Ah,sob a aba de meu chapéu
De esguelha espiei de um
tudo nesta vida:
- Estradas que não
conduziam-me a nada.
- Guerras quentes ou frias
entre potências
(mundiais)
- Golpes e ditaduras
malditas por aqui e alhures
- Mulheres faceiras que
não as tive.
Ainda que desse tudo que
sou para tê-las.
- Moçoilas manhosas que muito
desejei
Tê-las. Mas elas é que
tiveram-me!
(quiçá por conta da minha timidez.)
- Jovens esbanjando alegria
pelas madrugadas
Como fora o derradeiro dia
de suas vidas
-Homens - falantes-
metidos a besta
Embora ( com perdão da
palavra)
não fossem na realidade
nada além que
uns reles busticas a regurgitarem
ao léu
toda sorte de asneiras em
pleno sol a pino.
(Ara, ninguém merece isto
né?!)
-Crianças voluntariosas estrebuchando
De manha por um sorvete
colorê
Na rua. Êta que porre!
-Espiei até aquelas rosas
vermelhas
Avitrinadas no jardim da
minha juventude
As quais eu nunca hesitei
em roubá-las
(Não importasse a que hora
fosse)
Só pra ofertá-las a ti, ó
minha amada!
Ah, tenham por certo, de
um tudo eu vi
(nesta vida...)
Nem que fosse apenas
espiando
De esguelha!
RELMENDES – 14/09/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário