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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Seres asilados é uma descompaixão absurda


Silêncios /gritantes /aos uivos/
Perturbam-lhes/ sem cessar/
Os seus dia a dia/totalmente/ vazios/
Sem lampejo algum de esperança real!

-Ausências /magoadoras/à beça/
Uivam-lhes/ n’alma carente/
Transbordantes de porquês/
Sem respostas algumas!

-Solidão /impertinente/pacas/
Cavalga-lhes o coração /choroso/
Sem sequer se dar conta de suas dores/
Doloridíssimas/ aos suplícios!

,-Melancolia /constante/sem pundonores/
Entedeia-lhes/ sem dó/ o cotidiano/estagnado/
Desconsiderando os sonhos que têm/ aos borbotões!

-Descompaixão/ irredutivelmente/escrota/
Cerceia-lhes o sonhar /dias alvissareiros/
Em que pudessem partilhar ternura/à beça/
Torna-lhes também/ hirtos/ face o pra quê tecer quimeras/
Se não têm/deveras/ como compartilhá-las/aos montes/
Com quem os deveria querer bem/ ou amá-los/muito!

-Aparte isso/saibam/ seus asiladores/ desalmados/
Que/eles/ o asilados/ sentem-se/totalmente/ nascidos/
-Desde que deram seus primeiros berros no proscênio da vida–
Para o imensurável espantamento do mundo/belíssimo/
Feito de convivências /carícias/ e partilha de amores/ sem fim!

RELMendes  18/01/2018