Fiquem atentos às novidades que podem mudar sua realidade nos próximos anos para melhor, e você terá papel decisivo nessa revolução. A principal chama-se plasticidade cerebral! Guardem essa expressão. Por plasticidade podemos entender a incrível e inesperada habilidade do nosso principal órgão, o centro da vida, nosso bom e velho cérebro em reorganizar, mudar, transferir funções nobres, readaptar-se a situações complexas, contrariando a velha máxima "neurônios
não se regeneram e cérebro lesado está eternamente incapacitado".
Portadores de derrames cerebrais (AVCs), traumatismo crânio encefálicos (TCE), crianças com paralisia infantil ou outros casos de prognósticos antes tidos como irreversíveis têm-se beneficiado de novas técnicas de reestímulo, baseada em trabalhos sobre a plasticidade cerebral.
Nada mais impressionante que uma neurocientista americana (me esqueço o nome, mas o livro e o documentário foi passado no GNT há algum tempo) que após severo derrame cerebral em que ficou afásica (sem falar, sem se expressar) e sem movimento no corpo inteiro, conseguiu
reconectar as vias neuronais.
Com todos seus conhecimentos como pesquisadora aplicada do cérebro, ela obteve uma recuperação considerada "milagrosa". Hoje dá palestras e é fervorosa defensora da reabilitação dos circuitos neuronais com super estímulos focais.
Mas o que mais me impressionou foram as pesquisas sobre a plasticidade do cérebro em resposta aos pensamentos, sentimentos e desejos. É incrível, mas nossos neurônios se comunicam formando uma rede neural que vai se conectando a áreas do cérebro e se "viciam" em formas de pensar, sentir ou agir.
Assim, pessimistas vão se aprisionando em suas redes de más notícias e sem que percebam, selecionam tragédias, baixa auto-estima, pensamentos negativos e só falam do mundo-cão.
É a turma do Datena, deprimidos, angustiados, são ruminantes em visão de morte, falta de sentido em tudo, ruína, vontade de suicidar, aperto no peito e andam lentamente, em círculo vicioso, numa noite escura, solitária, seus neurônios viciaram em desprazer, culpa, dor sofrimento.
Os obsessivos-compulsivos, reverberam em dúvidas (fechei ou não a porta, desliguei ou não o gás, contei certo ou não) e repetem seus rituais, cheio de culpas, inseguranças, medo de errar, ser punido, ou responsabilizado por alguma tragédia.
A boa noticia é que um bom tratamento farmacológico, uma terapia que tenha a visão da teoria quântica, cognitiva, que considere a nova visão da plasticidade através do ensinamento ao paciente de como "desconectar sua rede neural doentia e reconectar com a área do prazer, da satisfação, do relaxamento e alegria". Conecção esta que permita uma ampliação sensorial e perceptiva do mundo interno e externo, uma nova visão da fé, enfim a constatação que viver é uma dádiva e milagre é dar um sentido divino a vida! A verdadeira plástica se faz na mente e alma!
Eduardo Aquino
Jornal Super de 16 de outubro de 2011
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