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sábado, 11 de julho de 2015

Soneto ao “Cuidador de Idoso”

                   (Apenas uma poecrônica!)
O conteúdo desse soneto, poema, crônica,
Ou sei lá o quê, eu o revelei a um companheiro
De caminhada, muito antes mesmo de
Rabiscá-lo em um papelzinho qualquer.
Esse meu amigo, muito curioso,
Logo perguntou-me:
- Mas, que história é essa
  De soneto de gratidão?!
Então disse-lhe alegremente:
 - Vem cá, que eu te conto!
Cá entre nós
A coisa é mais ou menos assim,
E pus-me  a declamar:

Cuidador, cuidador de idoso
Talvez sem você
A velhice não fosse...
Um momento tão belo da vida!...

Mais que um poema,
Isto é uma crônica, escrita
No afã de homenagear
Com imensa gratidão
A todos aqueles que ontem,
Hoje, e, por decerto, amanhã...
Dispor-se-ão a facilitar
A vida dos idosos.
Porquanto tamanho desvelo
Há que se cantar louvores de gratidão
A esses profissionais generosos.

Cuidador, cuidador de idoso
Talvez sem você
A velhice não fosse...
Um momento tão belo da vida!...
Este digno e misericordioso oficio,
De cuidador  de idoso,
Existe, desde que o mundo é mundo!
Só que, até a bem pouco tempo,
Quando ainda entre os familiares
Abundante afeto havia
Este ofício, de cuidador de idoso,
Cabia aos mais generosos da família
Que se encarregavam
De tomar conta de seus velhinhos.
Mas, atualmente,
A coisa já não é bem assim
Porque nos tempos atuais
Em que, agoniado,
Cada um só se empenha
Na busca do seu próprio sucesso,
E na de sua discutível felicidade,
Não há mais quem queira se dispor a cuidar
Daqueles que na família envelheceram.

Cuidador,” cuidador de idoso”!
Talvez sem você,
Da vida ainda a ser vivida,
A velhice se tornasse
A mais difícil etapa da vida
A ser vencida...

E eis que nessa fresta...
De lamentável abandono,
Desponta,  fora da família,
O “cuidador de idoso” profissional
Que se dispõe a lutar
Contra a “eutanásia cultural” dos idosos...

Cuidador, cuidador de idoso
Talvez sem você
A velhice não fosse...
Um momento tão belo da vida!...
O “cuidador de idoso” profissional
Esse extraordinário personagem
Dispõe-se agora a assumir esse oficio
A fim de auxiliar os idosos
A enfrentar, com galhardia,
Os muitos obstáculos
Que até então desconheciam.
Mas que daqui em diante...
(tenham por certo!)
Far-se-ão pontuais na travessia
Do dia a dia de qualquer idoso.

Ah, cuidador,  cuidador de idoso,
Traga consigo, também, seus sonhos...
Seu jeito de falar, sua alegria, sua esperança...
E seu imenso desejo de ajudar...
Então serás muito bem-vindo
E serás também, capaz de rezar juntos:
A saga da velhice
Que é feita de partilhas...
E de respeito às diferenças...

Cuidador, cuidador de idoso
Talvez sem você
A velhice não fosse...
Um momento tão belo da vida!...


Montes Claros (MG), 30-05-2012
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