Ah
Outono... Outono!
Aparentemente...
Uma
estação cinzenta
Ora
morna, ora fria,
Quase
sempre triste
Pura
melancolia...
Ah
parentemente...no Outono,
Aquieta-se
o mundo:
-
Tudo parece calado,
-
Tudo parece morto,
-
Tudo parece parado.
-
Um silêncio profundo...
E
a melancolia se apossa do mundo!
Esbraveja
assim um incauto sabichão
Murmurador!
Apoquentadíssimo,
rápido refuta, então,
Um
atento e sábio ancião trovador:
-
Ah, que tolo engano...o teu,
Óh
incauto sabichão murmurador!
E
diz-lhe sem recato algum:
-
No outono para que saibas
Há
uma intensa trama de amantes
Tanto
quanto o há na florida primavera...
Nele,
no outono, a vida também pulsa vibrante
Tanto
quanto se alvoroça contente
No
verão iluminado e quente:
-Árvores
se desnudam das folhas;;
-Ipês
enfeitam de flores o seco chão;
-
Sons de viola... pandeiro e zabumba
Há,
em qualquer roda de samba;
-Mulheres
e homens (quase ébrios)
Gargalham
nos botecos e nos bares...
-
Agora, mesmo, garanto, tem um tantão de mulheres
Parindo
por ai afora!
Eis
ai a continuidade da espécie garantida!
Eis
ai motivos de sobra pra se poetizar tudo que há
Por
esse mundão de meu Deus afora...
Quer
no Verão, Inverno, Primavera ou,no enigmático,
Outono...
Ora!
Pois,
também, no enigmático, Outono
Musas
e poetas polvilham o mundo inteirinho
Com
muitos versos, lindas poesias e belos poemas.
Ah!
E todos eles tecidos com muita delicadeza,
Bordados
de bastante alegria ou paixões intensas
E
de esperança repletos...
Óh,
incauto sabichão... Murmurador!
Montes
Claros (MG), 19-04-2012
RELMendes
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