida do possível, sempre tergiversamos acerca de nossas vivências teatrais e de tantas outras coisas afeitas às “artes cênicas”, tais como: conceito elementar de Teatro; noções gerais de expressão corporal e impostação de voz; fragmentos de história do teatro; e, en passant, foram abordados alguns ensinamentos de Constantin Stanislavsk, oriundos de sua obra, “A preparação do ator” (Ex: “a quarta parede” e, também, outras coisas mais, indispensáveis ao dito ofício); entre tantas outras coisas.

Entretanto, apesar de tantos senões e de incontáveis dificuldades, a competentíssima e talentosíssima atriz Terezinha Lígia, a quem carinhosamente chamo de “artesã laboriosa de tantas belas cenas teatrais”, prosseguiu seguindo as trilhas da meta a que se propôs atingir, e as atingiu: (veja, assista e deguste seu trabalho artístico em suas montagens teatrais: “Brincando de Brincar” e “Uma Conversa Puxa a Outra” e diga-me se não tenho razão!).

Atualmente, pelas estradas da vida e também pelos palcos do mundo, Terezinha Lígia e seu extraordinário “Grupo Fibra” tecem cenas de inenarrável beleza, bordando seus belos sonhos cênicos para o encantamento de todos nós que temos a grata felicidade de contemplá-los em suas divinas performances teatrais.

Que você, Terezinha Lígia, e o “Grupo Fibra” continuem a abrir as cancelas do encantamento das gentes, é o que lhes desejo de todo o coração. Abraços tantos.

     

    
 O menino silente de “Pasárgada”!
           (a Joba, João Batista de Almeida Costa)

Sereno!... Esguio!... Observador!...
Surpreendentemente...
Acolhedor...
E espantosamente,
Generoso e envolvente!...
Com aquele jeitinho sorrateiro,
De catrumano curioso,
Joba surgiu...
Como inesperada flor de primavera,
Prá dar existência e sustança,
À imaginária “Pasárgada,”
Do “Grupo de Teatro, do Plínio Ribeiro”!...

Vestiu-se de poesias diversas...
Fartou-se de gestos tantos...
Fantasiou-se de hippie,
De “Zumbi” e outros tantos...
Enfeitou-se de sonhos muitos...
Arregimentou outros jovens talentos,
Fez-se um, com todos os demais atores...
E bordou-se de amizade (duradoura),
Com cada um,
E com todos os membros do “querido grupo”,
Desde o primeiro momento,
Para todo o sempre...

Esse é o Joba, cofundador...
Do Grupo de Teatro “ Pasárgada”,
Porque ele se fez presença desde o início:
“Nós, você e Manoel Bandeira” (1970);
“Vomupopono” (1971);
“Pasárgada Canta Zumbi” (1972);
“Milenbra Pasárgada” (1973);
“Missa Leiga” (1974)  
E “Fernando em Pessoas”...
E porque fez TEATRO com a gente, 
Ele é, e sempre será o Joba,
A “Estrela da Manhã”... da gente!...


Montes Claros(MG)-06-09-2013
RELMendes, o Paiê!...





     A cotovia dos Claros Montes!
(Um mimo à minha amiga, Liege Rocha!)


Vez por outra...
Mas só vez por outra!...

Inesperadamente...
Assim como flor de primavera,
Uma cotovia pousa
Na soleira do meu solar,
E canta!... Solfeja!... Assovia!...
E fascina a vizinhança inteirinha.

Vez por outra...
Mas só vez por outra!

Inesperadamente...
Ela se abeira
Com um violão embaixo do braço,
E é só alegria!...
Porque canta!... Solfeja!... Assovia!...
E a todos encanta!...

Vez por outra...
Mas só vez por outra!

Inesperadamente...
Assim como uma cotovia encantada,
Ela se põe a cantar... a solfejar... a assoviar,
E a inebriar a todos...
Porque isto, o faz desde criança!...
Portanto, pra cantar...
Com ela não há se´s,
Todavia, sobra si bemol:
Dó... ré.. mi.. fá.. sol... lá... si... dóoo!

Vez por outra...
Mas só vez por outra!

Inesperadamente...
Ela voa...
Desaparece,
E se esconde!...
E nós cá ficamos...
Com uma saudade louca dela!...

Montes Claros (MG), 17-08-2013
RELMendes


 




              
         

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