Nas
curvas e /contracurvas/
Do
apressado /cotidiano /da Vida/ barroca/
Há
momentos /de muita Sombra/:
-
Ansiedade!... - Angustia!... -Tristeza!...
-
Dissecação/ de cadáveres! - Peste Negra!...
Mas
há// também/ rápidos /
E
/abundantes / momentos/ de luz /claridade!/
/
como se fora Epifanias!/
Bem
como/constantes e ininterruptos / momentos/de vida vida /
A
contrastarem com aquela /explicita/
morbidez /constante/:
Uma
santa ceia /esplêndida!.../
Um
candelabro /aceso/ no teto!...
Um
enxame de anjinhos /bochechudos/ a esvoaçar/ pelo salão/
(após
transpor /um “olho de boi/ em pedra sabão”!)
Uma
mão a coçar /o orobó /repleto/ de oxiúros/ irrequietos;
Um
cachorro/ e um porco a vasculhar /o lixo/ à cata de alimentos;
Um
fiapo de catarro /a escorrer /do nariz de um garotinho/ imundo/
Que
se arrasta/ sem cessar/ pelo chão/ a berrar;
Um
idoso(a) / peidorreiro (a)/ tentando /disfarçar/ o mal cheiro/
De
sua inoportuna/ flatulência/ impertinente/ ao ambiente;
Umas
belas /serviçais/ a se movimentarem/ graciosas/ colhendo vinho/ Nas talhas/
(Ah,não
faltam /tampouco/ gestos /exagerados/ a se derramarem/ em cena!)
Esse
dia a dia / pictográfico/ do barroco/ ah/se veste
De
uma/ hilária e encantadora/ multiplicidade /de detalhes/
(que
/a nós/nos permitem entrar/ na obra/ e não só /observá-la/
porque
/ ela esconde/ quase que/totalmente/ seu ponto de fuga!)
Em
que /cada pessoa/ cada objeto/ cada coisinha/
(aparentemente/
insignificante/)
Destaca-se
/sobremaneira/ no mesmo espaço/
E
/ao mesmo/ tempo!
O
tal jeito barroco/ de ser e de viver/
É
um não /ao “mais do mesmo” /renascentista/
É
um /intenso e denso/ movimento /envolvente/
É
uma interação/ total /entre o humano e o divino/
É
/enfim/ uma inclusão /fantástica/ entre tudo/ e todos!...
Montes
Claros (MG), 12-12-13
RelMendes
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