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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Maria Luiza Silveira Teles



                      
                                      


                                   AS FLORES HAVERÃO DE VOLTAR...


Dias nublados                                               
Dias de chuva,
Dias de sol,
Noites frias,
Noites de dor,
Noites de sonhos...
Coração acelerado
Respiração sufocada
I lágrimas derramadas
Na noite estrelada
A saudade minando
Minha vida
Sem primaveras
Quem sabe desta dor
Que a face tão bem esconde?...
Tu, porém, onde estiveres,
Percebes meus passos
Que te seguem em ânsia profunda...
Pressentes ao teu lado
A presença invisível
Deste amor que não morre...
E um dia, eu sei,
Haverás de lembrar-te
Do tempo de devaneios
Em que juntos projetamos
Um futuro que não veio...
Haverás de voltar, eu sei,
Porque sabes que ninguém
Te amou como eu...
Segredos guardados
Em minh’alma soterrados
Só a ti poderão ser revelados
E só então
Haverá flores em meu coração...


Maria Luiza Silveira Teles

Maria Luiza Silveira Teles


AO MEU AMADO


Não permita que a vida
Lhe escorra pelos dedos...
Tanta beleza por viver,
Tanta tristeza a padecer...
Tantos risos a se gargalhar.
Não fuja do amor por medo,
Pois de todos haveremos
Um dia nos separar...
Não deixe de viver
Este lindo momento
Que o faz vibrar
E jamais fugirá
De seu nobre
Ou lascivo pensamento...
Viva intensamente,
Beba o cálice até a borda,
Pois vida, meu amado,
Não sei se outra lhe será dada...
Cante com as manhãs,
Adormeça com as estrelas,
Deixe que a lua de prata
Ilumine sua alcova
E seus sonhos mais sublimes
E loucos...
Ouça os pássaros,
Veja as flores,
Sinta o perfume
Que aromatiza o ar...
Ouça o silêncio
E os sons da mata!
Viva! Viva plenamente!
Pois vida é Amor,
Vida é beleza,
É ter em tudo ardor,
Paixão de se doer!...


Maria Luiza Silveira Teles

Maria Luiza Silveira Teles

terça-feira, 28 de junho de 2011

Tino Gomes : “vereda” fecunda de muitas artes



Tino Gomes é mineiro de Montes Claros e traz na sua bagagem 40 anos de trabalho pela cultura do povo de Minas e do Brasil. Considerado um dos artistas mais completos de Minas, é ator, humorista, compositor e cantor com 13 discos gravados, apresentador de TV e escritor infantil. Na TV, apresentou em BH o irreverente “Brechó do Troca-Troca” e o “Programa Clandestino”. Na TV Globo, fez participações em “Caminho das Índias”, “Malhação” e, recentemente, na minissérie “A Cura”. Na TV Alterosa, participa do programa jornalístico “TV Verdade”, como repórter e entrevistador na área de cultura. No cinema, contracenou com o ator João Miguel no filme “Matraga - A hora e a vez”, do diretor Vinícius Coimbra, com estreia nacional prevista para 2011. Trabalhou também, no premiado filme “Minas Texas” de Carlos Alberto Prates. Em 2009 estreou no Teatro Clara Nunes/RJ, o musical “Um lugar chamado recanto”, de Fred Mayrink. No espetáculo, além de atuar, Tino foi o responsável pelas oficinas de tambor para a preparação dos atores. Como humorista, Tino Gomes viaja com seu espetáculo solo, “CANTORIA E UNS CAUZIM DE SAFADEZA”, uma mistura inteligente de ‘causos’ e músicas engraçadas de duplo sentido.


     
  O voo do canarinho cantador!
(A Tino Gomes, o canarinho cantador do sertão)

O nosso canarinho cantador do sertão,
É um poeta sertanejo de belos dizeres...
É músico de instrumentos tantos...
É cantor de músicas muitas...
É o compositor...
De “Montes Claros montesclareou” ...
(com seu parceiro, Georgino Jr)
É também um excelente ator,
E contador de um tantão de “cauzim de safadeza”,
E de outras tantas belezuras...
Que nem sei como descrevê-las!...

O nosso canarinho cantador de “Pasárgada”,
É um poeta-poema...
Debruçado sobre si mesmo,
Que se supera sempre!...
Por isso mesmo,
E por um tantão de outras coisas ainda,
O nosso canarinho cantador do “Raizes”,
É... e sempre será,
Uma generosa e alegre surpresa!...

O nosso canarinho cantador do “sertão”,
É “catopêzeiro” de Pasárgada, do “Raizes”,
E das vias públicas também...
(ruas, bares, palcos, botecos e cantinas)
O nosso canarinho cantado do “sertão”,
Tem o dom de transformar
MONÓLOGO” em “DIÁLOGO
(Cantoria, Poesia, e uns cauzim de SAFADEZA),
Porque aconchega o seu público a si...
No contexto do que apresenta,
E ludicamente representa...
O nosso canarinho cantador do “sertão”,
Espantou-se sutilmente...
E voou... voou... voou...
Pra outras plagas bem distantes,
Por causa do seu oficio...
De admirável Menestrel,
E partiu...
Desse amado agreste Norte Mineiro,
Pra derramar sua arte pelo mundo afora...
(Nos palcos da vida
E da imensurável mídia).

Oh! Voa... Voa... Voa...
Ò canarinho cantador,
Desse amado “sertão”!...
Voa... Voa... Voa...
E vá em busca donde soltar...
Tua voz melodiosa,
E o teu gracioso cantar...

Oh, alces o teu voo ledo,
De canarinho cantador do “sertão”,
Por ai afora...
Porque simplesmente
A estrada...
E as estrelas são tuas!...

Mas como vez por outra,
Costumas voltar ao teu ninho
Deixaremos as portas...
Da tua casa sempre abertas,
(Sem nenhum alçapão)
À espera de tua volta,
Que costuma sempre ocorrer
A cada linda primavera...

Montes Claros 28-07-2011

RELMendes

   
        





PARTICIPAÇÃO DE TINO GOMES NA SÉRIE "A CURA", EXIBIDA PELA REDE GLOBO.




Na série de televisão brasileira, exibida pela Rede Globo no ano de 2010, A Cura, escrita por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein e dirigida por Ricardo Waddington, Tino Gomes teve participação especial, interpretando Leleco. A minisérie foi gravada na cidade de Dimantina em Minas Gerais e exibida entre 10 de agosto e 12 de outubro






De Minas Gerias para Rio de Janeiro. Esse foi o trajeto de Tino Gomes para ter participação especial na novela "Caminho das Índias", que foi exibido pela rede globo de televisão em 2009 e 2010.




segunda-feira, 27 de junho de 2011

Conclusão Pessoal de Romildo Ernesto Sobre Suas Atividades Cênicas na Escola

            Ao tentar cadastrar as inúmeras realizações teatrais concretizadas ao longo da minha árdua caminhada de educador, sinto a sensação de dever cumprido.
           Abri perspectivas de amplo desenvolvimento cultural e proporcionei
oportunidade para que outros descortinassem horizontes mais amplos.
           Vislumbrei, antecipadamente, possibilidades futuras infinitas de
concretizar o surgimento de inúmeros grupos teatrais que, hoje povoam o
ambiente sócio-cultural do Norte de Minas.
Pressenti a importância da Arte Cênica como elemento indispensável,
no processo de aprendizagem e de integração afetiva e efetiva do aluno ao
ambiente escolar.
"Le thêatre instruit mieux que ne fait pas un gros livre." Voltaire.



                Montes Claros 16 de maio de 2009




A uma laboriosa artesã de belas cenas teatrais
 (Terezinha Lígia Fróis...)

O primeiro encontro meu com a dama-mãe do Teatro Profissional Montes Claros, Terezinha Lígia, ocorreu lá pelos idos de fevereiro de 1975, ao se iniciar o “Curso Técnico de Teatro” (2° Grau a época) do “Conservatório Lourenzo Fernández”.

Em lá chegando (no amado “Conservatório”, ora, pois!) subi muito ressabiado as escadas daquele templo da música, em Montes Claros, e deparei-me com uma sala de aula transbordando de encantadoras senhorinhas ansiosas, e, de curiosidade, repletas!

Contudo, dentre todas aquelas senhorinhas alunas, uma delas, Terezinha Lígia se destacava sobremaneira, o que me dá o azo, agora, de relembrar a inesquecível sensação de admiração que se apoderou de mim, naquele momento ímpar. Deparei com a sala de aula florida e com aquele diamante refulgente de sonhos teatrais muitos e de tantas outras utopias cênicas viáveis, porque escrevia bem, cantava como um rouxinol, e era portadora de um “mis-en-scéne” incrível.

À medida que o “Curso de Teatro” ia seguindo seu percurso, ela, o diamante refulgente também ia me falando acerca de seu amor pelo “Teatro” e discorria, com certa frequência, sobre suas pretensões artísticas. No decorrer das aulas, apenas duas por semana, o que muito dificultou a elaboração de um produto teatral consistente, como montagem de peças, esquetes e outras, à medida do possível, sempre tergiversamos acerca de nossas vivências teatrais e de tantas outras coisas afeitas às “artes cênicas”, tais como: conceito elementar de Teatro; noções gerais de expressão corporal e impostação de voz; fragmentos de história do teatro; e, en passant, foram abordados alguns ensinamentos de Constantin Stanislavsk, oriundos de sua obra, “A preparação do ator” (Ex: “a quarta parede” e, também, outras coisas mais, indispensáveis ao dito ofício); entre tantas outras coisas.

Entretanto, apesar de tantos senões e de incontáveis dificuldades, a competentíssima e talentosíssima atriz Terezinha Lígia, a quem carinhosamente chamo de “artesã laboriosa de tantas belas cenas teatrais”, prosseguiu seguindo as trilhas da meta a que se propôs atingir, e as atingiu: (veja, assista e deguste seu trabalho artístico em suas montagens teatrais: “Brincando de Brincar” e “Uma Conversa Puxa a Outra” e diga-me se não tenho razão!).

Atualmente, pelas estradas da vida e também pelos palcos do mundo, Terezinha Lígia e seu extraordinário “Grupo Fibra” tecem cenas de inenarrável beleza, bordando seus belos sonhos cênicos para o encantamento de todos nós que temos a grata felicidade de contemplá-los em suas divinas performances teatrais.

Que você, Terezinha Lígia, e o “Grupo Fibra” continuem a abrir as cancelas do encantamento das gentes, é o que lhes desejo de todo o coração. Abraços tantos.

     

    
 O menino silente de “Pasárgada”!
           (a Joba, João Batista de Almeida Costa)

Sereno!... Esguio!... Observador!...
Surpreendentemente...
Acolhedor...
E espantosamente,
Generoso e envolvente!...
Com aquele jeitinho sorrateiro,
De catrumano curioso,
Joba surgiu...
Como inesperada flor de primavera,
Prá dar existência e sustança,
À imaginária “Pasárgada,”
Do “Grupo de Teatro, do Plínio Ribeiro”!...

Vestiu-se de poesias diversas...
Fartou-se de gestos tantos...
Fantasiou-se de hippie,
De “Zumbi” e outros tantos...
Enfeitou-se de sonhos muitos...
Arregimentou outros jovens talentos,
Fez-se um, com todos os demais atores...
E bordou-se de amizade (duradoura),
Com cada um,
E com todos os membros do “querido grupo”,
Desde o primeiro momento,
Para todo o sempre...

Esse é o Joba, cofundador...
Do Grupo de Teatro “ Pasárgada”,
Porque ele se fez presença desde o início:
“Nós, você e Manoel Bandeira” (1970);
“Vomupopono” (1971);
“Pasárgada Canta Zumbi” (1972);
“Milenbra Pasárgada” (1973);
“Missa Leiga” (1974)  
E “Fernando em Pessoas”...
E porque fez TEATRO com a gente, 
Ele é, e sempre será o Joba,
A “Estrela da Manhã”... da gente!...


Montes Claros(MG)-06-09-2013
RELMendes, o Paiê!...





     A cotovia dos Claros Montes!
(Um mimo à minha amiga, Liege Rocha!)


Vez por outra...
Mas só vez por outra!...

Inesperadamente...
Assim como flor de primavera,
Uma cotovia pousa
Na soleira do meu solar,
E canta!... Solfeja!... Assovia!...
E fascina a vizinhança inteirinha.

Vez por outra...
Mas só vez por outra!

Inesperadamente...
Ela se abeira
Com um violão embaixo do braço,
E é só alegria!...
Porque canta!... Solfeja!... Assovia!...
E a todos encanta!...

Vez por outra...
Mas só vez por outra!

Inesperadamente...
Assim como uma cotovia encantada,
Ela se põe a cantar... a solfejar... a assoviar,
E a inebriar a todos...
Porque isto, o faz desde criança!...
Portanto, pra cantar...
Com ela não há se´s,
Todavia, sobra si bemol:
Dó... ré.. mi.. fá.. sol... lá... si... dóoo!

Vez por outra...
Mas só vez por outra!

Inesperadamente...
Ela voa...
Desaparece,
E se esconde!...
E nós cá ficamos...
Com uma saudade louca dela!...

Montes Claros (MG), 17-08-2013
RELMendes