Virgínia Lane, nome artístico de Virgínia Giaccone1 (Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1920
— Volta Redonda, 10 de fevereiro de 2014), foi uma atriz,
cantora e vedete brasileira.
Nasceu no bairro do Estácio, zona norte do Rio
de Janeiro. Em 1935, começou sua carreira como cantora no programa Garota
Bibelô, na rádio Mayrink Veiga, de César Ladeira. Sua estreia no elenco do
Cassino da Urca se deu em 1943, quando atuou como cantora e dançarina à frente
das orquestras de Carlos Machado, Tommy Dorsey e Benny Goodman.
Seu primeiro disco pela Continental foi
lançado, em 1946, com a marcha Maria Rosa, de Oscar Bellandi e Dias da Cruz, e
o samba Amei Demais, de Cyro de Souza e J.M. da Silva. Já em 1948, sob a
direção de Chianca de Garcia, apareceu como vedete na revista Um Milhão de
Mulheres, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Tornou-se então a vedete
mais famosa da Praça Tiradentes. Por 4 anos seguidos emplacou diversas revistas
em parceria com o produtor Walter Pinto. Durante a temporada de Seu Gegê
Virgínia Lane recebeu o título de “A Vedete do Brasil”, dado pelo Presidente
Getúlio Vargas.
No auge da febre do Teatro de Revista levou
para a televisão o formato do teatro de variedades com o programa Espetáculos
Tonelux, na TV Tupi carioca, dirigida por Mário Provenzano.
Virgínia fez sucesso também no cinema, em
diversos filmes na Cinédia e na Atlântida, como Laranja da China (1940), de Ruy
Costa, e Carnaval no Fogo (1949), de Watson Macedo. Participou de várias
comédias carnavalescas cantando seus sucessos e contracenando com Oscarito,
Grande Otelo e Zé Trindade.
Em 2005/2006 fez parte do elenco na novela
Belíssima, da TV Globo, ao lado de outras ex-vedetes, como Carmem Verônica,
Íris Bruzzi, Ester Tarcitano, Lady Hilda, Teresa Costello, Dorinha Duval,
Anilza Leoni, Rosinda Rosa, Lia Mara, entre outras.
Virgínia Lane participou de 37 filmes,
e chegou a montar sua própria companhia para levar o teatro de revista a diversas regiões do Brasil.
Segundo contou em algumas entrevistas,
Virgínia teve um relacionamento amoroso durante 10 anos com o ex-presidente Getúlio Vargas2 . Chegou a dizer que "a barriguinha dele
atrapalhava, mas que tudo se resolvia na horizontal".3
Morreu na tarde de 10 de fevereiro de 2014 de
falência
múltipla dos órgãos no CTI do Hospital São
Camilo, onde estava desde 6 de fevereiro, após a piora no quadro de infecção urinária,
causa da internação em 2 de fevereiro.4
Foi casada duas vezes, a primeira em 1952 com
Sérgio Kröeff e a segunda em 1970. Deixou uma única filha, do segundo
casamento, Marta Santana.
Trabalhos
no cinema
1935 Alô, Alô, Brasil - Vedete
1936 Alô, Alô, Carnaval -
Vedete
1939 Banana-da-Terra
1939 Está Tudo
Aí
1940 Céu azul
1940 Laranja-da-China
1941 Entra na
Farra
1943 Samba em
Berlim
1949 Carnaval
no Fogo - Dalva
1951 Anjo do
Lodo - Lúcia (Primeiro nú em um filme nacional) 5
1952 É Fogo na Roupa
1952 Está com
Tudo
1952 Tudo Azul
1955 Carnaval
em Marte
1956 Guerra ao
Samba - Tetê
1956 Tira a mão
daí!
1958 Vou Te
Contá
1959 Mulheres à
Vista - Gil
1959 Quem Roubou Meu Samba?
- Sônia
1960 O Viúvo
Alegre - Marah
1960 Vai que É Mole
1962 Bom Mesmo
É Carnaval
1975 Os
Pastores da Noite
1977 A Árvore
dos Sexos
1998 Vox Populi
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