-MÃE
/quer biológica ou afetiva/pouco importa/
Quando
tem vocação maternal/de verdade/
É
/ sem sombras de dúvidas/
Um
pedaçinho de eternidade/em pessoa/
Que
se derrama /generosamente/ pela terra/e:
-
Faz-se menina /sapeca/pra alegrar o
mundo/
-
Faz-se moça/ namoradeira/cheia de amor
-
Faz-se/por fim/ útero canteiro/bem adubado/
Pra
acolher-nos em seu ventre/aconchegante/
-
Nossa toca primeira na vida... Ora! –
-
Pari-nos às dores/até quiçá/ aos berros!
Quem
sabe/ senão ela?
-Mas/ah/
logo ao despencarmos no procênio
Dessa vida/ totalmente/ abilolada/porém bela!
Ela/a
MÃE/ imediatamente/ rasga-se em sorrisos/de alegria/
-
Cobre-nos de beijinhos e cheirinhos/gostosos/à beça/
-
Faz-se alimento/ aos borbotões/pra nos amamentar/
-
Pois /desde o nascer /somos sempre uns famintos -
-
Alareira-se todinha pra nos aquecer da friagem/
Ou
aventania-se /aos extremos/pra nos proteger
De
quem quer que seja/ou de qualquer coisinha/à toa/
Que
ouse/ por desventura/ nos apoquentar/ de repente!
-Entretanto/
MÃE/esse pedacinho de eternidade/em pessoa/
Um
dia seguirá o curso do rio da partida que a levará rumo
À
lá de onde veio/novamente... É a lei da vida!
E
deixa-nos-á por aqui/ muito a contragosto dela/por decerto/
-
E a contragosto nosso também/sobretudo! -
Porém
/nossa MÃE/ essa pessoa amada/ deixará conosco aqui:
-
Muitas lembranças/inesquecíveis/que
gostamos de recordar/à beça/
-
Saudades /tantas/ de seus afagos/ acalentadores/pacas/
E
uma orfandade/ avassaladora/ que /na gente/ sempre
Plangerá
/a cântaros!
RELMendes
09/03/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário