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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Outono, um convite à poesia.



Ah Outono... Outono!
Aparentemente...
Uma estação cinzenta
Ora morna, ora fria,
Quase sempre triste
Pura melancolia...

Ah parentemente...no Outono,
Aquieta-se o mundo:
- Tudo parece calado,
- Tudo parece morto,
- Tudo parece parado.
- Um silêncio profundo...
E a melancolia se apossa do mundo!
Esbraveja assim um incauto sabichão
Murmurador!

Apoquentadíssimo, rápido refuta, então,
Um atento e sábio ancião trovador:
- Ah, que tolo engano...o teu,
Óh incauto sabichão murmurador!
E diz-lhe sem recato algum:
- No outono para que saibas
Há uma intensa trama de amantes
Tanto quanto o há na florida primavera...
Nele, no outono, a vida também pulsa vibrante
Tanto quanto se alvoroça contente
No verão iluminado e quente:
-Árvores se desnudam das folhas;;
-Ipês enfeitam de flores o seco chão;
- Sons de viola... pandeiro e zabumba
Há, em qualquer roda de samba;
-Mulheres e homens (quase ébrios)
Gargalham nos botecos e nos bares...
- Agora, mesmo, garanto, tem um tantão de mulheres
Parindo por ai afora!
Eis ai a continuidade da espécie garantida!
Eis ai motivos de sobra pra se poetizar tudo que há
Por esse mundão de meu Deus afora...
Quer no Verão, Inverno, Primavera ou,no enigmático,
Outono... Ora!

Pois, também, no enigmático, Outono
Musas e poetas polvilham o mundo inteirinho
Com muitos versos, lindas poesias e belos poemas.
Ah! E todos eles tecidos com muita delicadeza,
Bordados de bastante alegria ou paixões intensas
E de esperança repletos...
Óh, incauto sabichão... Murmurador!

Montes Claros (MG), 19-04-2012

RELMendes

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