Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Gal Costa

Maria da Graça Costa Penna Burgos, mais conhecida como Gal Costa, (Salvador, 26 de setembro de 1945) é uma cantora brasileira.
Gal Costa é filha de Mariah Costa Pena, sua grande incentivadora, falecida em 1993, e de Arnaldo Burgos. [2]Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. Gal jamais conheceu o seu pai, que faleceu quando ela tinha por volta de 15 anos. Por volta de 1955 se torna amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andreia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente. Em 1959 ouve pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais) no rádio; João também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos. Em 1963 é apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir uma grande amizade e profunda admiração mútua que perdura até hoje.
Em meados dos anos 90 Gal mudou oficialmente o seu nome de Maria da Graça Costa Penna Burgos para Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa.
Gal estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo Nós, por exemplo (22 de agosto de 1964), que inaugurou oTeatro Vila Velha, em Salvador. Nesse mesmo ano participou de Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, no mesmo local e com os mesmos parceiros. Deixa Salvador para viver na casa da prima Nívea, no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia, que havia estourado como cantora no espetáculo Opinião.
A primeira gravação em disco se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): o duo Sol Negro (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções Eu vim da Bahia, de Gil, e Sim, foi você, de Caetano - ambos lançados pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG) - gravadora à qual Gal retornaria em 1984, com o álbum Profana. No fim do ano conhece João Gilberto pessoalmente.
Participou do I Festival Internacional da Canção, em 1966, interpretando a canção Minha senhora (Gilberto Gil e Torquato Neto), que não emplacou.
O primeiro LP foi lançado em 1967, ao lado do também estreante Caetano Veloso, Domingo, pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram(atualmente Universal Music), permanecendo neste selo até 1983. Desse disco fez grande sucesso a canção "Coração vagabundo", de Caetano Veloso. Participou também do III Festival de Música Popular Brasileira defendendo as canções Bom dia (Gilberto Gil/Nana Caymmi) e Dadá Maria (Renato Teixeira), esta última em dueto com o Sílvio César no Festival e com Renato Teixeira na gravação.
Em 1968 participou do disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968), com as canções Mamãe coragem (Caetano Veloso e Torquato Neto), Parque industrial (Tom Zé) e Enquanto seu lobo não vem (Caetano Veloso), além de Baby (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico. No mesmo ano participa do III Festival Internacional da Canção (TV Globo), defendendo a canção Gabriela Mais Bela, (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). Em novembro participa do IV Festival da Record defendendo a canção Divino maravilhoso (Caetano e Gil).
Lançou o primeiro disco solo, Gal Costa (1969), que além de "Baby" e "Divino maravilhoso" traz "Que pena (Ele já não gosta mais de mim)" (Jorge Benjor) e "Não identificado" (Caetano Veloso), todas grandes sucessos. No mesmo ano gravou o segundo disco solo, "Gal", que traz os hits "Meu nome é Gal" (Roberto e Erasmo Carlos) e "Cinema Olympia" (Caetano Veloso), desse disco gerou o espetáculo Gal!.
Em 1970 viaja para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura militar, e dessa viagem traz algumas músicas incluídas em seu disco seguinte, "Legal". Do repertório desse trabalho fizeram grande sucesso as músicas "London London" (Caetano Veloso) e "Falsa baiana" (Geraldo Pereira).
Em 1971 grava um compacto duplo importantíssimo em sua carreira, onde estão os grandes sucessos "Sua estupidez" (Roberto e Erasmo Carlos) e "Você não entende nada" (Caetano Veloso). Nesse mesmo ano realiza um dos shows mais importantes da música brasileira, "Fa-Tal", dirigido por Waly Salomão e que gravado ao vivo gerou o disco que até hoje é considerado por muitos críticos como o mais importante de sua carreira, o "Fa-Tal / Gal a Todo Vapor", que traz grandes sucessos como "Vapor barato" (Jards Macalé - Waly Salomão), "Como 2 e 2" (Caetano Veloso) e "Pérola negra" (Luiz Melodia).
Em 1973 grava o disco "Índia", que traz os sucessos "Índia" (J. A. Flores - M. O. Guerreiro - versão José Fortuna) e "Volta" (Lupicínio Rodrigues), e desse disco faz outro show muito bem sucedido, também dirigido por Waly Salomão, "Índia". Nesse nesmo ano participa do Festival Phono 73, que gerou três discos, onde Gal gravou com sucesso as músicas "Trem das onze" (Adoniran Barbosa) e "Oração de Mãe Menininha" (Dorival Caymmi), em dueto com Maria Bethânia.
Em 1974 Gal grava o disco "Cantar", dirigido por Caetano Veloso, que traz os sucessos "Barato total" (Gilberto Gil), "Flor de maracujá" e "Até quem sabe" (ambas de João Donato e Lysia Enio) e "A rã" (João Donato e Caetano Veloso). Desse disco gerou o show "Cantar", que não foi bem recebido pelo público de Gal, por se tratar de um disco muito suave, contrastando com a imagem forte que a cantora criara a partir do movimento tropicalista.
Em 1975 Gal faz imenso sucesso ao gravar para a abertura da telenovela da Rede Globo "Gabriela" a canção "Modinha para Gabriela" (Dorival Caymmi). Desse ano também é o sucesso "Teco teco" (Pereira da Costa - Milton Vilela), lançada em compacto. O grande sucesso da canção de Caymmi motivou a gravação do disco "Gal Canta Caymmi", lançado em 1976, que traz os hits "Só louco", "Vatapá", "São Salvador" e "Dois de fevereiro", todas de Dorival Caymmi.
Nesse mesmo ano, ao lado dos colegas Gilberto Gil, Caetano e Maria Bethânia, participa do show "Doces Bárbaros", nome do grupo batizado e idealizado por Bethânia, espetáculo que rodou o Brasil e gerou o disco Doces Bárbaros. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 70 e, ao longo dos anos, foi tema de filme, DVD, enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994 com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, já comandaram trio elétrico nocarnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana e uma apresentação para a Rainha da Inglaterra. Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras.
Em 1977 Gal lança o disco "Caras & Bocas", que traz os sucessos "Tigresa" (Caetano Veloso) e "Negro amor (It's all over now, baby blue)". Desse disco gerou-se o show "Com a Boca no Mundo".
Em 1978 Gal lança aquele que seria o primeiro disco de ouro de sua carreira, "Água Viva", que trouxe os sucessos "Folhetim" (Chico Buarque), "Olhos verdes" (Vicente Paiva) e "Paula e Bebeto" (Milton Nascimento - Caetano Veloso). Desse disco surgiu o espetáculo "Gal Tropical", onde Gal Costa deu uma virada em sua carreira, mudando drasticamente de imagem, passando de musa hippie para uma cantora mais madura. O show "Gal Tropical" foi um imenso sucesso de público e crítica, e gerou o disco "Gal Tropical", em que Gal cantou alguns dos maiores sucessos de sua carreira, como "Balancê" (João de Barro - Alberto Ribeiro), "Força estranha" (Caetano Veloso), "Noites cariocas" (Jacob do Bandolim - Hermínio Bello de Carvalho), além das regravações dos grandes sucessos "Índia" e "Meu nome é Gal".
Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Gal Costa participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Gal Costa, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.
Em 1980 Gal gravou o disco "Aquarela do Brasil", focado na obra do compositor Ary Barroso, e que trouxe hits como "É luxo só" (Ary Barroso - Luiz Peixoto), "Aquarela do Brasil", "Na Baixa do Sapateiro", "Camisa amarela" e "No tabuleiro da baiana" (todas de Ary Barroso).
Em 1981 Gal estreou o show "Fantasia", um grande fracasso de crítica, mas que gerou um dos mais bem sucedidos discos de sua carreira, tanto de público quanto de crítica, o premiado "Fantasia", que trouxe vários sucessos, como "Meu bem meu mal", "Massa real" (ambas de Caetano Veloso), "Açaí", "Faltando um pedaço" (ambas de Djavan), "O amor" (Caetano Veloso - Ney Costa Santos - Vladmir Maiakovski), "Canta Brasil" (David Nasser - Alcir Pires Vermelho) e "Festa do interior" (Moraes Moreira - Abel Silva). Com o grande sucesso do disco, Gal convidou Waly Salomão para dirigir o show "Festa do Interior" que a redimiu do grande fracasso do show "Fantasia".
Em 1982 Gal gravou outro disco de sucesso, "Minha Voz", em que se destacaram as gravações de "Azul" (Djavan), "Dom de iludir", "Luz do sol" (ambas de Caetano Veloso), "Bloco do prazer" (Moraes Moreira - Fausto Nilo), "Verbos do amor" (João Donato e Abel Silva) e "Pegando fogo" (Francisco Mattoso - José Maria de Abreu).
Em 1983 Gal grava outro disco bem sucedido comercialmente, "Baby Gal", que também se tornou um show, e que trouxe os sucessos "Eternamente" (Tunai - Sérgio Natureza - Liliane), "Mil perdões" (Chico Buarque), "Rumba louca" (Moacyr Albuquerque - Tavinho Paes), além da regravação de "Baby".
Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Gal Costa integrou o grupo seleto de artistas da MPB que viajaram pelo país apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais, para uma platéia de mais de 200 mil pessoas, em quase 200 apresentações. Gal Costa interpretou a cançãoA História de Lili Braun, musicado pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.
Em 1984 Gal deixa a gravadora Philips e assina contrato com a RCA, onde grava o disco "Profana", que traz os hits "Chuva de prata" (Ed Wilson - Ronaldo Bastos), "Nada mais (Lately)" (Stevie Wonder - versão: Ronaldo Bastos), "Atrás da Luminosidade" (tema do Programa de Domingo da Rede Manchete) e "Vaca profana" (Caetano Veloso).
Em 1985 grava o disco "Bem Bom", com os sucessos "Sorte" (Celso Fonseca - Ronaldo Bastos), cantada em dueto com Caetano Veloso, e "Um dia De Domingo" (Michael Sullivan - Paulo Massadas), em dueto com Tim Maia.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes numa criação coletiva, surgiu o compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Em atitude que surpreendeu muitos dos fãs, em fevereiro deste mesmo ano, posou nua para a edição 127 da extinta revista Status, poucos meses antes de completar quarenta anos.
Lançou em 1987 o disco e o espetáculo Lua de Mel Como o Diabo Gosta, um fracasso de crítica, mas que trouxe mais alguns sucessos à carreira da cantora: "Lua de mel" (Lulu Santos), "Me faz bem" (Mílton Nascimento - Fernando Brant) e "Viver e reviver (Here, there, and everywhere)" (Lennon - McCartney - versão: Fausto Nilo).
Em 1988 Gal grava com grande sucesso a música "Brasil" (Cazuza - Nilo Romero - George Israel) para a abertura da novela da Rede Glovo "Vale tudo".
Em 1990 gravou o disco "Plural", que traz os sucessos de "Alguém me disse" (Jair Amorim - Evaldo Gouveia), "Nua idéia" (João Donato - Caetano Veloso) e "Cabelo" (Jorge Benjor - Arnaldo antunes).
Em 1992 lança o disco "Gal", com repertório em boa parte extraído do show "Plural", e do qual fez sucesso a música "Caminhos cruzados" (Tom Jobim - Newton Mendonça).
Em 1994, reuniu-se com Gil, Caetano e Bethânia, na quadra da escola de samba Mangueira, para o show "Doces Bárbaros na Mangueira", que comemorou os 18 anos dos Doces Bárbaros.
Em 1994 Gal lançou o premiado disco "O sorriso do gato de Alice", produzido por Arto Lindsay, com o sucesso "Nuvem negra" (Djavan). Desse disco gerou-se o show de mesmo nome, com direção de Gerald Thomas, que causou polêmica por Gal cantar a música "Brasil" com os seios nus.
Em 1995, lançou "Mina d'água do meu canto", trazendo apenas composições de Chico Buarque e Caetano Veloso, e do qual fez sucesso a música "Futuros amantes" (Chico Buarque).
Em 1997, gravou o CD "Acústico MTV", sucesso de vendas, no qual cantou vários sucessos de sua carreira e lançou com sucesso uma nova versão de "Lanterna dos Afogados", cantando ao lado do autor da canção, Herbert Vianna.
Em 1998 gravou o CD "Aquele frevo axé", com o hit "Imunização racional (Que beleza)" (Tim Maia).
Em 1999, lançou um disco duplo ao vivo "Gal Costa Canta Tom Jobim Ao Vivo", realizando o projeto do maestro, que era fazer um disco com a cantora, embora sozinha.
Em 2001, gravou o CD "Gal de tantos amores", contendo a música "Caminhos do mar" (Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Dudu Falcão). Nesse mesmo ano, foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall (única cantora brasileira a participar do Hall), após participar do show "40 anos de Bossa Nova", em homenagem a Tom Jobim, ao lado de César Camargo Mariano e outros artistas.
Em 2002, lançou o CD "Bossa Tropical", no qual registrou a faixa "Socorro" (Alice Ruiz e Arnaldo Antunes), sucesso originalmente gravado pela cantora Cássia Eller.
Em 2003 lançou o CD "Todas as coisas e eu", contendo clássicos da MPB, como "Nossos momentos" (Haroldo Barbosa - Luis Reis), que fez sucesso.
Em 2005, lançou pela gravadora Trama o CD "Hoje", produzido por César Camargo Mariano, onde Gal reuniu várias canções novas de compositores pouco conhecidos do grande público, tendo se destacado "Mar e sol" (Carlos Rennó e Lokua Kanza).
Em 2006 realiza temporada na casa de shows Blue Note, em Nova York, espetáculo que é gravado e lançado em setembro no CD "Gal Costa Live At The Blue Note", lançado originalmente nos Estados Unidos e Japão e somente em 2007 no Brasil. Ainda em 2006 lança pela gravadora Trama o CD e DVD "Gal Costa Ao Vivo", gravados durante a temporada do show "Hoje".
Em 2009, Reclusa nos últimos anos para se dedicar ao filho que adotou, Gal Costa vai voltar aos palcos como convidada de Dionne Warwick em show que estreia no Rio de Janeiro (em 7 de maio, na casa Vivo Rio), passa por Curitiba (em 8 de maio, no Teatro Positivo), chega a São Paulo (em 9 de maio, na casa HSBC Brasil) e sai de cena em Porto Alegre (em 12 de maio, no Teatro do Sesi). Aquarela do Brasil - o samba-exaltação de Ary Barroso que deu título a discos lançados tanto por Gal (em 1980) como por Dionne (em 1995) - é um dos duetos previstos no show. A cantora vai estar presente no DVD do cantor baianoRicardo Chaves, seu primo, fazendo participação na canção Sorriso Lindo.

Discografia

RCA
 Maria da Graça (Compacto) (1965)
Universal Music/Polygram/Philips
 Domingo (com Caetano Veloso) (1967)
 Gal Costa (1969)
 Gal (1969)
 Legal (1970)
 Fa-Tal - Gal a Todo Vapor - ao vivo (1971)
 Índia (1973)
 Temporada de Verão - Ao Vivo na Bahia (com Caetano Veloso e Gilberto Gil) (1974)
 Cantar (1974)
 Gal Canta Caymmi (1976)
 Doces Bárbaros - ao vivo (com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia) (1976)
 Caras e Bocas (1977)
 Água Viva (1978)
 Gal Tropical (1979)
 Aquarela do Brasil (1980)
 Fantasia (1981)
 Minha Voz (1982)
 Baby Gal (1983)
 Recanto (2011)
Sony BMG/BMG/RCA
 Profana (1984)
 Bem Bom (1985)
 Lua de Mel Como o Diabo Gosta (1987)
 Plural (1990)
 Gal (1992)
 O Sorriso do Gato de Alice (1993)
 Mina d'Água do Meu Canto (1995)
 Acústico MTV - ao vivo (1997)
 Aquele Frevo Axé (1998)
 Gal Costa Canta Tom Jobim Ao Vivo (1999)
 Gal de Tantos Amores (2001)
Abril Music
 Bossa Tropical (2002)
Indie Records
 Todas as Coisas e Eu (2003)
Trama
 Hoje (álbum) (2005)
 Gal Costa Live At The Blue Note (2006)
 Gal Costa Ao Vivo (2006)

DVD

 Acústico MTV 1997
 Gal Costa Canta Tom Jobim Ao Vivo 2000
 Outros (Doces) Bárbaros 2004
 Ensaio 2005
 Roda Viva 2005
 Gal Costa Ao Vivo 2006

Participações

Em álbuns de outros artistas
 Circuladô, Caetano Veloso, O Cu Do Mundo
 20 Anos, Convida Boca Livre, Ponta de Areia
 Joyce Joyce, Mistérios
 Rita Lee, Bossa N'Roll ao Vivo, Rita Lee, Mania de Você
 Duetos com Mestre Lua, Luiz Gonzaga, Forró Nº 1
 Tom Jobim e Convidados, Tom Jobim, Tema de amor por Gabriela
 O Melhor de Mercedes Sosa, Mercedes Sosa, Volver a Los 17
 Maria Bethânia, Maria Bethânia, Oração de Mãe Menininha
 Acústico e Ao Vivo, Vários, Flor da pele (Pot-pourri)
 Maria Bethânia - Novo Millennium, Maria Bethânia, Sonho Meu
 Maria Bethânia - Novo Millennium, Maria Bethânia, Oração de Mãe Menininha
 Essas Parcerias, Francis Hime, Um Dueto
 Bethânia Revisitada, Maria Bethânia, Sonho meu
 Milton Nascimento Ao Vivo, Solar e Um Gosto de Sol
Em DVD de outros artistas
 Carnaval, Balancê
 Carnaval, Pegando fogo
 Phono 73 - O Canto De Um Povo, Oração de Mãe Menininha
 Phono 73 - O Canto De Um Povo, Sebastiana
 Phono 73 - O Canto De Um Povo, Trem das onze
 Phono 73 - O Canto De Um Povo, Sebastiana
 Phono 73 - O Canto De Um Povo, Orações de Mãe Bethânia
 Show Viva Brasil em Paris, Garota de Ipanema
 Show Viva Brasil em Paris, Falsa Baiana
[editar]Televisão
Participação em especiais de TV
 Mulher 80 - Globo'79
 Maria da Graça Costa Pena Burgos - Globo
 Programa do Faustão Rede Globo - 98
 Gal e Caetano no Metropolitan RJ - Multishow
 SBT Repórter comemorativo dos 50 anos
 Noite de Reveillon / 96 -
 Projeto Atlântico - RTP1
 Índia / 1973 - Rede Bandeirantes
 Gal - Rede Manchete / 1994
 Baby Gal- Rede Globo
 Gal canta Tom Jobim - Direct TV (nov/1999)

Tourneés

 Caras e Bocas (1977)
 Gal Tropical (1979 - 1980)
 Fantasia (1981)
 Festa do Interior (1982)
 Baby Gal (1983 - 1984)
 Profana (1984 - 1985
 Lua de Mel Como o Diabo Gosta (1988)
 Plural (1990 - 1991)
 O Sorriso do Gato de Alice (1994)
 Mina D'Água do Teu Canto (1995)
 Acústico MTV (1997 - 1998)
 Aquele Freveo Axé (1998 - 1999)
 Todas as Coisas e Eu (2004)
 Hoje (2005)
[editar]Canções em trilhas sonoras de novelas, minisséries e seriados
 Eternamente (Escrito nas Estrelas)
 Ruas de outono (Paraíso Tropical)
 Solidão (O Dono do Mundo)
 Desafinado (Bambolê)
 Brasil (Vale Tudo)
 Jovens tardes de domingo (Zazá)
 Pra você (Torre de Babel)
 Caminhos do mar (Porto dos Milagres)
 Dono dos teus olhos (Senhora do Destino)
 Mar e sol (Viver a Vida e Prova de Amor)
 Nossos momentos (Celebridade)
 Noites cariocas - minhas noites sem sono (Água Viva)
 Chuva de prata (Um Sonho a Mais)
 Viver e reviver (Bebê a Bordo)
 Alguém me disse (Tieta)
 Nua idéia (Rainha da Sucata)
 Caminhos cruzados (Mulheres de Areia e O Profeta)
 De amor eu morrerei (Os Inocentes)
 De fogo, luz e paixão - com Marcelo (Pecado Rasgado)
 Um dueto - com Francis Hime (Vereda Tropical)
 Simples carinho (Negócio da China)
 Coisa mais linda (Belíssima)
 Só louco (O Casarão e O Quinto dos Infernos)
 Tigresa (Espelho Mágico)
 Todo beijo - com Marcelo (As Pupilas do Senhor Reitor e Éramos Seis)
 Canta Brasil (Deus nos Acuda)
 Modinha para Gabriela (Gabriela)
 E daí - Proibição inútil e ilegal (Ciranda de Pedra)
 Me faz bem (Fera Radical)
 Linda flor (Alma Gêmea)
 Futuros amantes (História de Amor)
 Baby - com Caetano Veloso (Anos Rebeldes e Ninho da Serpente)
 Alguém que olhe por mim - com Cauby Peixoto (A Próxima Vítima (telenovela))
 Qual é baiana (Como salvar meu casamento)
 Samba do avião (Amor e Intrigas)
 O amor em paz (Mulheres Apaixonadas)
 Mercedita (A Casa das Sete Mulheres)
 Meu bem meu mal (Brilhante e Queridos Amigos)
 Errática (Pátria Minha)
 Solitude (Dancin'Days e João Brasileiro, o Bom Baiano)
 Dom de iludir (Louco Amor)
 Eu acredito (Barriga de Aluguel)
 Pra machucar meu coração (Eterna Magia)
 Coração vagabundo - com Caetano Veloso (Gina e A Revolta dos Anjos)
 Verbos do amor (Final Feliz)
 Roda baiana (Terras do Sem Fim)
 Nada mais (Corpo a Corpo)
 Sábado em Copacabana / Copacabana (JK)
 Paula e Bebeto (Malu Mulher)
 Força estranha (Os Gigantes)
 Epitáfio (Jamais te Esquecerei)
 Inquietação (Fascinação)
 Beguin the beguine (Os ricos também choram)
 Bloco do prazer (Campeão)
 Folhetim (Cara a Cara)
 Lindeza (A Idade da Loba e Antônio Alves, o Taxista)
 Luz do sol (Sabor de Mel)
 As time goes by (Metamorphoses)
 Pérola negra (Tempo de Viver)
 Dez anos (Ciranda de Pedra e Dinheiro Vivo)
 O amor (Anjo de Mim)
 Jogada pelo mundo (O amor é nosso)
 Baby (Transas e Caretas)
 Sexo e luz (Bicho do Mato)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PAULO FREIRE VILOEIRO

 
Aprendi a tocar viola no sertão do Urucuia, Minas Gerais. Larguei a Faculdade de Jornalismo em 1977 e, depois de ler o livro "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, fui embora para o Urucuia, querendo saber qual era o som desse grande sertão.
Antes disso, já tocava violão e guitarra. Estudei no CLAM, escola dirigida pelo Zimbo Trio.
Morei dois anos no Urucuia, em um povoado chamado Porto de Manga. A três quilômetros dali (meia légua), na Taboca, conheci Manoel de Oliveira, seu Manelim, grande violeiro, que passou a ser meu mestre.
seu ManelimConvivi com seu Manelim e família, passei algumas temporadas em sua casa. Durante o dia trabalhava em sua roça, e à noite me ensinava viola. Nesta época mexemos com plantio de arroz na vazante. Claro que tive muito mais benefício com o que me ensinou, do que seu Manoel com meu serviço de roça. Nunca havia encostado em uma enxada, mas me esforcei bastante trabalhando a terra. O entardecer tocando viola no terreiro, acordar no inverno e ir para uma fogueira improvisada junto com seus filhos enquanto dona Vicentina preparava o café com biju, ou ficar olhando a roça e deixar o pensamento correr, calaram fundo em minha alma violeira.
Volto regularmente para o Urucuia e, para minha grande honra, sou chamado a fazer parte das Folias de Reis, uma experiência fundamental para quem quer ser violeiro.
Em 1980 voltei para São Paulo e não conseguia colocar em música toda essa experiência. Continuei os estudos, tendo aula de violão clássico com Henrique Pinto. Sou fã do Henrique, ele teve tanta paciência comigo... e me ensinou muito também sobre a viola.
Nesta época integrei o grupo de teatro VENTO FORTE, na primeira montagem em São Paulo de Histórias de Lenços e Ventos, de Ilo Krugli, que ganhou os prêmios MAMBEMBE e A.P.C.A. de melhores petáculo infantil do ano.
Com o Vento Forte fiz uma excursão pela Europa. Não posso ver uma novidade... em seguida mudei para Paris. Estudei violão clássico com o mestre uruguaio Betho Davesaky, ganhei até uma medalha no "Concours des Classes Supérieurs de Paris".
Um dia, Betho me pediu para tocar viola. E foi direto: "Te dou aula de violão, mas o teu instrumento é a viola!" Ainda levei alguns anos para perceber que ele estava certo.
Paralelamente aos estudos, excursionei pela Europa e Norte da África com grupos de música brasileira. Tocava samba e as mulatas dançavam. Na verdade, foram dois anos e meio em que me diverti muito.
A viola foi ganhando espaço. De volta ao Brasil fiz trilhas para episódios de séries da TV Globo, como Malu Mulher e Obrigado Doutor. Toquei as violas e participei da composição da trilha da minissérie Grande Sertão: Veredas, também da TV Globo.
Compus trilhas especiais para o programa GLOBO RURAL. As matérias que musiquei: Escola de Peão e O Umbu, ganharam os prêmios WLADIMIR HERZOG e FEBRABAN, respectivamente.
Realizei uma turnê de viola-solo pela Europa, apresentando-me em festivais de World Music da Bélgica e Holanda, em 1995.
Eu Nasci Naquela SerraNa década de 90 lancei três livros, os romances: CANTO DOS PASSOS (1988) e ZÉ QUINHA E ZÉ CÃO, vai ouvindo...(1993), pela editora Guanabara e a biografia EU NASCI NAQUELA SERRA(1996), sobre os compositores paulistas Angelino de Oliveira, Raul Torres e Serrinha, lançado pela editora Paulicéia. Narrando a vida destes grandes compositores (autores de "Tristezas do Jeca", "Saudades de Matão", "Cabocla Tereza", "Chitãozinho e Xororó", entre muitas outras), é contada a história da música caipira, até a transformação desta no gênero sertanejo.
Sou colaborador da revista CAROS AMIGOS.
Tive minha primeira e última experiência em jornalismo diário como redator e repórter do jornal NOTÍCIAS POPULARES, em São Paulo, atuando na área de Variedades. É um tipo de trabalho que te afasta da viola.
Swami Júnior é meu parceiro. Temos algumas músicas, entre elas: "BOM DIA", gravada por Zizi Possi e Virgínia Rosa.
Rio AbaixoGravei meu primeiro CD solo, “Rio Abaixo – viola brasileira”, independente, que recebeu o PRÊMIO SHARP, de reve lação instrumental, em 1995/96.
O segundo CD foi “São Gonçalo”, pela Pau Brasil, em 1998. Este CD está esgotado e eu não sei quando será relançado...
Dupla PersonalidadeWandi Doratiotto e eu temos um duo, a "Dupla Personalidade", já fizemos shows em um tanto de lugar. Trabalhar com o Wandi é diversão garantida!
Fui integrante da Orquestra Popular de Câmera, que teve seu primeiro CD lançado em dezembro de 1998. Este CD recebeu o prêmio Movimento, como melhor disco do ano.
Não gosto de estúdio, mas acabei produzindo o CD "Feito na Roça", da Orquestra de Viola Caipira de São José dos Campos, e o CD "Ana Salvagni", desta cantora.
Andei participando de discos de diferentes artistas brasileiros, como: Arnaldo Antunes, Luiz Tatit, Maurício Pereira, Mônica Salmaso, Titi Walter, Pereira da Viola, Bráz da Viola, Passoca, Fábio Tagliaferri, Chico Salem, Hélio Sziskind, Carlos Careqa, Cambanda, além de participar do projeto Violeiros do Brasil.
Em 1999, entrei para o grupo ANIMA. Gravamos o CD "Especiarias", e fizemos shows pelo Brasil e Estados Unidos. O grupo recebeu o prêmio Carlos Gomes de melhor grupo de câmara de 2000.
O livro e CD "Lambe-Lambe" veio amadurecendo com o tempo, até que ficou pronto em julho de 2.000, pela Editora Casa Amarela. São retratos em forma de causos de pessoas que admiro: sertanejos, criadores de saci, poeta-jardineiro, São Gonçalo, capeta etc. O CD é a versão tocada dos causos escritos.
Dividi com o amigo violeiro Roberto Corrêa uma coluna na revista Globo Rural, contando causos, falando sobre viola e o sertão, de 2000 até 2002.
Em 1999 nasceu minha filha, a Laura, e, em 2001, meu filho, o Augusto. Sem dúvida alguma o que tem de melhor na vida é cuidar dos meninos.
Ah, a mãe dos meninos, minha esposa, é a cantora e regente Ana Salvagni. Tenho certeza que só por causa dela é que os meninos nasceram tão bonitos assim.
O instituto Itaú Cultural lançou em 2.001 uma série de CDs gravados ao vivo, chamada "Rumos Musicais". Tem uma participação minha com o violonista Paulo Porto Alegre.
Fizemos uma versão do "Mosquitão", e um movimento de uma sonata que o Paulo dedicou a mim: a "Sonata para viola caipira e violão". Quanta honra! Agora estamos querendo gravar este trabalho na íntegra.
Fiz uma versão do Boi da Cara Preta para a coletânea “Papa's Lullaby”, do selo americano Ellipsis Arts. Chique, né? São canções de ninar de vários países, na versão dos pais. Ô servicinho bom, foi só pensar na criançada e pegar na violinha. Aí chamei o violonista, compositor e também cantor Zé Esmerindo para fazer o vocal. O diretor artístico do selo sugeriu que eu cantasse, além de tocar viola. Achei bem melhor que fosse o Zé, porque minha voz ali no disco em vez de ninar ia acordar a criançada do mundo todo. O CD ganhou o prêmio Silver Parentes Choice, nos Estados Unidos.
Excursionei com os violeiros Roberto Corrêa e Badia Medeiros em 2002, pelo projeto Sonora Brasil. Foram 36 cidades de oito estados brasileiros. Quando o Roberto me convidou, fiquei meio cismado. Afinal ficar longe de casa quase dois meses, sabia que iria ser muito duro, com os filhos pequenos e tal, ai ai ai. Claro que morri de saudades, mas por outro lado gostei demais! Conhecer o Brasil, ver o tanto de arte sendo produzida em nosso país, com tamanha qualidade, poder mostrar nossa violinha do Oiapoque ao Chuí, foi uma maravilha. E mais, segundo o Badia, neste encontro foi colocada a amizade de nós três dentro de um cofre e depois jogamos a chave fora, pois realmente estamos completamente juntos.
Desta viagem rendeu o CD "Esbrangente", lançado em abril de 2003. Fizemos mais um tanto de shows pelo Brasil. E agora estamos finalizando um DVD.
Gravei as violas para o filme "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues. No CD que a Sony lançou com a trilha do filme, estranhamente aparece na faixa "Melodia Sentimental", que gravei junto com o Siba (viola e rabeca), o seguinte crédito para os intérpretes: Instrumental. Para quem produziu este encarte na dita gravadora parece que não tem ninguém atrás dos instrumentos.
Escrevi o ensaio A Música dos causos, para o livro “Literatura e Música”, lançado pela Editora Senac.
Baú de HistóriasNos anos de 2003, 2004 e 2005 participei de um projeto muito importante, o “Baú de Histórias”, do SESC Santa Catarina. Gente, eles têm um trabalho de formação de contadores de história, com oficinas, encontros e espetáculos rodando o Estado. É acreditar na força da tradição oral, contada de pai para filho, através dos tempos, com a força que esse movimento gera.
Em 2003 lancei o CD "Brincadeira de Viola". Desde que a Ana ficou grávida, pude ir mergulhando no universo da criança, do tempo que eu era menino até chegar à contação de causos no quarto da garotada. Como vou explicar o que acontece dentro da gente? Nem precisa, né? Eu sei que vocês entendem. Fui brincando com a viola, ponteando as músicas que povoam nossa infância, tanto na capital como nos sertões e pronto. Convidei um tanto de amigo para participar da gravação do CD, dá só uma olhada aqui no site mesmo. Brincadeira de Viola foi lançado no belíssimo teatro Politheama, em Jundiaí, no dia 11 de outubro. Foi uma grande alegria.
Ainda neste ano de 2003 fizemos o CD "Vai Ouvindo" - junto com meu amigo de fé e irmão camarada Adriano Busko, na percussão e vocal, e meu irmão camarada e amigo de fé Tuco Freire, no baixo elétrico e acústico. O repertório foi sendo montado em nossos shows e conversas. Resolvi colocar as violas turbinadas em algumas faixas. Ouvi muito Jimi Hendrix e fiz um bombardeio em Canudos, repetindo o que ele havia feito com o hino americano bombardeando o Vietnã. Claro que gravamos um “quatro”, uma folia de Bom Jesus, mas acabou aparecendo o rap "Andei, Andei", inspirado em um livro do Sinval Medina; ah, tem a incrível história dos gêmeos Pedro e Paulo, além de Round Midnight, com viola de cocho e baixo acústico. Só ouvindo.
Em 2004 fui convidado pela Orquestra Sinfônica de Campinas, junto com o violeiro Ivan Vilela, para 2 apresentações de viola e orquestra. Os arranjos de nossas composições e clássicos da música caipira foram de Renato Keffi (lindos!) e a regência do maestro Cláudio Cruz. Depois de um certo nervosismo de ver a viola junto com aquele mundo de instrumento, foi bem emocionante tocar com a orquestra.
Vida de ArtistaEm 2004 e 2005 produzi, junto com meu irmão Tuco, o CD “Vida de Artista”, de nosso pai, Roberto Freire. Chamamos os amigos para participar e foi uma alegria. O amor com que todos participaram do projeto, nos fez apostar ainda mais em sua beleza.
Na mesma época acompanhei a gravação do novo CD da Ana Salvagni: “Avarandado”. Fiz alguns arranjos e toquei a violinha. E mais, enquanto a Ana gravava, fiquei correndo atrás dos meninos. A Ana produziu e cercou-se de grandes músicos (fora o violeiro mais ou menos), e o CD ficou lindo.
Meu amigo Roberto Moreno jogou a isca e eu caí direitinho. Convidou-me para escrever um blog no UOL. No começo fiquei desconfiado desse tar de brógui, mas depois achei bão demais. Dá só uma olhada: paulofreireblog.zip.net
Junto ao inseparável Roberto Corrêa, fizemos a consultoria para o livro "Viola Instrumental Brasileira", de Andréa Carneiro de Souza, com partituras e CD dos mestres violeiros do Brasil. A Andréa viajou o Brasil inteiro, gravou os mestres com seus toques ancestrais, aí fizemos a seleção que resultou neste trabalho fundamental. É material de estudo e fonte de muitas belezas.
Em 2006 fui convidado pelo programa “Globo Rural” para participar da série “Tropeiros”. Cheguei lá com a violinha e foram me dizendo: “pode guardar a viola, você vai de ator, quer dizer, contador de causo...”. Fiquei preocupado e achei que não ia dar certo. Mas como sou fã do programa e das pessoas que o fazem, fui na conversa deles. Quando vi, estava vestido de Firmino, decorando texto montado em cima de uma mula. Só vendo... Cês viram?
Criei a trilha sonora para o espetáculo de dança “Relevo”, da Confraria da Dança, aqui em Campinas. Foi muito estimulante tocar a violinha a partir dos movimentos e depois ir se ajeitando na concepção do espetáculo.
Produzi o CD “Urucuia”, de Manoel de Oliveira, meu mestre de viola. Fizemos alguns shows em 2006, tem outros programados para 2007, é só ficar de olho. Achei que ficou bonito demais. Ele tem uma delicadeza junto com força da natureza ponteando sua violinha que é uma maravilha.
Em 2007 lancei o CD “Redemoinho”. Onze músicas instrumentais e um causo, tudo inédito. Com uma formação muito legal: violoncelo, sax, flauta, baixo e percussão. Fiquei animado com o menino!
Voltei a rodar pelo Estado de Santa Catarina pelo projeto Baú de Histórias, do SESC.
De tanto contar história para as crianças e adotar seus preciosos palpites, escrevi o livro infantil “O Céu das Crianças”. Fiz um show sobre o tema e lancei, pela Companhia das Letrinhas, em 2008.
Minha amiga Myriam Taubkin, dez anos depois de ter produzido a série “Violeiros do Brasil”, com CD e programas transmitidos pela TV Cultura, lançou em 2008 um livro e DVD com estes mesmos violeiros. Esteve na cada de cada um deles, conversou e filmou um bocado e o resultado foi maravilhoso. Temos feito alguns shows dos Violeiros, com produção impecável e diversão garantida.
Tive a imensa honra de ser convidado pela produção do “Viola minha Viola”, para fazer a trilha de abertura do programa. Já está no ar. Tudo que envolve a Inezita Barroso, vou correndo fazer, pela fundamental importância que ela tem para a cultura brasileira. Eta programa que eu gosto!
No final de 2008 montamos o musical “Pedro Paulo”, com o Centro Experimental de Música, do SESC Consolação. Desde que conheci a história dos gêmeos voadores, quis fazer este espetáculo. Com a parceria do SESC e a atuação de todos os alunos do CEM, foi uma experiência incrível. Brinquei de ser ator, trabalhamos um bocado e transbordamos de alegria.
Passei os anos de 2008 e 2009 preparando o “Nuá – as músicas dos mitos brasileiros”. Fizemos uma turnê de lançamento boa demais. Encontrar e conviver com os mitos, levar os arranjadores para conhecer, topar com o acontecido e se aprofundar, chamar os músicos, escrever os causos... Só lendo e ouvindo. Vão ouvindo!
Em 2010 mais um giro por Santa Catarina, dentro do projeto Baú de Histórias, do SESC. O tema deste ano foi um show que produzi, chamado: “Eu Não Minto!” Quem aí acredita?
Agora estou lançando o romance “Jurupari”. Este é um romance violeiro e mitológico, com o pé na estrada. O livro conta a história de um violeiro em formação cruzando o Brasil a pé, de ônibus, barco, caminhão - de tudo quanto é jeito -, sendo guiado pelos mitos, pela música e pela descoberta do amor. Se puder contar com a companhia de vocês na descoberta do Jurupari vai ser um prazer sem tamanho.
E juntamente com Roberto Corrêa, somos os curadores do projeto “Voa Viola”, um festival nacional de viola, com premiações, shows pelo Brasil e uma Rede Social que é uma maravilha. Visitem www.voaviola.com.br.
O grande acontecimento de 2010 foi o prêmio que a patroa, Ana Salvagni, ganhou com o CD “Alma Cabocla”. Foi o melhor CD, categoria regional, do Prêmio Vale de Música Brasileira. Nós dois no Teatro Municipal do Rio, chique demais, a hora que anunciaram o nome da Ana, só não pulei da cadeira pra não dar vexame. Viva!
É só ficar de olho aqui na agenda do site que vou colocando as novidades.
Me apaixonei pela viola pois é um instrumento que convive com diferentes profundidades. Só ouvindo.
Vai ouvindo... Vai ouvin

sábado, 26 de novembro de 2011

A ceia de Natal em Gramado pode ter o sabor que você desejar!

A Serra Gaúcha é o destino de milhares de famílias no Natal. Além de passear pela cidade, apreciar a decoração e conferir os espetáculos, é preciso planejar uma ceia especial, marcante e obrigatoriamente saborosa para celebrar este momento de confraternização.

Ceia de Natal: uma tradição de muito sabor!

A ceia de Natal em Gramado pode ter o sabor que você desejar!

Ceia de Natal - momento de confraternização e sabor
Para atender a todos os paladares e compatibilizar orçamentos, saímos em busca de algumas sugestões para ceia de Natal em Gramado e Canela. Apresentamos cinco menus diferentes, alguns valorizando os ingredientes tradicionais, e outros apresentando combinações inusitadas. Confira nosso roteiro de delícias natalinas.

Tradição alemã

Os costumes germânicos não são abandonados na ceia de Natal, pelo contrário, são valorizados através de uma mesa farta, colorida e repleta de receitas saborosas. Camarões, truta, paella, peru, pernil, salmão, frutas da estação e secas, terrine, galantine e patês compõem este verdadeiro banquete. Para adoçar um menu tão especial, a noite encerra com panquecas de maçã flamblada. Um antiquário e uma adega recheada de vinhos finos integram o ambiente intimista desta proposta com ares europeus, mais precisamente, alemão e suíço.

Sabor do oriente

Uma ceia que mais parece uma obra de arte. Uma mesa onde reina a harmonia entre os sabores doces, picantes, ácidos e salgados. A ceia de Natal pode ser leve, mas muito excitante, regada a espumantes e apetitosas receitas do Japão e da Tailândia. A sugestão é apreciar o colorido e a simetria dos sushis e sashimis variados. É imprescindível experimentar o Koh Tao (espinafre fresco, bacon crocante, iogurte e lulas em anéis). Com o paladar aguçado, prove o tender ao molho de mostarda e mel, ou os medalhões de filé ao molho de ostras e tamarindo, shitake e shimeji. A noite é coroada com o cielo (mousse de doce de leite, pralinê de nozes e torta sorvete).

Cardápio contemporâneo

Aqui a ceia é uma verdadeira festa, com direito a banda ao vivo e buffet decorado, wisky oito anos e espumante para brindar o Natal, tudo com uma vista incrível para um dos principais pontos turísticos de Gramado: o Belvedere do Quilombo. Os sabores que vão marcar esta noite especial são bem tradicionais: tender caramelado ao maracujá com fios de ovos e cerejas frescas, tabule de Natal, bacalhau mediterrâneo, talharim ao creme de champagne, camarões, cogumelos e açafrão, encerrando com o mousse de frutas secas no panetone.
Gosto de festa

Quem prefere ficar na cidade de Canela, aproveita a ceia e também o repertório selecionado pelo conjunto musical, feito especialmente para dançar! No buffet temático, uma variedade entre saladas, pratos quentes e sobremesas. Bacalhau à portuguesa, salmão, filé de avestruz ao Porto e uma incrível torta Floresta Negra são algumas das delícias confirmadas no menu. Para que toda a família possa brindar a noite especial, serão servidos vinhos finos, espumantes, coquetéis e sucos.

Ceia exótica

Que tal trocar o peru de Natal por um veríssimo risotto co le ortiche? Este prato de origem italiana – mais precisamente da região da Cremona – traz em sua base a urtiga (aquela planta que em contato com a pele provoca ardência). O ingrediente é mesmo estranho, mas o risoto com urtiga apresenta uma combinação exótica e extremamente saborosa, que é servida com exclusividade por um restaurante de Gramado, sempre acompanhada de perdiz ou codorna ao molho de vinho. Para quem prefere algo mais tradicional, a casa propõe para o Natal um vitelo recheado com nozes, salsão e tomates, regado com molho de mostarda e ervas finas. Acompanha aspargos naturais com bacon e cogumelos recheados com requeijão
e pimentões.

Tudo pode acabar em pizza!

Para quem não quer passar em branco na ceia de Natal, mas não está disposto a desfalcar o bolso, pode fazer uma refeição mais descontraída, sem abrir mão do sabor. Em Gramado, o roda pizza de Natal faz sucesso. Além da variedade de pizzas feitas em forno à lenha, o restaurante oferece sopas, lasanhas e saladas. Mas como a noite é de Natal, entram em cena o pernil de porco assado, o arroz à grega, o peru à califórnia, grelhados e farofas especiais.

Começa temporada de espetáculos de Natal em Curitiba


Apresentações musicais e folclóricas estão programadas para fazer de Curitiba a capital do Natal. Na imagem, Natal no HSBC. Foto:Luiz Costa/SMCS


Apresentações musicais e folclóricas estão programadas para fazer de Curitiba a capital do Natal. Até 30 de dezembro, a comemoração na cidade terá corais, shows, conjuntos de sino, teatro de bonecos e autos de Natal. Quase todos os dias um novo evento entrará no roteiro (veja o calendário).

Entre os destaques estão os shows no Castelo do Batel até esta quinta-feira (3). O coral Nataleluia e o Conjunto de Sinos, grupos da Primeira Igreja Batista de Curitiba, são as atrações nos jardins do prédio da avenida Batel, que teve sua arquitetura valorizada com a instalação de mais de 200 mil lâmpadas.

No Largo da Ordem, a partir de 8 de dezembro, o público poderá conferir o Natal de Paz do Palácio Garibaldi. O local ganhará decoração e iluminação natalinas e será palco das apresentações do coral Sou da Paz, com Plinio Oliveira.

Neste ano, o tradicional espetáculo Natal do HSBC, no Centro, conta com a participação da atriz Ângela Vieira. Ela interpreta o personagem Estrela de Belém ao lado do coral formado por crianças de instituições sociais que cantam nas janelas do Palácio Avenida. O espetáculo é apresentado nas sextas, sábados e domingos e vai até 20 de dezembro.

No Batel, uma boa dica é admirar a Árvore Encantada do Hotel Radisson, composta por 50 pinheiros naturais e ornamentada com 200 laços vermelhos, flores e 25.000 lâmpadas brancas. O hotel também será palco de apresentações do coral Curumim, composto por 60 crianças e adolescentes.

Em São José dos Pinhais, a atração mais marcante é a Casa do Papai Noel, até 23 de dezembro. O espaço tem oficinas de Bolachas Artesanais e feira de artesanato, com produtos natalinos e artesanato rural. Também haverá apresentação de corais, grupos folclóricos, praça de alimentação, trenó do Papai Noel, presépio em tamanho natural.

SUGESTÃO DE ROTEIRO

Quase todos os dias um novo espetáculo entra no calendário do Natal curitibano. Acompanhe a sugestão de calendário do Instituto Municipal de Turismo e programe-se.

DIA 3
CASTELO DO BATEL
Apresentações com o Coral Nataleluia e Conjunto de Sinos. O acesso ao jardim do Castelo do Batel será limitado a 600 pessoas. 
Data: 3 de dezembro 
Horário: abertura dos portões às 20 h. Apresentações das 20h30 às 21h30.
Local: Castelo do Batel (avenida Batel, 1323, Batel)
Telefone: 3243 2359
Entrada: um quilo de alimento não perecível

DIA 4ÁRVORE ENCANTADA DO HOTEL RADISSON
Um globo de espelhos com iluminação especial no topo da árvore espalhará pontos luminosos. Apresentação do coral Curumim. 
Data: 4, 8, 11, 15, 18 e 22 de dezembro
Local: Hotel Radisson (avenida Sete Setembro, 5190, Batel)
Telefone: 3351 2222
Entrada: franca
Site: www.atlanticahotels.com.br
E-mail: reservas.rhc@atlanticahotels.com.br
DIA 5
NATAL DO HSBC
Crianças de instituições sociais mantidas pelo banco integram o coral que se apresenta nas janelas do Palácio Avenida. Este ano, a convidada especial será a atriz Ângela Vieira.
Data: de sexta a domingo, até 20 de dezembro
Local: em frente ao Palácio Avenida (rua das Flores, s/nº).
Entrada: franca
Site: www.hsbc.com.br
DIA 6
AUTO DE NATAL JASELKA
Data: 6 de dezembro
Horário: o dia todo
Local: Memorial da Imigração Polonesa do Bosque do Papa (rua Wellington O. Viana, s/nº, Centro Cívico)
Entrada: franca
Telefone: 3313 7194
Site: www.fccdigital.com.br
NATAL DE SÃO NICOLAU
Festividades natalinas de tradição ucraniana, apresentações folclóricas teatrais, coral, solo musical.
Data: 6 de dezembro
Horário: às 14h
Local: Memorial da Imigração  Ucraniana ? Parque Tingui (rua José Casagrande, s/n°., São João)
Telefone: 3240 1103
Site: www.fccdigital.com.br

DIA 7CASA DO PAPAI NOEL (São José dos Pinhais)
Os visitantes conhecerão a Casa do Papai Noel, as oficinas do Papai Noel e das Bolachas Artesanais, e a Feira de Artesanato, com produtos natalinos e artesanato rural. 
Data: até 23 de dezembro 
Horário: diariamente, das 17h às 20h30
Local: rua Almirante Alexandrino, 1410 (esquina com Rua Tavares de Lyra)
Telefone: 3381 5812
Entrada: R$ 3,00 (dias de semana) R$ 5,00 (sábados e domingos) 
Site: www.sjp.pr.gov.br
E-mail: juliane.manika@sip.pr.gov.br
DIA 8 NATAL DE PAZ NO PALÁCIO GARIBALDI
Decoração e iluminação natalinas e apresentação do coral Sou da Paz, com Plinio Oliveira.
Data: 8, 9, 10, 15, 16 de dezembro
Horário: 21h
Local: Palácio Garibaldi (praça Garibaldi, 12, em frente ao relógio das Flores, São Francisco)
Telefone: 3323 3530
Entrada: franca
Site: www.palaciogaribaldi.com.br
DIA 9
AUTO DE NATAL DE FESP
Apresentações de coral na escadaria da faculdade.
Data: 3, 9, 16 de dezembro
Horário: das 20h40 às 21h
Local: rua Dr. Faivre, 141, Centro
Telefone: 3028 6502 
Entrada: franca
AUTO DE NATAL REGIONAL FAZENDINHA Apresentação do corais das escolas da região.
Data: 9, 10 e 11 de dezembro
Horário: 15h 
Local: Rua da Cidadania da Fazendinha (rua Carlos Klemtz, 1700)
Telefone: 3245 1100
Entrada: franca

DIA 10
BOSQUE DE JESUS
Celebrações de Natal com passeios no bosque iluminado e apresentações de corais. Haverá uma breve encenação para reviver a noite de Natal. Show do Conjunto Família Passos.
Data: 10, 12, 17, 19 de dezembro
Horário: 19h30
Local: Bosque de Jesus (rua João Guariza, 135, São Lourenço)
Telefone: 3254 6730
Entrada: franca
DIA 11AUTO DE NATAL REGIONAL BAIRRO NOVO
Apresentação do Coral de Crianças e 3ª Idade (alunos das escolas municipais e participantes dos grupos da 3ª Idade da Regional Bairro Novo), show pirotécnico e presença do Papai Noel.
Data: 11 de dezembro
Horário: 20h
Local: Rua da Cidadania do Bairro Novo (rua Tijucas do Sul, 1700, Sítio Cercado)
Telefone: 3289 2179
Entrada: franca
DIA 12
NATAL DO ASILO SÃO VICENTE DE PAULOApresentação do coral Marias do Tempo, formado por 23 moradoras do Asilo São Vicente de Paulo. Participação de corais convidados, feira gastronômica e de artesanato, presépios, atrações musicais e teatrais.
Data: 4, 5, 11,12,18 e 19 de dezembro
Horário: às 19h
Local: Asilo São Vicente de Paulo (rua São Vicente, 100, Juvevê)
Telefone: 3313 5353
Entrada: franca (aceitam-se doação de leite e fralda geriátrica)
Site: www.asilosaovicente.org.br
E-mail: asilo@asilosaovicente.org.br
DIA 13
NATAL DAS ETNIAS - NATAL DAS NAÇÕES DO BOSQUE DO PAPA
Presépios vivos e com bonecos tradicionais poloneses, danças folclóricas, shows musicais.
Data: 13 de dezembro
Horário: o dia todo
Local: Bosque do Papa (rua Wellington Oliveira Vianna, s/nº - Centro Cívico)
Telefone: 3313 7194
Entrada: franca
Site: www.fccdigital.com.br

DIA 14
RECITAL DE NATAL
Recital de Natal com 200 alunos de escolas municipais.
Data: 13, 14, 15 e 16 de dezembro
Horário: 20h (dia 13, sessão diurna às 10h e vespertinas às 14h, 16h e 18h)
Local: Teatro do Colégio Bom Jesus (rua 24 de Maio, 135, Centro)
Telefone: 3350 3112
Entrada: franca
DIA 16
MUSICAL DE NATAL - A Caminho de Belém
Data: 16,  18, 19, 20 e 21 de dezembro
Horário: 20h30
Local: Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular(rua Alberto Folloni, 143, Juvevê)
Telefone: 3252 7215
Entrada: R$ 2,00 ou um quilo de alimento 
Site: www.primeiraieq.com.br
E-mail: margareth@primeiraieq.com.br
DIA 18
NATAL DE LUZ 
Show com mais de 150 mil lâmpadas decorativas. Encenações ao ar livre com 100 atores, técnicos e operadores. A história do menino Jesus contada e encenada por atores e atrizes amadores e voluntários saletinos.
Data: 12, 13, 18, 19 e 20 de dezembro
Horário: 20h30
Local: Bosque Nossa Senhora da Salette (rua Lange de Morretes, 889, Jardim Social)
Telefone: 3262 3132
Entrada: R$ 2,00 ou um quilo de alimento não perecível
CANTATA DE NATAL - Uma Linda História
Com o Vocal Clave de Lua.
Data: 18 de dezembro
Horário: 21h
Local: Auditório Salvador de Ferrante ? Guairinha (rua Conselheiro Laurindo s/nº)
Telefone: 3304 7982
Entrada: R$ 10,00. Desconto de 50% Cartão Teatro Guaíra
Site: www.tguaira.pr.gov.br
DIA 1911° CONCERTO BENEFICENTE DE NATAL
Apresentação de coral acompanhado por organista.
Data: 19 de dezembro
Horário: 19h
Local: Catedral Basílica Menor (praça Tiradentes)
Telefone: 3324 5136/3342 9910
Entrada: um quilo de alimento
DIA 20CORTEJO NATALINO - Grupo Mundaréu
No espetáculo, o Mundaréu traz canções e personagens próprios das brincadeiras do ciclo Natalino Brasileiro. 
Data: 18, 19, 20 de dezembro
Horário: 20h30
Local: Espaço Cultural Terreirão do Mundaréu (rua Domingos Nascimento, 149, São Francisco)
Telefone: 3079 8408 / 9623 6796
Entrada: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia)
Site: www.mundareu.com.br
DIA 21
NATALELUIA 2009 - Além do Espetáculo
Apresentação com 500 voluntários (músicos, atores, cantores, roteiristas, cenógrafos e bailarinos) e que é realizada há 10 anos. São arrecadados alimentos para comunidades carentes.
Data: 21, 22, 23, 25 de dezembro
Horário: 20h30
Local: Primeira Igreja Batista de Curitiba (avenida Bento Viana, 1200, Batel)
Telefone: 3091 4308
Entrada: dois quilos de alimento
Site: www.nataleluia.com.br
DIA 26
NATAL DAS CRIANÇAS - Cia. Manoel Kobachuk
Musical em linguagem de teatro de bonecos. Dois meninos recebem de sua avó a tarefa de organizar a comemoração do Natal da família. Depois de várias tentativas e traquinagens conseguem um resultado final inesperado.
Data: 12, 13, 19, 20, 26, 27, 28, 29 e 30 de dezembro
Horário: 15h e 17h
Local: Teatro de Bonecos Dr. Botica (avenida Sete de Setembro, 2775, Shopping Estação)
Telefone: 3322 2775/3233 5722
Entrada: R$ 14,00 e R$ 7,00 (meia)
Site: www.teatrodebonecosdrbotica.com.br
E-mail: drbotica@drbotica.com.br

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mário Lago

Mário Lago (Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1911 — Rio de Janeiro, 30 de maio de 2002) foi um advogado, poeta, radialista, letrista e ator brasileiro.
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadasde 40 e 50.
ilho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago,[1] e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas idéias comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.[2]
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.[2]
Torcedor do Fluminense, chegou a declarar, na época do 1º rebaixamento do clube, que a virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele afirmava veementemente, que o time deveria ter voltado à divisão de elite do Campeonato Brasileiro no campo, e não no tapetão.
Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na década de 30, na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atualFaculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde iniciou sua militância política no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, então fortemente influenciado pelo Partido Comunista Brasileiro. Durante a década de 1930, a então principal Faculdade de Direito da capital da República era um celeiro de arte aliada à política, onde estudaram Lago e seus contemporâneos Carlos Lacerda, Jorge Amado, Lamartine Babo entre outros.
Depois de formado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns meses. [3] Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. Sua estréia como letrista de música popular foi com "Menina, eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.
Suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular que "Amélia" tornou-se sinônimo de mulher submissa, resignada e dedicada aos trabalhos domésticos.
Na Rádio Nacional, Mário Lago foi ator e roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas daRede Globo, como "Selva de Pedra", "O Casarão", "Nina", "Brilhante", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Mário esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Rádio Moscou, para participar da reestruturação do programa Conversando com o Brasil, do qual participavam artistas e intelectuais brasileiros. Mas os programas radiofônicos produzidos no Brasil, que Mário mostrou aos soviéticos, foram por eles qualificados de "burgueses" e "decadentes". A avaliação que Mário Lago fez da União Soviética também não foi das melhores. Ali, segundo ele, a produção cultural sofria pelo excesso de gravidade e autoritarismo. Apesar da decepção com a experiência soviética, Mário Lago jamais abandonou a militância política. [4]
Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos cassados pelo regime militar, e perdeu suas funções na Rádio Nacional.[1]
Em 1989, ligou-se ao Partido dos Trabalhadores e atuou como âncora dos programas eleitorais do então candidato do partido, Luís Inácio Lula da Silva, à presidência da República, em 1998.[1]
Autor dos livros Na Rolança do Tempo (1976), Bagaço de Beira-Estrada (1977) e Meia Porção de Sarapatel (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: Mário Lago: boêmia e política.
No carnaval de 2001, Mário Lago foi tema do desfile da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz.[5]
Em dezembro de 2001, recebeu uma homenagem especial por sua carreira durante a entrega do Troféu Domingão do Faustão, que, no ano seguinte, ganharia o nome de Troféu Mário Lago, sendo anualmente concedido aos grandes nomes da teledramaturgia.
Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar. Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano onde vivera importantes momentos de sua carreira de ator.[1] Até o fim de sua vida manteve intensa atividade política e mesmo doente chegou a se engajar na campanha presidencial apoiando o então candidato Luís Inácio Lula da Silva. Por ter sido estudante do Colégio Pedro II da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações do grupo de teatro do Colégio Pedro II da Unidade Engenho Novo (CRIARTE). Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.


FRASES FAMOSAS

Gosto e preciso de ti,
Mas quero logo explicar,
Não gosto porque preciso.
Preciso sim, por gostar.

Eu fiz um acordo com o tempo...
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele...
Qualquer dia a gente se encontra e,
Dessa forma, vou vivendo
Intensamente cada momento...
Nós estamos condicionados a
pensar que nossas vidas giram
em torno apenas de grandes momentos.
Todavia, os grandes momentos
frequentemente nos pegam desprevenidos, e
ficam maravilhosamente guardados em recantos
que os outros podem considerar sem importância.
E da mesma forma ocorrem outros momentos...

Quando deixarmos de ter esperança
é melhor apagar o arco-íris.

O tempo não comprou passagem de volta. Tenho lembranças e não saudades.

Quando o homem perder a esperança, pode apagar o Arco-Iris

"Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade".

O verso é um clássico do samba brasileiro – e é de autoria de Mário Lago,
que antes de ator era um grande compositor e letrista de sambas,
marchas e foxes. A música, para quem não se lembra,
o que parece impossível já que clássicos do samba não morrem, é
Ai Que Saudades da Amélia, de 1942 e gravado pelo grande Ataulfo Alves.
Para reavivar a memória musical, são também de Mário Lago as músicas
Aurora, de 1941,
Nada Além, de 1938,
Atire a Primeira Pedra, de 1944
e É Tão Gostoso, Seu Moço, de 1953, entre outras.
São canções que vão além de meras “musiquinhas” e
mostram um compositor engajado com o meio social.




Teledramaturgia
 2001 - O Clone - Dr. Molina (participação especial)
 2000 - Brava Gente - Eleutério
 1992/1999 - Você Decide (12 episódios)
 1999 - Força de um Desejo - Teodoro
 1998 - Pecado Capital - Amatto
 1998 - Torre de Babel - Padre (participação especial)
 1998 - Hilda Furacão - Olavo
 1996 - O Fim do Mundo - Frei Luiz
 1996 - Quem É Você?
 1995 - Explode Coração
 1995 - Engraçadinha, seus amores e seus pecados - Osmar
 1994 - Quatro por Quatro - Henrique Pessoa
 1993 - Agosto - Aniceto
 1992 - De Corpo e Alma - Veiga
 1992 - Despedida de Solteiro - Padre (participação especial)
 1991 - Vamp (participação especial)
 1990 - Barriga de Aluguel - Dr. Molina
 1989 - O Salvador da Pátria - Quinzote
 1988 - O pagador de promessas - Dom Germano
 1986 - Cambalacho - Antero Souza e Silva
 1986 - Roda de Fogo - Antônio Villar
 1985 - Grande Sertão: Veredas - Compadre Quelemem
 1985 - Tenda dos Milagres - Judge João Reis
 1985 - Um Sonho a Mais
 1985 - O tempo e o vento - Padre Lara
 1984 - Partido Alto
 1984 - Padre Cícero - Núncio Apostólico
 1983 - Guerra dos Sexos - juiz
 1983 - Louco Amor - Agenor Rocha
 1982 - Elas por Elas - Miguel Aranha
 1981 - Brilhante - Vítor Newman
 1981 - Baila Comigo - (participação especial)
 1980 - Plumas & Paetês - Cristiano
 1979 - Os Gigantes - Antônio Lucas
 1979 - Dancin' Days - Alberico Santos
 1977 - Nina - Galba
 1976 - O Casarão - Atílio Souza
 1975 - Pecado Capital - Perez
 1975 - Cuca Legal - Aureliano
 1975 - Escalada - Chico Dias
 1974 - O Espigão - Gabriel Martins
 1973 - Cavalo de Aço - Inácio
 1972 - Selva de Pedra - Sebastião
 1971 - Minha doce namorada - César
 1971 - Assim na Terra Como no Céu - Oliveira Ramos
 1970 - Verão Vermelho - Bruno
 1969 - A Ponte dos Suspiros - Foscari
 1969 - Rosa Rebelde - Barão de La Torre
 1968 - Passo dos Ventos - Dubois
 1968 - O homem proibido - Ali Abbor
 1967 - Presídio de Mulheres - Pierre (TV Tupi)
 1967 - A sombra de Rebeca - Tamura
 1966 - O Sheik de Agadir - Otto Von Lucker
 1963 - Nuvem de Fogo
[editar]Atuação no cinema
 1983 - Idolatrada
 1978 - O Velho Gregório
 1977 - Lá Menor
 1973 - Café na Cama
 1971 - São Bernardo
 1970 - Os Herdeiros
 1970 - Badalada dos Infiéis
 1969 - Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite
 1969 - O Bravo Guerreiro
 1969 - Tempo de Violência
 1969 - Incrível, Fantástico, Extraordinário
 1968 - Desesperato
 1968 - A Vida Provisória
 1968 - Massacre no Supermercado
 1967 - Terra em Transe
 1967 - Na Mira do Assassino
 1966 - O Padre e a Moça
 1966 - Essa Gatinha é Minha
 1966 - Na Onda do Iê-iê-iê
 1966 - Cuidado, Espião Brasileiro em Ação
 1965 - História de um Crápula
 1962 - Assalto ao Trem Pagador
 1962 - Assassinato em Copacabana
 1959 - Mulheres, Cheguei!
 1957 - Papai Fanfarrão
 1953 - Balança Mas Não Cai
 1952 - Pecadora Imaculada
 1950 - A Sombra da Outra
 1949 - O Homem que Passa
 1948 - Uma Luz na Estrada
 1948 - Terra Violenta
 1947 - Asas do Brasil
 1947 - O Homem que Chutou a Consciência