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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Minha dor eu não lhes conto jamais


A dor de cada um ah é de pertença
Só daquele que a transporta consigo n’alma!
A nossa dor d’alma não deve portanto
Se espraiar além de nós mesmos jamais
Vez que só nós a degustamos em plenitude...

-Porque os outros também no máximo só podem
Ouvi-la, mas jamais estarão verdadeiramente aptos
A palpitarem em hipótese alguma acerca das agruras
Que em nós bem escondidas pululam aos montes
Mesmo porque explicitá-la a outros sem pudor
É consentir chover fofocas a boca miúda
E isto que eu saiba não apraz nem a mim
Nem tampouco a ninguém!

RELMendes – 19/07/2018

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