De
esguelha/ sonhos /espiam-me.../
E
volteiam-me /de ilusões/ brincalhonas:
-
Enxotar o crepúsculo /decadente/
Para
que a noite se achegue / bem alcoviteira/
-
Acender as estrelinhas /do firmamento/
Para
enfeitar as asas das mariposas /solitárias/
-
Beber água de sereno /em taças de bromélias/ encantadas/
Para
embriagar-me de loucuras /de amor/
-
Espiar /sorrateiramente/ (com imensa inveja!)
As
carícias abusadas /dos namorados/
Pelos
desvãos /escuros /da madrugada enluarada/
-
Apagar o alvorecer /antes que a noite se espante/
E /sobretudo/
reter o tempo dos desfrutes da vida..
Ah!
E como se não bastasse/
Estou
sonhando /em desparafusar a lua/
E
surrupiar-lhe /o clarão do luar/
Para
clarear a alcova /enfeitada/de margaridas silvestres/
Em
que me lambuzo /de amor/ com a vizinha/
Lá
naquele terreno / baldio/da adolescência traquina.
Montes
Claros (MG), 03-06-2014
RELMendes
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