-No
outono /ah/ as flores também podem vadiar/à beça/
Bem
ali/ em nossos portões/ soleiras/ e jardins encantadores/
- não obstante o vento outonal/
chacoalhar-lhes/ abusivamente/
suas
pétalas prestes a florirem/ para deleite de noss’alma inebriada -
Como
se elas/ as flores/fizessem as pazes com o seu pretérito/recente/
-
Até a pouco primaveril/que partira/ por monta da Natureza -
A
fim de não atrapalhem o maravilhoso florir/ do seu agora/ outonal...
-No
outono também/ todas as noites outonais/
As
flores vadiam/ à beça... E como vadiam!
Pois
sabedoras que são/ de seu efêmero viver/
Elas/
ah/ não guardam nunca seus lingeries chiques/
-
A espera de um momento outonal/ especial /para florirem -
Mas
sempre os usam/ sem avareza/ na orgia do agora//
Que
se lhes oferece /o dissimulado outono / ventador/
E
pouco interessa-lhes o que pensarão/ delas/ jamais/
Apenas
florescem lindamente/quer/ ao alvorecer /
Ou
à luz do luar...pouco lhes importa/ se é primavera/ ou não//
E
pronto!
-No
outono ainda/ as flores sempre se derramam/ aos montes/
Sobretudo
/ pelas ruas/ tapeteando-lhes de pétalas/ multicoloridas/;
Numa
verdadeira orgia/ de generosidade /gratuita/
Para
nós alertar/ quiçá/ o quão bom seria preservarmos
A
mãe natureza que...embora tão aviltada /por nós humanos/,
Ainda
insiste e persiste /em nos presentear..sobremaneira/,
-
No dia a dia outonal -
Com
sua inenarrável beleza... Desnuda!!
RELMendes
21/03/2017
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