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quarta-feira, 20 de março de 2013
Cantor Emílio Santiago morre aos 66 anos no Rio de Janeiro
O mundo da música brasileira amanhece de luto. Morreu nesta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro, o cantor Emilio Santiago. Ele estava internado desde o dia 7 de março depois de sofrer um acidente vascular cerebral. Ainda não há informações sobre o que exatamente causou a morte do cantor.
Emílio Vitalino Santiago deixa inúmeras músicas gravadas e sucessos na história da música brasileira. Ele tinha 66 anos. Carioca, cursou a faculdade de direito, mas a paixão pela música foi mais forte. Participou de vários programas de calouros e sempre chegava nas finais. Em 73, lançou o primeiro compacto e não parou mais.
Dono de uma voz inconfundível, Emílio Santiago lançou 30 álbuns. Durante os 43 anos de carreira, gravou vários sucessos da Música Popular Brasileira, como Saigon. Uma de suas últimas apresentações foi no programa ‘Encontro da Fátima Bernardes’, três dias antes de ser internado.
Frequentando a faculdade de Faculdade Nacional de Direito na década de 1970, onde formou-se por insistência dos pais, começou a cantar em festivais universitários nesta mesma década[1] e participou de um programa, chegando aos finais num programa de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi e trabalhou como crooner da orquestra de Ed Lincoln, além de muitas apresentações em boates e casas de espetáculos noturnas. Em 1973 lançou o primeiro compacto pela Polydor, com as canções Transa de amor e Saravá Nega, que ocasionou maiores participações em rádios e programas televisivos.[1]
O primeiro LP foi lançado pela CID em 1975, com canções esquecidas de compositores consagrados como Ivan Lins, João Donato, Jorge Benjor, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Marcos e Paulo Sérgio Valle, dentre outros. Transferiu-se no ano seguinte para a Philips/Polygram, permanecendo neste selo até 1984, pelo qual lançou dez álbuns - todos com pouca repercussão. Foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo em 1985, com a canção Elis Elis.[1]
O sucesso veio na verdade em 1988, quando lançou o LP Aquarela Brasileira pela Som Livre, um projeto especial de sete volumes, dedicado exclusivamente ao repertório de música brasileira; o projeto ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas. Nesta época, lançou também outros projetos especiais, como um tributo ao cantor Dick Farney (Perdido de amor, 1995) ou regravando clássicos do bolero hispânico (Dias de luna, 1996).[1]
Assinou com a Sony Music em 2000. O disco que marca a estreia na nova gravadora é Bossa Nova, que trouxe muitos clássicos do gênero e também rendeu um DVD. Prosseguiu com Um sorriso nos lábios (2001), um tributo a Gonzaguinha e outro ao compositor acreano João Donato em 2003.
O mais recente álbum foi O melhor das aquarelas ao vivo, onde reviu o repertório de música brasileira que gravou a partir do álbum Aquarela Brasileira (1988), e que entre os méritos conta ser o primeiro disco ao vivo de Emílio e o segundo DVD da carreira, após Bossa nova.
Tentava recuperar-se de um AVC que o acometeu no dia 7 de março de 2013, porém o quadro de saúde agravou-se, e dia 20 de março de 2013 o cantor faleceu aos 66 anos no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. A causa da morte e o horário não foram informados pela assessoria do hospital.
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